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As melhores lojas da Rua 25 de Março, em São Paulo

Como se achar, circular, onde comer e o que comprar na rua mais icônica e popular da metrópole

Por Malu Jansen
Atualizado em 23 ago 2024, 18h56 - Publicado em 15 ago 2024, 12h00
Rua 25 de Março, São Paulo, Brasil
 (Rogério Cassimiro - MTUR/Flickr)
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A sensação de passear na Rua 25 de Março, em São Paulo, é estar dentro de uma Matrioska – aquelas bonecas russas de tamanhos diferentes, que são dispostas uma dentro das outras. Ao passar por uma porta, pensando encontrar uma só loja, uma galeria se abre e você topa com mais 30; ao subir um lance de escadas de um prédio, você descobre que cada um dos andares tem um mar de lojas escondidas. 

Por isso, visitar todas as lojas e cantinhos da 25 é uma missão impossível, já que há verdadeiros achados escondidos nos prédios, ruas adjacentes e até mesmo nas barraquinhas na rua. O mais importante é saber filtrar – já que, mesmo na 25, o barato pode também sair caro. 

Ao contrário de outras áreas comerciais de São Paulo, que são conhecidas por vender uma categoria específica de produto – como a região do Brás, conhecida pela venda de roupas, e a Santa Ifigênia, pela venda de eletrônicos – na 25 tem de tudo. Tudo mesmo! Bijuterias, materiais de costura, brinquedos, eletrônicos, roupas, objetos de decoração, fantasias, ferramentas, enfim, a lista segue. Veja um guia para conhecer os melhores achados da região: 

Como chegar 

A ‘aventura’ começa na icônica Ladeira Porto Geral, onde está uma das saídas da estação São Bento na Linha 1 – Azul do metrô. Embora o acesso de carros seja permitido, é quase como se não fosse, já que pedestres e ambulantes fazem uso de toda a pista, formando uma multidão que resume bem a energia caótica da região. 

Chegando ao pé da ladeira, você está na Rua 25 de Março. É possível seguir à direita, onde há lojas de ferramentas, itens de cozinha e fantasias; em frente, onde predominam os aviamentos; ou à esquerda, que é a rota mais tradicional, com todo tipo de produto. 

Ladeira Porto Geral, São Paulo, Brasil
(C.araujo26/Wikimedia Commons)

Como circular

A 25 fica cheia em qualquer dia da semana, com muita muvuca. Cuidado extra com o celular e outros pertences pessoais é essencial. Não ande enquanto usa o aparelho! Além disso, se estiver acompanhado, vale marcar um ponto de encontro caso alguém se perca, já que é fácil se desencontrar no meio da multidão – ou mesmo nos vários corredores de uma mesma loja. 

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As lojas possuem horários de funcionamento parecidos. Em geral, os estabelecimentos abrem por volta de 8h e vão até às 17h, mas vale checar se quiser visitar alguma loja específica, já que pode haver variações. A maioria delas fecha aos domingos e encerra o expediente mais cedo aos sábados. 

Embora pareça que tudo está espalhado, há uma certa lógica na distribuição das lojas na 25 de Março. Na Ladeira Porto Geral, por exemplo, predominam os acessórios para cabelo, cosméticos e maquiagens. Na esquina da Ladeira com a 25, ficam as lojas de fantasias e artigos para festa. Na extensão da 25 predominam armarinhos. E na paralela, a Rua Comendador Abdo Schahin, os aviamentos. Embora não seja regra, é uma forma de se localizar um pouco melhor e direcionar seu passeio caso queira ir direto ao ponto.

Embora existam várias lojas de roupa na 25 de Março, há lugares melhores na cidade para comprar peças de vestuário – tanto em função de preço quanto de qualidade. Dois exemplos são a região do Brás, não muito longe dali, ou na Rua José Paulino, no Bom Retiro

Melhores lojas 

Presentes 

iBoxA fofíssima iBox, na esquina da 25 de Março com a Ladeira Constituição, vende itens de papelaria que são uma graça. Canetas, cadernos, mochilas, garrafas, marmitas, potes, todos decorados com bichinhos coloridos, são um encanto até para os adultos. De segunda a sexta-feira, das 8h30 às 17h30, e aos sábados, das 8h30 às 16h. Fechado aos domingos. 

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Bendita SejaA Bendita Seja possui uma loja na Ladeira Porto Geral, nº 95, e uma na Rua 25 de Março, nº 775. O carro-chefe são as bijuterias, mas também há itens de decoração, papelaria e acessórios. De segunda a sexta-ferira, das 8h às 18h; e aos sábados, das 8h às 15h na 25 de Março e até às 16h na Ladeira Porto Geral. Fechado aos domingos. 

Gladys Artigos Religiosos Escondida no último andar de um edifício, no nº 525 da Ladeira Porto Geral, essa loja tem vários artigos católicos como terços, imagens de santos, roupas, velas – e os preços são atrativos. De segunda a sexta-feira, das 8h30 às 17h; e aos sábados, das 8h30 às 13h. Fechado aos domingos. 

