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São Francisco Xavier: um dossiê sobre o descolado refúgio que você tem de (re)visitar

Por Bruno Favoretto
Atualizado em 27 fev 2017, 15h07 - Publicado em 10 jun 2016, 19h33

Era impensável há cerca de uma década e meia imaginar São Francisco Xavier tão cool como está. A 159 km da capital, esse distritinho de São José dos Campos, assim como Caçapava, não era alvejado por holofotes, mesmo com cachoeiras e vistas de babar. Mas a coisa começou a dar uma bombadinha (sem muvuca, é bom dizer) com a chegada de pousadas charmosas, em sua maioria voltada para casais.

O pico hoje é um descolado e romântico refúgio de serra, que não tem a pompa das rivais da Mantiqueira como São Bento do Sapucaí e Campos do Jordão.

Geralmente é assim: de dia, os visitantes curtem as trilhas, as cachoeiras e os esportes de aventura, e/ou vão aos ateliês do Circuito das Artes, com acesso pela estrada para Joanópolis. À noite, o point é a Rua 15 de Novembro e adjacências, com bares, restaurantes e lojinhas.

Pena que o governo estadual tenha acabado, após 8 anos, com o Festival da Mantiqueira, espécie de Flip Paulista que trazia autores porretas. Mas isso está longe de deixar o rolê menos interessante.

A seguir, um guia que você tem que considerar caso queira ter uma bruta. Experiência logo ali.

Os habitantes acolhedores de SFX / Divulgação

Os habitantes acolhedores de SFX / Divulgação

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São Francisco Xavier: como chegar

Fica a 159 quilômetros de São Paulo. Pegue a Ayrton Senna, depois a Dutra em direção a São José dos Campos e siga pela sinuosa SP-050 até Monteiro Lobato, de onde sai o acesso por estrada municipal. Aí a gente vê a profusão de colinas nos arrebaldes de São Xico.

Pedágio: R$ 11,80 por trecho.

 

Trilha para os hóspedes da Pouso do Rochedo / Divulgação

Trilha para os hóspedes da Pouso do Rochedo / Divulgação

São Francisco Xavier: onde ficar

Uma das que têm melhor custo/benefício é a Pouso do Rochedocom tirolesa, rapel, oito cachoeiras, quatro trilhas e um mirante a 1800 metros de altura. Os chalés contam com lareira – os apartamentos, não. Ali paga-se uns R$ 400 o casal.

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Negócio mais em conta se faz na Pousada Kolibri, que hospeda donos junto com cães no quarto: custa desde R$ 130 a diária do casal, mais R$ 40 por cão. Ali há uma cachoeira com piscina natural, mas lembre-se de que o dog deve ser obediente para não entrar em lugares perigosos.

Vida mole na pousada A Rosa e o Rei / Divulgação

Vida mole na pousada A Rosa e o Rei / Divulgação

Afastadona do pedaço urbano, mais precisamente a 10 quilômetros do Centro por uma estrada de terra fácil de cruzar, A Rosa e o Rei, com diárias desde R$ 550, é para se isolar. Escolha suas acomodações: na parte alta do terreno os chalés têm ofurô no quarto e visão para as montanhas. Tem também os que estão no meio da mata, com o plus do ofurô num deque privativo na área externa, é pra ficar ali ouvindo o som das duas cachoeiras que dão nome à pousada.

Algo mais central e ainda assim bucólico? A Chapéu de Palha, com diárias a partir de R$ 750, guarda seis cabanas com vista estupenda para um vale, que deixa feliz os casais que lá se hospedam, aliás, é o público-alvo. Atenção para a cabana Vó Cida, com cama king e lençóis de algodão egípcio de mil fios.

 

São Francisco Xavier: Cachoeira do Roncador 

Com 45 metros de queda e poço para banho, a Cachoeira do Roncador vive onde se beijam o Rio do Peixe e o Ribeirão Roncador. Ali tem umas árvores com macacos muriquis, que aparecem com mais frequência em dias quentes.

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A Cachoeira do Roncador colada na pousada homônima / Divulgação

A Cachoeira do Roncador colada na pousada homônima / Divulgação

 

Vá de carro até o estacionamento da Pousada Cachoeira do Roncador e pague o ingresso: os R$ 69 garantem uma lugar na piscina (dispensável, ora, e a cachoeira?) e o almoço. Por desde R$ 220 você dorme na pousada de sábado a domingo, vale mais a pena.

