Imagem Blog Além-mar Rachel Verano rodou o mundo, mas foi por Portugal que essa mineira caiu de amores e lá se vão, entre idas e vindas, quase dez anos. Do Algarve a Trás-os-Montes, aqui ela esquadrinha as descobertas pelo país que escolheu para chamar de seu
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Dois dias perfeitos em Lisboa

Um roteiro completo para explorar o melhor da capital portuguesa em tempo recorde

Por Rachel Verano
Atualizado em 6 mar 2020, 16h04 - Publicado em 18 jan 2019, 18h49
Os telhados de Lisboa, com o Tejo ao fundo
Os telhados de Lisboa, com o Tejo ao fundo (Bruno Barata/Reprodução)

Com a quantidade de voo direto para tanta cidade do Brasil, é natural que Lisboa seja a porta de entrada para boa parte dos brasileiros que vêm para a Europa. Mesmo quando Portugal não é o destino principal, muita gente acaba dando uma passadinha por aqui, até para aproveitar o programa Stopover da TAP, que permite ficar de 1 a 5 dias em Lisboa ou no Porto antes de seguir viagem, sem pagar nada a mais por isso. Pensando nessas pessoas, e no grande número de pessoas que reservam apenas dois dias para explorar a capital da Terrinha (que pena!), aqui vai um roteiro detalhado para aproveitar bastante as 48 horas por aqui!

DIA 1
Comece pela Baixa, na Praça do Comércio, já escancarada para o Rio Tejo. Para ter uma bela panorâmica da cidade, suba ao topo dos Arcos da Rua Augusta (a entrada é discreta na própria Rua Augusta, quase na Praça). Depois, embarque no elétrico 15 em direção a Belém (o circuito pode ser em trens modernosos ou, mais raramente, nos bondinhos com cara de antigamente).

A Torre de Belém: ícone incontornável
A Torre de Belém: ícone incontornável (Bruno Barata/Reprodução)

Uma vez em Belém, eleja prioridades: visitar o Mosteiro dos Jerónimos, o Padrão dos Descobrimentos, a Torre de Belém; explorar o acervo de arte moderna e contemporânea da Coleção Berardo, no CCB (com obras de Picasso, Miró, Magritte, Francis Bacon), ou de charretes e carruagens no espetacular Museu dos Coches. Independentemente dos rumos, comece na confeitaria Pastéis de Belém para alguns dos melhores pastéis de nata do planeta.

Quando bater a fome, o SUD é uma boa opção para o almoço, com seus pratos de sotaque italiano (e uma burrata divina que chega diretamente da Itália toda semana). A vista para o Tejo é linda de qualquer lugar do restaurante – e ainda mais de dentro da sua piscina, no andar superior (o acesso para mergulhos está encerrado no inverno). Depois, continue o passeio pela beira-rio a pé, de bicicleta ou de patinete – dá para alugar tudo nos arredores do restaurante, que fica estrategicamente localizado ao lado do MAAT, que rende lindas fotos da Lisboa moderna.

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Passeio de bike à beira-rio em Belém, com o MAAT ao fundo
Passeio de bike à beira-rio em Belém, com o MAAT ao fundo (Bruno Barata/Reprodução)

Ao final do dia, volte em direção à Praça do Comércio (pode ser de elétrico ou de tuk tuk!) e desça em frente ao Mercado Time Out, um lugar sempre animado com bares, lojas e banquinhas de restaurantes de chefs famosos em versão low-cost, caso de Henrique Sá Pessoa (que ganhou duas estrelas Michelin pelo Alma na última edição do guia!), Alexandre Silva e Miguel Castro e Silva.

Depois de tomar algumas taças de vinho e petiscar, tire a prova do melhor pastel de nata da cidade na Manteigaria, que tem uma filial dentro do mercado. E vá vasculhar os suvenires mais incríveis de Portugal na filialda loja A Vida Portuguesa, que fez um incrível trabalho de recuperar produtos antigos e tradicionais de todo o país.

DIA 2
Comece o dia batendo perna pela região do Príncipe Real, do Bairro Alto e do Chiado, parando em pontos estratégicos como o Miradouro São Pedro de Alcântara, o elevador da Glória (logo ao lado) e as ruínas do Convento do Carmo. Pare para tomar um café com calma – se tiver a vibe bem turística, pode ser no café A Brasileira, onde fica a famosa estátua de Fernando Pessoa; se quiser algo mais cool e saudável, invista no Naked (categoria bowls instagramáveis!), no Príncipe Real. Depois rume para Alfama, na colina bem em frente, descendo por outra atração turística local: o Elevador de Santa Justa, projetado por um dos discípulos de Gustave Eiffel.

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As incríveis ruínas do Convento do Carmo, no Chiado
As incríveis ruínas do Convento do Carmo, no Chiado (Bruno Barata/Reprodução)

Prepare as pernas para explorar o delicioso sobe e desce de Alfama e perder-se pelas ruelas e becos de uma das regiões mais antigas da cidade. O almoço pode ser num achadinho local: o Páteo 13, que tem ótimos peixes na brasa, servidos em mesões praticamente comunitários (de tão colados) ao ar livre. Não deixe de curtir o visual dos famosos miradouros do bairro, como o das Portas do Sol e o de Santa Luzia. E visite o castelo de São Jorge mais pro fim do dia.

A linda vista de Lisboa a partir do Castelo de São Jorge ao fim do dia
A linda vista de Lisboa a partir do Castelo de São Jorge ao fim do dia (Bruno Barata/Reprodução)

Aguenta subir um pouquinho mais? Chegue até até a Graça, um bairro fofo que está cheio de novidades. Uma delas é o minúsculo restaurante Taberna do Mar, que propõe um mix de sabores portugueses com técnicas japoneses. O carro chefe da casa é um delicioso sushi de sardinha defumada, coroado com cristais de flor de sal. Se ainda restar energia para um copo ou outro depois, logo ao lado fica um dos meus bares preferidos da cidade: o Botequim (no número 79 do Largo da Graça).

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