Lavaux: uma das regiões produtoras de vinhos mais bonitas do mundo
Coladinha em Montreux, Lavaux integra o seleto time das regiões produtoras de vinho tombadas como patrimônio universal pela UNESCO
Com seus magníficos edifícios Belle Époque diante do azulíssimo Lago de Genebra (ou Lac Léman), Montreux já se bastaria para justificar qualquer viagem à Riviera Suíça, na parte francófona do país. Mas, coladinha na cidade, Lavaux integra o seleto time das regiões produtoras de vinho tombadas como patrimônio universal pela UNESCO (ao lado de Champagne ou Bordeux) – e já foi considerada a mais bonita do mundo pela revista Forbes.
A natureza ali é de arrasar: uma encosta vertiginosa que avança sobre as águas cristalinas do lago, com vistas para os Alpes. Mas boa parte do espetáculo é obra do ser humano, que há mais de mil anos desafia o relevo impossível para cultivar vinhas em mais de 10 mil terraços, seguindo a tradição dos monges Cistercienses. Hoje, esses vinhedos de história milenar são propriedade de umas 200 famílias, boa parte delas com várias gerações de tradição na produção do vinho.
Não tem um vinho de Lavaux na sua adega? Faz sentido. Como a produção é totalmente artesanal, praticamente não sobra para exportar: 95% fica na Suíça. Ou seja, aproveite seus Chasselas, Pinot Noir e Gamay durante a viagem, leve algumas garrafas pra casa e guarde na ala nobre da sua adega.
Os 20 e poucos minutos que separaram Montreux de Cully, minha base pra conhecer Lavaux, já são um passeio e tanto, com os vinhedos desfilando ao lado esquerdo do trem (na Suíça, lute por um lugar na janela, sempre!). Uma vez lá, o jeito mais preguiçoso de explorar a região é a bordo do Lavaux Express, um trenzinho a la Disney que ziguezagueia entre os vinhedos e faz um pit-stop num mirante de enfartar, onde há uma lojinha de vinhos. Minúsculas e quase sempre rústicas, as vinícolas da região também costumam receber visitantes para degustações e venda direta. Além de Cully, vale conhecer os outros vilarejos fofos da região, como Saint-Saphorin e Epesses.
No verão, os gramados de Cully se transformam na praia que a Suíça não tem, com centenas louros e louras dourando ao sol, fazendo piquenique e sendo felizes. Nadar no lago também é uma delícia e há vários lugares de aluguel de SUP, caiaque e afins. Se você tem algum passe de transporte (provavelmente terá, porque ao se hospedar nos hotéis da região, receberá o Riviera Card), aproveite para ir de Montreux a Cully de barco, parando em outros vilarejos, com 50% de desconto no preço.