 

São Francisco Xavier: trilhas, tirolesa… uma penca de turismo de aventura

Quem curte tirolesa deve rumar à pousada da Márcia, a Portal do Equilibrium, que reserva uma sequência de duas tirolesas em meio ao frescor da Serra da Mantiqueira, além de duas trilhas.

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A Portal do Equilibrium tem horta orgânica / Divulgação

A Portal do Equilibrium tem horta orgânica / Divulgação

Trilhas mais parrudas têm início na Fazenda Monte Verde, a 5 km do Centro. A subida de cinco horas (12 km) até a Pedra da Onça, a 2 000 m de altitude, vale pela vista. Até Monte Verde, o trekking de oito horas (22 km) passa por riachos e bosques, esse é para os mais escolados. Iniciantes podem vagar por três horas (6 km) até a Toca do Muriqui: no caminho dá para observar a espécie de macaco que dá nome à toca. Preços entre R$ 70 e R$ 170 por pessoa (os tempos e distâncias são de ida e volta). Mais informações no CAT, Centro de Apoio ao Turista (12/3926-1279).

No CAT também dá pra se informar sobre a subida até o Pico Focinho D´Anta (1 712 m) e sobre o Aquaride no Rio do Peixe, com opções para novatos em botes.

Tirolesa da Portal do Equilibrium / Divulgação

Tirolesa da Portal do Equilibrium / Divulgação

 

 

São Francisco Xavier: onde comer

Principal artéria, a Rua 15 de Novembro concentra restaurantes como o Yoshi (Nº 345, 12/3926-1806), com suas paredes vermelhas e lanternas japonesas e, no menu do chef Thompson Lee, combinados de sushis e sashimis, pratos chineses e tailandeses.

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Outro bem bacana na rua e que também faz papel de empório é o variado João de Barro, que funciona numa casinha de adobe e barro.

O ambiente do restaurante Serra das Águas / Divulgação

O ambiente do restaurante Serra das Águas / Divulgação

Na estrada para Monteiro Lobato há o Pesqueiro Pantanal, dentro de um pesque-pague. As mesas estão numa choupana vizinha ao lago. Bom para provar  a tilápia criada ali mesmo. Depois do meio-dia no fim de semana o bicho pega pra arranjar uma mesa, pois, claro, os preços são matadores.

Não perca ainda o bucólico Serra da Águas, que fica no trutário homônimo, área verde delícia entre dois riachos.

São Francisco Xavier: onde passear e relaxar 

Sítio cheio de canteiros de flores e ervas, Bruxinhas do Mato tem salas de massagens, lojinha com produtos terapêuticos e um terraço onde são servidos chás. Nas salas de banho (uma individual e outra para casal), a imersão em água com ervas calmantes ou afrodisíacas dura trinta minutos.

Fica na mesma Estrada do Machado onde se situa o Rancho São Xico, com bar e sofás. Dali partem para cavalgadas guiadas, como a que percorre a zona rural.

O Rancho São Xico, de onde saem as cavalgadas / Divulgação

O Rancho São Xico, de onde saem as cavalgadas / Divulgação

São Francisco Xavier: onde comprar

Na Rua 15 de Novembro, camuflada atrás do restaurante João de Barro, a Maly Caran vende (dá pra comprar online) óleos e sabonetes à base de ervas e flores que crescem na fazenda da família.

O forte de SFX, porém, são os bucólicos ateliês em estradas de terra. O Atelier de las Máscaras, que vendia máscaras à Carnaval de Veneza, fechou, mas há outros excelentes.

Destaco o Arte na Roça, terreno no qual o professor de história Carlos Eduardo Finochio pinta. Nos fins de semana, em seu sítio, vende telas de inspiração cubista a partir de uns R$ 120. E o Manacá da Serra, da ceramista Camila Giffoni, cujo acesso rola pela estrada para Joanópolis. Há peças utilitárias/decorativas, com belos tons berrantes e design modernão, como os pequenos bowls (saem por R$ 45) e luminárias que chegam a R$ 400. Também abre somente aos fins de semana.

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