
(Michele Piccardo/)
A Toscana é pontilhada de cidades que preservam características medievais em sua arquitetura. Por esse motivo, elas são o cenário perfeito para festivais temáticos, que acontecem principalmente durante os meses mais quentes de junho a setembro.

– (Reprodução/iStock)
Uma das mais completas é a Festa Medieval de Monteriggioni, cidade a pouco mais de uma hora de carro de Florença. Mesmo quando não está recebendo o festival, esse pequeno vilarejo é imperdível: construído no topo de um monte, cercado por muralhas, ele servia como posto militar que defendia Siena das invasões fiorentinas.
Todo charmosinho, o vilarejo merece ser visitado mesmo sem a Festa MedievalMas, todos os anos, em julho, o cenário fica ainda mais especial. Durante dois finais de semana seguidos, moradores recriam o ambiente e a atmosfera de uma aldeia medieval do século XIII, época em que Monteriggioni foi fundada.
A primeira coisa que salta aos olhos são as pessoas vestidas com trajes históricos, que representam os plebeus, os guerreiros, os nobres, os clérigos… Cada um atuando de acordo com o seu personagem.

– (Divulgação/Divulgação)
Durante a festa, as ruas se enchem de pessoas fantasiadasBom exemplo disso são os artesões, que ficam em barracas produzindo artefatos à moda antiga – que você pode comprar e levar para casa, é claro. Há peças de couro, objetos de madeira entalhada, acessórios de ferro, etc.
O grande diferencial, no entanto, são as diferentes atrações ao longo do festival. A programação varia a cada ano, mas costuma incluir desde grupos de dança, bandas de tambores e peças de teatro até incríveis simulações de assalto ao castelo, espetáculos de falcoaria e cortejos.

– (Divulgação/Divulgação)

Ao lado dos músicos, as barraquinhas de artesanato (Divulgação/)
Do lado de fora dos muros da cidade, são feitas até demonstrações de combate, com cavaleiros vestidos a rigor e cavalos decorados. As encenações representam as batalhas por disputa de território que já foram travadas ali entre Siena e Florença.

A simulação das batalhas medievais são um show à parte (Divulgação/)
A comida deixa a experiência ainda mais autêntica. Fora dos restaurantes, que mantêm seu cardápio normal, barracas servem iguarias típicas, além de produtos locais como queijo pecorino e o prosciutto crudo. Para beber, apenas água e vinho quentes – afinal, não existia nem Coca-Cola nem geladeira na Idade Média.
Um charme à parte é a “moeda” que deve ser utilizada durante a festa. Parecido com o sistema de fichas das festas juninas brasileiras, é preciso trocar euro pelo “grosso”, que era a moeda utilizada na época.

– (Liudmila Musatova/Reprodução)
Em 2020, a 30ª edição da festa acontecerá nos dias 10, 11, 12, 17, 18 e 19 de julho.
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