Imagem Blog Achados Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas
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Puglia, Itália: roteiros de 4, 7 e 10 dias

Dicas para você não se perder entre tanta "coisinha" bonita

Por Adriana Setti
Atualizado em 17 mar 2021, 12h58 - Publicado em 24 ago 2018, 13h23

A Puglia (ou Apúlia, aportuguesando) não tem uma cidade que seja absurdamente famosa – uma Florença da vida, digamos. Também não rola uma estrada cinematográfica que marque uma rota “obrigatória” pela região (como a 222 Chiantigiana, já que começamos a comparar com a Toscana). Ocupando o salto e o calcanhar da bota que forma o mapa da Itália, esse pedacinho rústico do sul do país é uma terra de grandes prazeres pulverizados em doses homeopáticas. O encanto vai gotejando em forma de cidadezinhas, povoados, campos infinitos de oliveiras, praias, pequenos parques naturais… Ritmo pausado, estilo de vida simples, comida divina (além de absurdamente farta) e um povo cheio de amor pra dar completam a cena. Diante de tantas coisinhas – e na ausência de uma “coisona” – muita gente acaba ficando perdida. Então vamos lá:

Uma lindeza chamada Polignano a Mare (Pixabay/Reprodução)
Beco florido em Alberobello (Pixabay/Reprodução)
Cirternino, branquinha de tudo, no Vale D’Itria (Adriana Setti/Reprodução)

Puglia em 4 dias

Aceite: não dá para conhecer toda a região em tão pouco tempo. Se você tem só quatro dias, recomendo focar no Valle D’Itria, o pedacinho mais charmoso e singular da Puglia. Sem fazer grandes deslocamentos, eis as cidadezinhas esplêndidas que merecem ser vistas: Polignano a Mare, Monopoli, Ostuni, Cisternino, Locorotondo e Alberobello.

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Daria pra fazer isso em dois dias? No modo turista-maluco, sim. Mas pense que as refeições na Puglia merecem durar várias horas, que você vai querer dar um relax à beira do mar Adriático e que o jeitinho da Puglia não combina com pressa.

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Onde ficar: qualquer uma dessas cidadezinhas é boa base para esse rolê. Mas talvez a melhor pedida seja ficar em uma masseria (antiga fazenda) ou casa de campo entre uma coisa e outra, para mergulhar na vidinha rural pugliese. Na minha última viagem, fiquei na magnífica Masseria Spetterrata, perto de Cisternino. A Masseria Mozzone, onde aconteceu o casamento de um primo meu, também é divina.

Roteiro pelo Valle D’Itria: para quem tem pouco tempo (Google Maps/Reprodução)

Puglia em 7 dias

Ao roteiro anterior, acrescente três dias com base em Lecce (ou arredores). Além de ser linda de doer, a cidade também é estratégica porque fica bem no meio da Puglia, conectando as estradas mais decentes da região (onde o nível do asfalto está mais para Brasil do que para Europa). Tire um dia para conhecer Lecce com calma. Reserve o segundo para ir até Otranto, na costa do Adriático e, depois, ver onde este mar encontra o seu vizinho Jônico, na simpática Leuca. Na terceira jornada, siga rumo a Galipoli. De lá, você pode embalar nas praias mais bonitas do Salento. Ao norte estão Punta Prosciutto e Torre Colimena. Ao sul, as melhores pedidas são a Punta della Suina e as areias intermináveis de Pescoluse, conhecidas como Maldivas do Salento, Papeete Salentino e outros nomes que fazem jus ao mar morno e cristalino.

Onde ficar: Lecce tem hotéis de todo tipo, incluindo algumas opções boutique bem bacanas, como o La Fiermotina. Já na costa do Jônico, o esquema é mais roots. Nas duas vezes em que estive por ali, preferi alugar uma casinha pelo AirBnb.

Passeios para fazer a partir de Lecce (Google Maps/Reprodução)
Punta Prosciutto, no mar Jônico, uma das praias divinas na península do Salento (Adriana Setti/Arquivo pessoal)

Puglia em 10 dias

Você pode aproveitar esses dias extras para explorar as praias da península do Salento com mais calma (além das já citadas, vale muito ver o parque natural de Porto Selvaggio, por exemplo). Ou então, acrescentar o Parque Nacional do Gargano ao roteiro. A parte menos explorada pelo turismo da Puglia, e também a mais verde, tem encostas impressionantes de pedra calcária branquíssima, lindas cavernas para conhecer de barco e praias virgens. É um prato cheio para quem adora caminhadas, sossego e natureza.

Onde ficar: há várias cidadezinhas minúsculas e fofas no Gargano onde há hotéis e B&B’s. Também rolam várias opções de hotéis rurais como o La Chiusa Delle More.

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Parque Natural do Gargano: para quem curte sossego e natureza (Google Maps/Reprodução)

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