Reguenguinho: talvez a pousada mais charmosa de Portugal
Entre o campo e o mar, no Alentejo, um lugar para se esquecer da vida
Desde que eu voltei a morar em Portugal, um novo canto do país ganhou meu coração: a Costa Vicentina. Trata-se do trecho do Alentejo que acompanha a costa do Atlântico de norte a sul. Onde o campo, poeticamente, encontra o mar. Eu disse campo. Oliveiras, ovelhas, sobreiros. E disse mar. Falésias, areias branquinhas, quase sempre ninguém à vista.
Bem no meio de tudo isso fica a Herdade do Reguenguinho. E “tudo isso”, aqui, é só um extra, acredite. Porque o Reguenguinho se basta – difícil é querer sair dali.
Se escolher um dos quartos sobre palafitas, você acorda num caixote de vidro e se vê imerso num mar de colinas suaves pontilhadas de oliveiras. Ainda que escolha qualquer outro, vai sempre tomar o café da manhã sem pressa (pode ser às 10h ou às 14h, não importa; seu lugar estará sempre posto à mesa). E tem panquequinhas quentes, mil pães, queijos, ovos…
Depois a missão é decidir se quer ler ou se largar nas espreguiçadeiras, nos cantinhos de inspiração oriental ou no deck lááá no meio delas: as oliveiras.
Sob o sol do verão alentejano, a piscina de vista infinita vai ser sempre a melhor pedida. Ou, quem sabe, as praias de Vila Nova de Milfontes, a 15 minutos de distância (vá lá…).
Quando eu fui ainda era inverno – e a banheira ao pé da cama, com vista do campo, me pareceu sempre o lugar mais adequado.
A dona, Susana, é quem recebe os hóspedes e já prepara uma lista dos melhores restaurantes dos arredores. O Reguenguinho não serve refeições, mas os mais preguiçosos podem se render aos mimos dela e pedir um vinho e queijos para acompanhar. No pôr do sol. Na varanda. Eu falei das oliveiras?