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As 8 cachoeiras mais bonitas do Brasil

Operação descarrego: uma seleção de cachoeiras pra tomar uma ducha energizante, nadar no poço ou ficar só de bobeira, admirando o conjunto da obra.

Por Fernando Leite
Atualizado em 10 ago 2021, 13h49 - Publicado em 18 Maio 2017, 17h18

1. Cachoeira da Fumaça

Cachoeira da Fumaça, Chapada Diamantina, Cerrado, Bahia, Brasil
(Renata Mello/TYBA/Divulgação)

Chapada Diamantina (BA)

Saindo do Vale do Capão, são quilômetros de trilha até alcançar os 340 metros da Cachoeira da Fumaça, a segunda mais alta do Brasil. Os 45 minutos iniciais são uma subida inclemente pela Serra do Sincorá, sem caminho definido.

A partir do alto da serra, tranquilidade total: 1h15 de trilha plana, e a visão daquele enorme fiozinho d’água despencando faz esquecer o cansaço. Sensacional é fazer o trekking de três dias que sai de Lençóis e chega à parte baixa da cachoeira. Caminha-se, em média, 12 quilômetros por dia, passando por leitos de rio, tomando banho em cachoeiras menores e pernoitando em grutas.

Como chegar – Fica no Vale do Capão, a 72 km de Lençóis. Guias levam em passeios para conhecer a parte de cima da cachoeira ou para fazer o trekking de três dias, incluindo transporte, alimentação e equipamentos de camping.

2. Cachoeira Boca da Onça

Cachoeira Boca da Onça
(Opção Brasil/Divulgação)

Bonito/Bodoquena (MS)

Em meio à mata nativa surge uma trilha bem sombreada de 4 quilômetros, no princípio sem grandes obstáculos. Até alcançar a Boca da Onça (157 metros), o caminho passa por mais dez quedas, três delas com banho permitido. Ao lado, o imponente Cânion do Salobra.

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As águas dos rios são cristalinas. Mais um pouquinho de caminhada, e a Boca da Onça se descortinará na sua frente. Mas ainda resta uma escadaria com 886 degraus até o alto, em que se abre a espetacular vista de todo o caminho percorrido. Dá para chegar também por cima, numa caminhada de duas horas até o mirante.

Como chegar – Distante 60 km de Bonito, deve-se pegar a MS-178 para Bodoquena, entrando em uma estrada de terra de 10 km pouco antes da cidade.

3. Cachoeira do Tabuleiro

Cachoeira do Tabuleiro, Minas Gerais

Conceição do Mato Dentro (MG)

Amarre bem a bota, coloque a mochila nas costas e bora caminhar em meio a orquídeas e sempre-vivas no Parque Estadual da Serra do Intendente. Três trilhas compõem o programa – crianças e sedentários podem caminhar por 20 sossegados minutos até o mirante e contemplar os 273 metros da cachoeira em toda a sua plenitude.

Daí pra frente, só graduados. Após o mirante, sai a trilha até o poço da queda. Começa ziguezagueando por uma pirambeira considerável (cuidado com a vertigem) até chegar ao leito do rio. Depois, caminha-se pelas rochas que o ladeiam por duas horas até o fim da jornada.

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Como chegar – De Conceição ao distrito de Tabuleiro, são 22 km de estrada de terra, que, quando chove, fica bem embaçada. Ainda tem um ladeirão até a portaria do Parque Estadual da Serra do Intendente.

4. Cachoeira do Segredo

Cachoeira do Segredo, Chapada dos Veadeiros, Goiás

Chapada dos Veadeiros (GO)

A caminhada não é fácil: são 8 quilômetros, sem nenhuma grande elevação, para alcançar a queda. Em compensação, atravessa-se 14 vezes os rios Segredo e São Miguel. Parte da trilha é feita em mata fechada e macacos costumam aparecer pelo caminho.

No meio do percurso, um providencial pit stop em uma prainha com uma deliciosa piscina natural. Dali, em geral, são necessárias três horas entre a portaria e a Cachoeira do Segredo, de 115 metros. Pouco sombreado, seu poço é bem gelado, além de profundo. A volta pode ser feita pelo mesmo trajeto, mas guias locais cortam caminho (dependendo da altura das águas), economizando uma hora de caminhada.

Como chegar – Saindo da Vila de São Jorge, sede do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, dirige-se 12 km de estrada de terra até a Fazenda Segredo.

