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Holanda

Por Adrian Medeiros
Atualizado em 8 dez 2016, 10h42 - Publicado em 17 set 2011, 17h41

A Holanda é uma terra de dois cenários distintos, ambos igualmente atraentes e que já fazem parte do imaginário de quem se prepara para conhecer o país. A capital, Amsterdã, é o símbolo do pensamento progressista, da tolerância. Representa uma visão pragmática de um povo que no passado conquistou territórios em grandes navegações, deixando marcas importantes inclusive no nordeste do Brasil. A partir de Amsterdã, é possível fazer passeios de um dia para um mundo idílico, pastoril. Na programação, não deixe de incluir uma visita ao conjunto de moinhos Kinderdijk, ao parque de tulipas (e milhares de outras flores) de Keukenhof – se for na primavera – e a Delft, terra das famosas porcelanas e do pintor Jan Vermeer. Um dos melhores acervos de arte do país está em Haia, sede do governo. A Mauritshuis, ou Casa de Maurício de Nassau, guarda obras de Rembrandt e Frans Hals, entre outros mestres. Aliás, se quiser ver o melhor da produção deste último, vá até Haarlem e visite o fantástico museu que leva seu nome. Por falar em arte, imperdíveis são o Rijksmuseum e o museu Van Gogh, dois dos melhores do mundo e o que é melhor, são quase vizinhos no belo Museumplein de Amsterdã. E aproveite o tempo que permanecer na cosmopolita Amsterdã para serpentear pelos canais – a cidade é construída sobre uma barragem, com elaborado sistema de diques e represas –, se embriagar bela beleza da arquitetura e provar delícias como stroopwaffle, um biscoito recheado com uma rica camada de caramelo, e o queijo gouda maturado.

SUGESTÃO DE ROTEIRO

A maioria das pessoas que viaja à Europa acaba passando em uma primeira ou segunda oportunidade pela Holanda. E quando dizemos Holanda, normalmente ficam duas ou três noites em Amsterdã. Este é realmente um período aceitável para passar pelos museus, parques e passeios da capital, mas não deixe de explorar outras regiões do país. Acrescente dois dias para conhecer cidades próximas à capital, como Haarlem, a turística Volendam (com casinhas típicas), Leiden (terra natal de Rembrandt) ou Lisse (onde está o parque de flores De Keukenhof); um dia para dividir entre Haia e Delft e outro para ver os moinhos de Kinderdijk e jantar em Roterdã. Com mais tempo, dedique seu tempo à Utrecht e ao leste do país, em cidades históricas como Arnhem e Oosterbeek.

EXPERIÊNCIAS IMPERDÍVEIS

– Conhecer os museus Rijksmuseum, Van Gogh e Mauritshuis (em Haia);

– Visitar um campo de tulipas em Rijnland, a vasta planície entre Roterdã e Amsterdã;

– Visitar um autêntico moinho de vento. Os melhores estão em Kinderdijk;

– Fazer um citytour multimodal em Amsterdã, misturando bicicleta, barco e caminhadas pelos canais e pontes da cidade;

– Não perder a dupla queijos gouda e cerveja holandesa.

COMO CHEGAR

Do Brasil há voos diretos para a Europa a partir de São Paulo, Campinas, Rio de Janeiro e Recife. A KLM possui os voos mais curtos (11h40) e quase sempre mais baratos. O desembarque é feito no aeroporto de Schiphol, distante 20 quilômetros do Centro de Amsterdã. Se estiver circulando pela Europa, todos as principais companhias aéreas do continente voam com destino à Amsterdã, incluindo as de baixo custo

A partir da capital, trens operados pelo serviço nacional de trens (www.ns.nl) conectam o país com o resto da Europa. Dentre os destinos mais concorridos estão Paris (3h15 no serviço Thalys, a partir de 35 euros), Bruxelas (2h), Londres (4h40) e Berlim (6h10).

Ferry-boats saem de destinos no Reino Unido rumo à Holanda. Companhias tradicionais como a P&O (www.poferries.com) saem de Hull rumo a Zeebrugge, Bélgica, e o porto de Roterdã, na Holanda. Já a Stena Line (www.stenaline.co.uk) sai de Harwich, também com destino a Roterdã.

COMO CIRCULAR

O meio mais conveniente e barato de transporte dentro da Holanda são os trens da NS. As estações ferroviárias são centralmente localizadas, possuem boa infraestrutura e estao presentes em boa parte dos principais destinos turísticos e comerciais, como Roterdã, Amsterdã, Haia, Leiden, Arnhem, Utrecht, Haarlem e Leiden. Combinados com a rede de ônibus Connexxion (www.connexxion.nl), que liga as estações a cidades, vilas e subúrbios, você chega a boa parte do país.

Alternativamente, o uso de bicicleta é muito recomendável. A Holanda é um país para bikers, há centenas de quilômetros de ciclovias, há muita segurança e respeito e faixas que chegam a lugares que o transporte público não vai. Da mesma forma, alugar carro é possível, mas não muito conveniente, principalmente se você estiver em grandes cidades como Amsterdã e Roterdã, onde o trânsito é complicado e os estacionamentos escassos.

GASTRONOMIA HOLANDESA

Bom, sejamos sinceros, ninguém vem à Holanda para ter jantares memoráveis. Sim, queijos como os nativos Edam e Gouda são maravilhosos, os biscoitos recheados stroopwaffle são divinos e o arenque e enguia defumados possuem fãs em toda a Europa. Isso sem se esquecer das ótimas cervejas locais que fazem a festa dos turistas. Mas o que fica na lembrança são muitas batatas e os onipresentes broodjes, os sanduíches que eles tanto amam na hora do almoço. Melhor opção então são os muitos restaurantes étnicos no país. Em uma pequena rua de Noordwijk aan Zee, no litoral, você encontrará, lado a lado, endereços especializados em comida mexicana, chinesa, japonesa, tailandesa, grega, grelhados, cozinha internacional, francesa e, entre uma e outra, sorveterias, bares no estilo pub e cafés.

Você frequentemente verá aqui e ali placas schoarma em letras chamativas, que nada mais é que o nosso velho conhecido churrasquinho grego. Outra boa pedida são casas indonésias, abertas por imigrantes vindo desta antiga colônia dos Países Baixos. E o pedido sem erros é o rijsttafel, a mesa de arroz, comidinhas variadas, com um pouquinho de tudo, de vegetais fritos a carnes grelhadas.

ONDE FICAR

Como bom destino turístico, a Holanda possui hotéis, pousadas e albergues para todos os gostos e orçamentos. Grandes redes como Accor, Tulip e Holiday Inn estão aqui, o que facilita se você tiver alguma dúvida. Também muito conveniente e barato é considerar uma cama em estabelecimentos centrais, mais baratos e simples, alguns nem sequer possuindo banheiros privativos e elevadores, mas com localizações imbatíveis. A grande maioria é bastante segura, aceita pagamento com cartão de crédito, mas nem sempre incluem o café da manhã nas diárias.

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