Desde quarta-feira (12), as aeronaves a jato estão proibidas de aterrisar no aeroporto de Fernando de Noronha por problemas na pista. A restrição da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) foi divulgada no dia 5 de outubro e, de acordo com a portaria, visa evitar acidentes, uma vez que o aeroporto precisa passar por obras.
Até lá, aviões a jato só frequentarão a ilha em duas situações excepcionais: emergências médicas ou transportes de valores. Antes da proibição, Fernando de Noronha recebia cinco voos por dia de segunda a sexta-feira: quatro com aeronaves a jato da Azul e um com Boeing da Gol. Aos sábados, a Azul operava um de seus voos com uma avião ATR, que continua sendo permitido.
Posicionamento das companhias aéreas
A Azul informou que irá reacomodar os clientes em outros aviões para continuar voando para Fernando de Noronha. Os aviões a jato, que tinham capacidade para até 136 passageiros, serão substituídos por aeronaves ATR 72-600, para até 70 pessoas. Além disso, como as aeronaves ATR 72-600 possuem menor autonomia de voo, rotas que antes eram diretas agora serão realizadas com uma ponte em Recife. É o caso, por exemplo, da viagem entre o aeroporto de Viracopos, em Campinas, e Fernando de Noronha.
Com essas mudanças, a Azul terá dez voos diários (cinco em cada sentido) entre Recife e Noronha durante o mês de outubro. A partir de novembro, o número aumentará para 16 voos diários (oito em cada sentido). A venda das passagens foi retomada na quarta-feira (12), já com os ajustes feitos.
A Gol, por outro lado, não possui em sua frota aviões nos modelos turboélices que possam aterrisar em Fernando de Noronha. Por isso, os clientes que estavam com as passagens compradas terão o voo adiado ou o bilhete reembolsado sem custos adicionais.
Uma novidade é que a Voe Pass recebeu autorização para operar dois voos diários entre Recife e Fernando de Noronha, a partir da primeira quinzena de janeiro de 2023. A aeronave utilizada será uma ATR, com capacidade para 70 passageiros.
Recapeamento
As obras de restauração no Aeroporto Governador Carlos Wilson, em Fernando de Noronha, começaram no dia 6 de outubro. A primeira etapa está prevista para acontecer em 90 dias e inclui os reparos na pista de pouso e decolagem. A segunda fase deve se estender por um ano e vai reformar o estacionamento de aviões, as pistas de rolamento e o sistema de drenagem, além de ampliar a capacidade da pista. O investimento será de mais de R$ 61 milhões.
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