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5. Cachoeira da Farofa

Cachoeira da Farofa, Parque Nacional da Serra do Cipó, Minas Gerais
(Andre Dib/Pulsar/Divulgação)

Serra do Cipó (MG)

É uma das quedas mais acessíveis dentro do Parque Nacional da Serra do Cipó daí o nome, que (sim) se refere ao alto número de visitantes. Caminhando ou pedalando, eles deixam a portaria do parque e partem para o percurso relativamente tranquilo de 8 quilômetros até o paredão onde está a cachoeira.

Bem sinalizado, dispensa guias. O trecho plano termina no leito do rio. Mas pode ficar tranquilo: até a cachoeira, são apenas 50 metros por pedras um pouco escorregadias. Formada por sete pequenas quedas, a Farofa tem um poço bem gelado.

Como chegar – Do centrinho da Serra do Cipó até a portaria do parque são apenas 5,5 km – 3,5 km em uma estradinha de terra sacolejante. Em frente à portaria do parque, alugam-se bikes.

6. Vale do Alcantilado

Vale do Alcantilado, Visconde de Mauá, Rio de Janeiro
(Ligia Skow/Divulgação)
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Visconde de Mauá (RJ/MG)

O complexo do Vale do Alcantilado é formado por nove cachoeiras algumas, na verdade, são poços. A maior queda, com 50 metros, é justamente a derradeira. Bem sinalizada, a trilha de 1,5 quilômetro dispensa guia. As quedas e os poços vão surgindo a cada cinco minutos. Entre a quinta e a sexta, o mirante da Candeia tem a melhor panorâmica para fotos.

Em uma hora de caminhada, finalmente o encontro com a principal cachoeira. Sem direito a banho, aqui apenas se admira os fios brancos caindo pela rocha. Depois de uma atividade intensa, antes de atravessar a portaria, é difícil resistir aos grandes pastéis da Vilma (sábados, domingos e feriados) ou ao caldinho de feijão da Lúcia, nas duas lanchonetes do complexo.

Como chegar – Entre a Vila de Maringá, onde há a maior concentração de pousadas, e o Alcantilado, são 7 km – apenas 2,5 km asfaltados. Em dias de chuva, há um trecho bem perigoso no meio do caminho.

7. Cachoeira do Cassorova e dos Quatis

Cachoeira do Cassorova e dos Quatis, Brotas, São Paulo
(Thomaz Vita Neto, Pulsar/Divulgação)

Brotas (SP)

O Ecoparque Cassorova abriga duas das cachoeiras mais altas e famosas da região. A primeira é a Cassorova, que, apesar de perto da sede, exige disposição para vencer uma trilha íngreme. Em dez minutos, você alcança a ponte, de onde se vê a volumosa queda em duas partes, dentro de um cânion, totalizando 60 metros.

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A outra é a Cachoeira dos Quatis, um pouco menor (46 metros), mas mais fechada em um cânion. Em 45 minutos, você estará de frente para ela. A trilha começa em um campo aberto, sem sombras. Sem um bom poço para banho, só a vista da cachoeira em meio à mata faz valer o esforço.

Como chegar – A distância a partir de Brotas é de 28 km, sendo 23 km de asfalto até o bairro do Patrimônio de São Sebastião da Serra e 5 km de terra por estradas bem sinalizadas. O ingresso é vendido no Ecoparque Cassorova.

8. Trilha das Sete Cachoeiras

Trilha das Sete Cachoeiras
(Ana Paula Hirama/Flickr)

São Luiz do Paraitinga (SP)

Todo sábado e domingo, às 9 horas, aventureiros deixam o Refúgio das Sete Cachoeiras, no distrito de Catuçaba, e se embrenham mato adentro para conhecer as sete cachoeiras da propriedade. Saindo de uma altitude de 600 metros, chegarão até 1 450 metros, em uma trilha circular de 7 quilômetros. Condicionamento físico é fundamental.

A primeira queda está quase ao lado da sede, mas o bicho pega é depois, com as subidas íngremes (cordas ajudam no deslocamento). Por vezes, é preciso atravessar o leito do rio a pé. Porém, com calma, uma a uma, as cachoeiras vão surgindo duas delas com ótimo poço para banho. Ao final do passeio, um almoço caseiro feito em fogão a lenha fecha a aventura.

Como chegar – O distrito está a 19 km de São Luiz do Paraitinga. Dali até o Refúgio, são mais 2 km em estrada de terra. O passeio deve ser agendado com antecedência.

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