1. Cachoeira da Fumaça
Chapada Diamantina (BA)
Saindo do Vale do Capão, são quilômetros de trilha até alcançar os 340 metros da Cachoeira da Fumaça, a segunda mais alta do Brasil. Os 45 minutos iniciais são uma subida inclemente pela Serra do Sincorá, sem caminho definido.
A partir do alto da serra, tranquilidade total: 1h15 de trilha plana, e a visão daquele enorme fiozinho d’água despencando faz esquecer o cansaço. Sensacional é fazer o trekking de três dias que sai de Lençóis e chega à parte baixa da cachoeira. Caminha-se, em média, 12 quilômetros por dia, passando por leitos de rio, tomando banho em cachoeiras menores e pernoitando em grutas.
Como chegar – Fica no Vale do Capão, a 72 km de Lençóis. Guias levam em passeios para conhecer a parte de cima da cachoeira ou para fazer o trekking de três dias, incluindo transporte, alimentação e equipamentos de camping.
2. Cachoeira Boca da Onça
Bonito/Bodoquena (MS)
Em meio à mata nativa surge uma trilha bem sombreada de 4 quilômetros, no princípio sem grandes obstáculos. Até alcançar a Boca da Onça (157 metros), o caminho passa por mais dez quedas, três delas com banho permitido. Ao lado, o imponente Cânion do Salobra.
As águas dos rios são cristalinas. Mais um pouquinho de caminhada, e a Boca da Onça se descortinará na sua frente. Mas ainda resta uma escadaria com 886 degraus até o alto, em que se abre a espetacular vista de todo o caminho percorrido. Dá para chegar também por cima, numa caminhada de duas horas até o mirante.
Como chegar – Distante 60 km de Bonito, deve-se pegar a MS-178 para Bodoquena, entrando em uma estrada de terra de 10 km pouco antes da cidade.
3. Cachoeira do Tabuleiro
Conceição do Mato Dentro (MG)
Amarre bem a bota, coloque a mochila nas costas e bora caminhar em meio a orquídeas e sempre-vivas no Parque Estadual da Serra do Intendente. Três trilhas compõem o programa – crianças e sedentários podem caminhar por 20 sossegados minutos até o mirante e contemplar os 273 metros da cachoeira em toda a sua plenitude.
Daí pra frente, só graduados. Após o mirante, sai a trilha até o poço da queda. Começa ziguezagueando por uma pirambeira considerável (cuidado com a vertigem) até chegar ao leito do rio. Depois, caminha-se pelas rochas que o ladeiam por duas horas até o fim da jornada.
Como chegar – De Conceição ao distrito de Tabuleiro, são 22 km de estrada de terra, que, quando chove, fica bem embaçada. Ainda tem um ladeirão até a portaria do Parque Estadual da Serra do Intendente.
4. Cachoeira do Segredo
Chapada dos Veadeiros (GO)
A caminhada não é fácil: são 8 quilômetros, sem nenhuma grande elevação, para alcançar a queda. Em compensação, atravessa-se 14 vezes os rios Segredo e São Miguel. Parte da trilha é feita em mata fechada e macacos costumam aparecer pelo caminho.
No meio do percurso, um providencial pit stop em uma prainha com uma deliciosa piscina natural. Dali, em geral, são necessárias três horas entre a portaria e a Cachoeira do Segredo, de 115 metros. Pouco sombreado, seu poço é bem gelado, além de profundo. A volta pode ser feita pelo mesmo trajeto, mas guias locais cortam caminho (dependendo da altura das águas), economizando uma hora de caminhada.
Como chegar – Saindo da Vila de São Jorge, sede do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, dirige-se 12 km de estrada de terra até a Fazenda Segredo.
5. Cachoeira da Farofa
Serra do Cipó (MG)
É uma das quedas mais acessíveis dentro do Parque Nacional da Serra do Cipó – daí o nome, que (sim) se refere ao alto número de visitantes. Caminhando ou pedalando, eles deixam a portaria do parque e partem para o percurso relativamente tranquilo de 8 quilômetros até o paredão onde está a cachoeira.
Bem sinalizado, dispensa guias. O trecho plano termina no leito do rio. Mas pode ficar tranquilo: até a cachoeira, são apenas 50 metros por pedras um pouco escorregadias. Formada por sete pequenas quedas, a Farofa tem um poço bem gelado.
Como chegar – Do centrinho da Serra do Cipó até a portaria do parque são apenas 5,5 km – 3,5 km em uma estradinha de terra sacolejante. Em frente à portaria do parque, alugam-se bikes.
6. Vale do Alcantilado
Visconde de Mauá (RJ/MG)
O complexo do Vale do Alcantilado é formado por nove cachoeiras – algumas, na verdade, são poços. A maior queda, com 50 metros, é justamente a derradeira. Bem sinalizada, a trilha de 1,5 quilômetro dispensa guia. As quedas e os poços vão surgindo a cada cinco minutos. Entre a quinta e a sexta, o mirante da Candeia tem a melhor panorâmica para fotos.
Em uma hora de caminhada, finalmente o encontro com a principal cachoeira. Sem direito a banho, aqui apenas se admira os fios brancos caindo pela rocha. Depois de uma atividade intensa, antes de atravessar a portaria, é difícil resistir aos grandes pastéis da Vilma (sábados, domingos e feriados) ou ao caldinho de feijão da Lúcia, nas duas lanchonetes do complexo.
Como chegar – Entre a Vila de Maringá, onde há a maior concentração de pousadas, e o Alcantilado, são 7 km – apenas 2,5 km asfaltados. Em dias de chuva, há um trecho bem perigoso no meio do caminho.
7. Cachoeira do Cassorova e dos Quatis
Brotas (SP)
O Ecoparque Cassorova abriga duas das cachoeiras mais altas e famosas da região. A primeira é a Cassorova, que, apesar de perto da sede, exige disposição para vencer uma trilha íngreme. Em dez minutos, você alcança a ponte, de onde se vê a volumosa queda em duas partes, dentro de um cânion, totalizando 60 metros.
A outra é a Cachoeira dos Quatis, um pouco menor (46 metros), mas mais fechada em um cânion. Em 45 minutos, você estará de frente para ela. A trilha começa em um campo aberto, sem sombras. Sem um bom poço para banho, só a vista da cachoeira em meio à mata faz valer o esforço.
Como chegar – A distância a partir de Brotas é de 28 km, sendo 23 km de asfalto até o bairro do Patrimônio de São Sebastião da Serra e 5 km de terra por estradas bem sinalizadas. O ingresso é vendido no Ecoparque Cassorova.
8. Trilha das Sete Cachoeiras
São Luiz do Paraitinga (SP)
Todo sábado e domingo, às 9 horas, aventureiros deixam o Refúgio das Sete Cachoeiras, no distrito de Catuçaba, e se embrenham mato adentro para conhecer as sete cachoeiras da propriedade. Saindo de uma altitude de 600 metros, chegarão até 1 450 metros, em uma trilha circular de 7 quilômetros. Condicionamento físico é fundamental.
A primeira queda está quase ao lado da sede, mas o bicho pega é depois, com as subidas íngremes (cordas ajudam no deslocamento). Por vezes, é preciso atravessar o leito do rio a pé. Porém, com calma, uma a uma, as cachoeiras vão surgindo – duas delas com ótimo poço para banho. Ao final do passeio, um almoço caseiro feito em fogão a lenha fecha a aventura.
Como chegar – O distrito está a 19 km de São Luiz do Paraitinga. Dali até o Refúgio, são mais 2 km em estrada de terra. O passeio deve ser agendado com antecedência.