Imagem Blog Achados Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas
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Onde ficar em Bangcoc, na região da famosa Khao San Road

Por Adriana Setti
Atualizado em 27 fev 2017, 15h44 - Publicado em 26 fev 2013, 18h13

Khao San Road, porta do céu ou passaporte ao inferno

Abominada e amada nas mesmas proporções, a Khao San Road é uma espécie de gueto mochileiro em Bangcoc, onde ocidentais suados se refugiam das garras da louca metrópole. Ali, em meio a um emaranhado desvairado de neons e bares que desafiam os limites do sistema auditivo, há de tudo: de hotéis baratos a escorpiões fritos, passando por prostitut@s de gêneros indecifráveis.

Nessa espécie de limbo, no que se refere a acomodação, tanto é possível encontrar a porta do céu numa pousadinha charmosa, como um atalho ao inferno, sufocado dentro de um quarto sem janela no subterrâneo de um prostíbulo. Para o bem da sua saúde mental e física, convém adotar algumas medidas:

– A menos que você tenha pouca idade e nenhuma intenção de dormir, não cometa a insânia de hospedar-se na própria Khao San. Anote este nome: Soi Rambuttri. Esta ruazinha paralela é uma irmã bem mais low profile e sofisticadinha, na qual você pode eventualmente almejar o sossego.

– Uma vez na Rambuttri, invista no lado que abriga um templo (as duas metades da rua são separadas por uma avenida movimentada). O outro lado pode parecer pacato durante o dia, mas à noite é quase tão barulhento quanto a Khao San.

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– Não chegue sem reserva à noite. Por mais que os hotéis sejam inúmeros e a rotatividade seja altíssima, os bons sempre lotam ao longo do dia. Grupos de mochileiros rodando de madrugada com ar de desamparo são de partir o coração.

– A melhor estratégia, caso você escolha por internet algum lugar sobre o qual não tem referências, é reservar por apenas uma noite. Isso porque fechar negócio sem ver o quarto (e sentir o seu cheiro) é um negócio altamente arriscado na região da Khao San. De manhã, quando os hotéis esvaziam, você pode tanto decidir se fica como procurar algo melhor.

– Nessa minha última passagem pela cidade, reservei uma noite no Sleep With Inn (sleepwithinn.com) indicação da nossa saudosa Rachel Verano, para garantir uma cama na chegada (depois da meia noite). Quando ela esteve por lá, o bar com música ao vivo (bombando) ao lado ainda não existia. Por causa do barulho-novidade, que pode incomodar em alguns quartos, já não acho o lugar ideal, apesar de bonitinho e acessível (meio carinho para os padrões da região, mas baratíssimo para os padrões universais). De qualquer forma, pode ser uma alternativa caso não haja vagas no hotel que indico a seguir.

– O maior achado da Rambuttri, sem sombra de dúvidas, é o Rambuttri Village Inn & Plaza (khaosan-hotels.com), que tem quartos ótimos por cerca de US$ 25 e fica numa parte sossegada da rua. Aqui você pode (e deve, porque o lugar é ultra disputado) reservar sem medo. Indicaria até para a minha própria mãe. Assim como o Sleep With Inn, ele tem uma piscina na cobertura.

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– Para orçamentos (ainda) mais apertados, recomendo o lugar onde acabei ficando: O’Bangkok (https://www.facebook.com/O.bangkokGuesthouse), uma guesthouse na parte mais silenciosa da Rambuttri. Um quarto grande, com um janelão enorme, ar condicionado e chuveiro de água quente saiu por US$ 18 para duas pessoas. Mas atente para duas ressalvas: o lugar é extremamente simples e zero charmoso. E, sobretudo, recomendaria os quartos com janelas voltadas para a Rambuttri (há quartos sem janela).

– Também achei razoável o Mango Lagoon (https://www.mangolagoonplace.com), um hotel cujos quartos têm ares de bordel francês antigo, decadence avec elegance, voltados para um jardim. O preço era algo entre O’Bangcoc e o Rambuttri Inn, sempre lembrando que vale sempre pechinchar.

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