Calçados 

StepanA loja que tem calçados de couro de produção própria fica ao lado do Mercadão. Embora os preços sejam mais elevados, quando comparados a outras lojas na região, os sapatos são de excelente qualidade e muito confortáveis – o que faz com que o custo-benefício seja ótimo. Há sandálias, botas, coturnos, sapatos de salto ou de fivela para todos os estilos. Rua Comendador Afonso Kherlakian, nº 111. De segunda a sexta-feira, das 9h às 17h; e aos sábados, das 9h às 15h. Fechado aos domingos. 

Global Shoes – Uma das gigantes dos calçados na 25, a Global tem boa variedade e preços convidativos. Fica na Rua 25 de Março, nº 753. De segunda a sexta-feira, das 7h30 às 19h; e aos sábados, das 7h30 às 18h. Fechado aos domingos. 

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Brinquedos

MP BrinquedosO paraíso das crianças, essa loja tem corredores abarrotados dos personagens e marcas mais queridos dos pequenos, a bons preços. Rua Barão de Duprat, nº 21. De segunda a sexta-feira, das 8h às 18h; e aos sábados, das 8h às 14h. Fechado aos domingos.

Armarinhos FernandoUm dos armarinhos mais tradicionais da 25, o Armarinhos Fernando tem de tudo – brinquedos baratos, itens de decoração, louças, ferramentas… Por conta dos preços, que são muito em conta, a fila do caixa costuma ser enorme. A loja matriz fica na Rua 25 de março, nº864 e funciona de segunda a sábado, das 7h às 18h; e aos domingos, das 9h às 14h. Existem outras unidades espalhadas pelo Centro e em outros pontos da capital paulista: veja todas aqui.

Onde comer 

A região da 25 de Março tem uma comunidade árabe expressiva, o que pode-se observar pelo nome de várias lojas, ruas e também pelos restaurantes, em que predomina a culinária árabe.

Raful – sem dúvida é a melhor pedida. São duas opções: dar uma passada no balcão para um lanche rápido, como uma esfiha, ou seguir até o fundo, onde estão as mesas (que costumam lotar rápido). No cardápio, há charutinhos, saladas, arroz com lentilha e outras opções deliciosas. O menu degustação é ótimo e super bem servido. Os garçons também passam nas mesas, com jeito de rodízio, oferecendo esfihas, kibes e outros salgados – não deixe de provar o kibe frito, que é excelente! Rua Comendador Abdo Schahin, 118. De segunda a sexta-feira, das 8 às 17h, e aos sábados das 8h às 16h. Fechado aos domingos. 

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Mercado Municipal – Um dos principais pontos turísticos da capital paulista, o Mercadão fica a apenas duas quadras da Rua 25 de Março. Basta seguir por ela até a transversal com a Rua Comendador Afonso Kherlakian, dobrar à direita e seguir em frente até se deparar com o edifício monumental. Lá dentro, há o clássico e exagerado pão com mortadela, bolinhos e pastéis de bacalhau e todo tipo de empório, com frutas importadas, produtos regionais, açougues, peixarias, queijarias… Vale ficar atento ao golpe das frutas: os vendedores das barracas seduzem os visitantes com degustações gratuitas de frutas – geralmente diferentonas como tâmara, toranja, atemoia, pitaia – e vão montando as bandejas. Na hora de pagar, vem o susto: o preço informado era por cem gramas, e não por quilo.

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Banca 06O Mercadão, todo mundo conhece. Mas o que nem todo mundo sabe é que, virando à esquerda, há o Mercado Municipal Kinjo Yamato, que é o verdadeiro queridinho dos locais e que tem mais cara de “feira raiz”. É lá que se esconde a ótima Banca 06, um box que serve pratos que variam de acordo com o que há de melhor no próprio mercado a cada dia. O responsável é o chef Luiz Campiglia, que comandava a cozinha do Paribar (que foi até seu fechamento, em 2022, o bar mais antigo de São Paulo, na Praça Dom José Gaspar, onde hoje funciona o bar/balada Gaspar). 

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História da Rua 25 de Março 

O Rio Tamanduateí passava logo ao lado da Rua 25 de Março, e era na Ladeira Porto Geral que ficava o porto em que escoavam os produtos que chegavam do Porto de Santos. Por isso, a região começou a desenvolver o comércio com as mercadorias que chegavam por ali. 

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Mesmo após a drenagem do rio por conta de uma trágica enchente, no final do século XIX, a rua continuou a ser o principal polo de comerciantes da cidade. Em 1865, ela foi nomeada 25 de Março em homenagem à data da primeira Constituição do Brasil, outorgada por D. Pedro I em 25 de março de 1824.

25 de Março, São Paulo, Brasil
Pintura de Antonio Ferrigno mostra como era a Rua 25 de Março em 1894 (Antonio Ferrigno/Wikimedia Commons)

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