Israel está concentrado em uma área desértica do tamanho de Sergipe, o que torna possível percorrer o país de norte a sul em apenas 14 dias - e a melhor estratégia para isso é alugar um carro.
A carteira de habilitação brasileira é aceita e a condução na estrada é do lado direito. As placas sempre têm tradução para o inglês e os carros alugados já vêm com o multimídia conectado ao Waze.
A tolerância é zero para quem dirige embriagado. Atente-se para não entrar com carro de placa israelense nos territórios da Cisjordânia, onde o seguro dos carros alugados não tem cobertura.
Ao caminhar pelo Tayelet, o calçadão que segue por seis quilômetros à beira do Mar Mediterrâneo, a cidade que é ponto de partida da viagem lembra muito mais Miami do que o Oriente Médio, com pessoas correndo, malhando e pedalando.
Ao lado do porto, a parte mais antiga da cidade se chama Jaffa Old City e abriga o mercado de antiguidades Flea Market, além de ateliês, lojas e restaurantes instalados em casas de pedra.
Outro bairro histórico é Neve Tzedek, que, depois de passar por uma repaginada, tornou-se o bairro hipster da cidade com cafeterias, galerias e lojas enfileiradas principalmente na Shabazi Street.
A Boulevard Rothschild, onde sedes de empresas de tecnologia se mesclam com prédios em estilo Bauhaus, fica entre dois mercados de rua de Tel Aviv: Carmel Market, mais raiz, e Sarona Market, mais moderninho.
O, Shabat, dia sagrado de descanso dos judeus também afeta o ritmo de Tel Aviv. Ao anoitecer da sexta-feira, o comércio fecha e o transporte público não funciona. Em compensação, o domingo já é considerado dia útil.
O caminho até a cidade é pela Highway 2. A sugestão é retirar o carro alugado bem cedo e chegar ainda pela manhã ao sítio arqueológico, que preserva as ruínas de um anfiteatro, um hipódromo e um palácio.
A cidade é um importante centro de peregrinação cristã, pois a sua Basílica da Anunciação marca o lugar onde o Anjo Gabriel anunciou a gravidez de Maria. Já a Igreja de São José fica na gruta onde viveu a Sagrada Família.
A cidade mais alta de Israel é o berço da Cabala, vertente mística do judaísmo. Os principais pontos de interesse são o Cemitério de Sefat, o Monte Meron, e as sinagogas Ari Ashkenazi e Sepharadic.
É um lago de água doce onde aconteceram boa parte das pregações e milagres do Novo Testamento. A base para explorar a região é Tiberíades, de onde saem passeios em barcos que imitam os daquela época.
Grupos cristãos costumam batizar em Yardenit, próximo a Tiberíades. Mas o lugar exato onde acredita-se que Jesus foi batizado por João Batista está 125 km mais ao sul, em Qasr al-Yahud, quase no Mar Morto.
É o lugar mais baixo do mundo e tem grande concentração de sal - o que permite que os visitantes bóiem sem dificuldade. Ein Bokek é o principal balneário da área, onde há vários hotéis e boa estrutura.
Boa parte das atrações está na Cidade Velha. Atravesse o Portão de Jaffa e dê de cara com a Torre de David, fortaleza que foi destruída e reconstruída sucessivamente, e o mercado árabe da David Street.
De costas para a Torre de David está o local mais sagrado da cristandade: a Igreja do Santo Sepulcro, que marca o final da Via Dolorosa, onde Jesus foi crucificado, sepultado e ressuscitou.
A Via Dolorosa está perto do maior e mais característico dos quatro bairros da Cidade Velha, o muçulmano. Caminhe pelas ruas até o Portão de Damasco, cercado por mercados vendendo artigos e comidas árabes.
A Esplanada das Mesquita tem um clima tenso pois fica no Monte do Templo, adorado por muçulmanos e judeus. Todos podem visitá-lo, mas só islamitas entram no Domo da Rocha e na Mesquita de Al-Aqsa.
Já no bairro judeu, o Muro das Lamentações é o mais sagrado local de oração dos judeus em todo o mundo. A parede é dividida em dois pedaços, para mulheres e homens - estes devem vestir um quipá antes de se aproximar da parede.
Nos arredores do Portão de Zion está a Basílica da Assunção, onde Maria ascendeu aos céus, o Túmulo do Rei David, que hoje é uma sinagoga, e o Cenáculo, a sala onde se celebrou a Última Ceia.
A principal atração da cidade é a Basílica da Natividade, que marca o local do nascimento de Jesus. Outro ponto é a Capela da Gruta do Leite de Nossa Senhora, onde a Sagrada Família se refugiou.