Jamaica

Por Adrian Medeiros Atualizado em 8 dez 2016, 10h58 - Publicado em 19 out 2011, 18h14

Se existe um país onde estereótipos dão bem o tom da realidade, este lugar é a Jamaica. Reggae, rasta, hemp e o famoso jargão “no problem” estão presentes no dia-a-dia dos jamaicanos (e de muitos turistas também). A língua oficial é o inglês (apesar de ser quase incompreensível, mesmo para quem é fluente no idioma), e sua moeda, o dólar jamaicano, é muito desvalorizado se comparado ao dólar americano, portanto, para o turista que pretende fazer compras, a Jamaica é um ótimo lugar. O Coronation Market, em Kingston, a mãe de todos os mercados confusos do planeta, é o lugar perfeito para adquirir alguns suvenires da cultura local. Kingston não é nem bela, muito menos segura, então boa parte dos turistas só a conhece pela janela do avião. Para aqueles que se aventurarem por ela, as opções vão desde praças e monumentos históricos a algumas praias, como a ilhota de Lime Cay, a 15 minutos de barco da capital. Não deixe de visitar o museu do cantor de reggae Bob Marley, que foi feito dentro do estúdio do artista, maior ídolo do país.

Em Montego Bay, ou MoBay, ao norte da ilha, reserve um tempo para conhecer a Cockpit Country. O lugar é tão incrível que abriga cachoeiras, cavernas e um grande bosque de pedras enriquecido pela fauna e flora nativas. Aqui ficam alguns dos maiores e melhores resorts all-inclusive do país, além de um movimentado porto que recebe cruzeiros que passam por outras ilhas do Caribe. Já em Negril, a música contagia os turistas, que começam a entrar no ritmo sem ao menos perceber. A cidade é alegre e suas praias, encantadoras. De Bloody Bay, de areais brancas e águas transparentes, a Cousin´s Cove, o visitante terá uma experiência muito agradável e divertida.

Outra atração imperdível é a cidade de Ocho Rios e suas belas riquezas naturais. A Baía do Descobrimento, as cachoeiras do Rio Dunn e a Dolphin Cove são as grandes atrações locais.  Para os amantes do reggae, vale a pena reservar um tempo e ir até Nine Miles, local onde Bob Marley nasceu e que está a apenas duas horas de Ocho Rios.

COMO CHEGAR

Não há voos diretos do Brasil para a Jamaica. É preciso fazer conexões nos Estados Unidos, pela American Airlines, ou no Panamá, pela Copa Airlines, para chegar em Kingston. Os aeroportos do país são confusos, burocráticos e parece que todos os funcionários são meio desatentos. No problem, não se estresse.

A Air Jamaica (caribbean-airlines.com) possui conexões com Nassau (Bahamas) e Miami e Orlando (Estados Unidos) para destinos como Montego Bay e Kingston.

COMO CIRCULAR

Muitos turistas que chegam à Jamaica não circulam com transporte público. A questão básica é que o sistema não é dos melhores e, em muitos casos, não é muito recomendado por questões de segurança. Se você é um mochileiro tranquilo, vá nessa. Se for um viajante que está preocupado com horários e sua câmara fotográfica cara, prefira pegar um táxi ou entre em uma excursão.

ONDE FICAR

A Jamaica possui muitos bons resorts, hotéis e até albergues bastante simpáticos. Alguns dos grandes estabelecimentos (com hordas de americanos) são excessivamente pasteurizados (coquetéis aguados, quartos sem personalidade, piscinas grandonas). Assim, se não fosse pelo reggae que nunca para de tocar, você não saberia dizer se está em Montego Bay, Cancún ou Bahia.

Dependo de seu destino, não há muito alternativo à isso. Se quiser fugir um pouco dessa atmosfera de veraneio em balneário americano, prefira locais um pouco mais afastados, como Negril e Ocho Rios.

ONDE COMER

Se conseguir escapar da comida dos resorts (que pode ser ou muito boa ou bem insossa) irá se surpreender com a interessante comida creole jamaicana. Os onipresentes churrascos de carne, porco e frango conhecidos como jerk beef e jerk chicken, marinados em um molho agridoce um tanto apimentado e assados a baixa em temperatura com uma madeira especial, são deliciosos. Normalmente vem acompanhados com pratos de arroz soltinho e feijão. Com uma cerveja Red Stripes, então, fica perfeito.

Outro ingrediente que impera na ilha são ótimos pescados, sempre muito frescos. Assados na brasa, fritos ou cozidos, com preparações que cruzam influências francesas, africanas e inglesas, são difíceis de decepcionar. Completam o cardápio nacional os meat patties (pastéis de carne encontrada em todos os cantos) e o bammy, tortas de mandioca consumidos pelo índios Taino, os habitantes originais do arquipélago.

Bares são muito animados e lhe oferecerão aspectos bem distintos do país. Os bares em marinas e hotéis mais chiques possuem ambientes com muito couro e madeira, motivos navais e cozinha inspirada em pubs britânicos, com cardápios repletos de tortas e iscas de carne. As casas mais informais atacam com muita música local, cerveja e bebidas a base de rum, o destilado local feito a partir de cana-de-açúcar (da garapa ou do melaço). Dentre os coquetéis clássicos estão clássicos como daiquiri, mojito, mai thai, cuba libre e piña colada. Ótimo oportunidade para conhecer um pouco a vida local.

COMPRAS

Quem gosta de bebida alcoólica não deve deixar de pesquisar por bons rótulos locais de rum. Dentre os mais conhecidos estão marcas como Appleton, Myers’s e Wray and Nephew, encontrados tanto em supermercados comuns como na loja tax-free do aeroporto. Se quiser bater o reggaeman que existe em você — encarnando Peter Tosh, Jimmy Cliff ou Bob Marley — há toda uma parafernália em amarelo, vermelho e verde, de gorrinhos a camisetas, de perucas com dreadlocks a cangas para saída de praia.

Informações ao viajante

Línguas: Inglês

Moeda: Dólar jamaicano

Visto: Não é necessário

Embaixada oficial no Brasil:
Av. Rio Branco, 99, Centro – Rio de Janeiro/RJ
55 (21) 2122-8464


https://www.consuladodajamaica.com.br

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