Imagem Blog Achados Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas
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Lavaux: uma das regiões produtoras de vinhos mais bonitas do mundo

Coladinha em Montreux, Lavaux integra o seleto time das regiões produtoras de vinho tombadas como patrimônio universal pela UNESCO

Por Adriana Setti
Atualizado em 20 Maio 2022, 13h20 - Publicado em 30 set 2021, 04h06
De bike pelas estradinhas de Lavaux.
De bike pelas estradinhas de Lavaux. (Turismo da Suíça/Divulgação)
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Os terraços milenares tombados pela UNESCO.
Os terraços milenares tombados pela UNESCO. (Turismo da Suíça/Divulgação)

Com seus magníficos edifícios Belle Époque diante do azulíssimo Lago de Genebra (ou Lac Léman), Montreux já se bastaria para justificar qualquer viagem à Riviera Suíça, na parte francófona do país. Mas, coladinha na cidade, Lavaux integra o seleto time das regiões produtoras de vinho tombadas como patrimônio universal pela UNESCO (ao lado de Champagne ou Bordeux) – e  já foi considerada a mais bonita do mundo pela revista Forbes.

A natureza ali é de arrasar: uma encosta vertiginosa que avança sobre as águas cristalinas do lago, com vistas para os Alpes. Mas boa parte do espetáculo é obra do ser humano, que há mais de mil anos desafia o relevo impossível para cultivar vinhas em mais de 10 mil terraços, seguindo a tradição dos monges Cistercienses. Hoje, esses vinhedos de história milenar são propriedade de umas 200 famílias, boa parte delas com várias gerações de tradição na produção do vinho.

A vista surreal do trenzinho Lavaux Express
A vista surreal do trenzinho Lavaux Express (Adriana Setti/Arquivo pessoal)
Switzerland Summer
O relevo impossível de Lavaux, o Lago de Genebra e os Alpes. (Turismo da Suíça/Divulgação)
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Pit stop para comprar vinho.
Pit stop para comprar vinho. (Adriana Setti/Arquivo pessoal)

Não tem um vinho de Lavaux na sua adega? Faz sentido. Como a produção é totalmente artesanal, praticamente não sobra para exportar: 95% fica na Suíça. Ou seja, aproveite seus Chasselas, Pinot Noir e Gamay durante a viagem, leve algumas garrafas pra casa e guarde na ala nobre da sua adega.

Os 20 e poucos minutos que separaram Montreux de Cully, minha base pra conhecer Lavaux, já são um passeio e tanto, com os vinhedos desfilando ao lado esquerdo do trem (na Suíça, lute por um lugar na janela, sempre!). Uma vez lá, o jeito mais preguiçoso de explorar a região é a bordo do Lavaux Express, um trenzinho a la Disney que ziguezagueia entre os vinhedos e faz um pit-stop num mirante de enfartar, onde há uma lojinha de vinhos. Minúsculas e quase sempre rústicas, as vinícolas da região também costumam receber visitantes para degustações e venda direta. Além de Cully, vale conhecer os outros vilarejos fofos da região, como Saint-Saphorin e Epesses.

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Verão em Cully: louros ao sol.
Verão em Cully: louros ao sol. (Adriana Setti/Arquivo pessoal)
De boa na lagoa em Cully
De boa na lagoa em Cully (Adriana Setti/Arquivo pessoal)
Existe amor em Cully.
Existe amor em Cully. (Adriana Setti/Arquivo pessoal)
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No verão, os gramados de Cully se transformam na praia que a Suíça não tem, com centenas louros e louras dourando ao sol, fazendo piquenique e sendo felizes. Nadar no lago também é uma delícia e há vários lugares de aluguel de SUP, caiaque e afins. Se você tem algum passe de transporte (provavelmente terá, porque ao se hospedar nos hotéis da região, receberá o Riviera Card), aproveite para ir de Montreux a Cully de barco, parando em outros vilarejos, com 50% de desconto no preço.

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