Camboja

Por Adrian Medeiros Atualizado em 8 dez 2016, 09h59 - Publicado em 9 dez 2011, 15h07

O Camboja foi ao inferno e voltou. De 1969 a 1975, sofreu intensos bombardeios dos EUA na tentativa de dizimar os guerrilheiros do Vietcong infiltrados na região da fronteira. O cenário serviu para o fortalecimento do movimento revolucionário comunista Khmer Vermelho que, liderado por Pol Pot, derrubou o governo em 1975, evacuou as cidades e criou uma economia agrária baseada na coletivização da produção. Na prática, tratou-se de uma das maiores carnificinas já vistas, com estimados dois milhões de mortos de uma população de quatro milhões de pessoas.

Esse cenário, felizmente, está enterrado. Reino de contrastes sociais visíveis e de pobreza extrema, o Camboja se abriu recentemente ao turismo e passou a figurar no roteiro dos viajantes no sudeste asiático, com a oferta de paisagens naturais estonteantes, ruínas milenares e um povo que não economiza nos sorrisos e nos bons tratos aos estrangeiros. A jóia da coroa são as ruínas de Angkor Wat. Localizados nas imediações da cidade de Siem Reap, os mais de 30 templos que formam o complexo já abrigaram o maior império do sudeste asiático, o Khmer, que se estendia da Tailândia ao Vietnã. Hoje, recebem milhares de turistas que garantem boa parte da fonte de renda desse pequeno reinado.

COMO CHEGAR

Não há voos diretos entre Brasil e o Camboja. Prepare-se então para fazer uma longa viagem com pelo menos duas escalas até chegar ao Aeroporto Internacional de Phnom Penh. As rotas são diversas e invariavelmente são cobertas em dois trechos longos e um mais curto, partindo de cidades da região, como Bangcoc e Cingapura.

SUGESTÃO DE ITINERÁRIO

Ninguém vem de tão longe somente para visitar o Camboja. Quase todos os visitantes que aportam em algum aeroporto do Sudeste Asiático acaba combinando uma visita a diversos outros países, como Tailândia, Laos e Vietnã. Nestes casos, reserve ao menos três dias para explorar Siem Reap e arredores, visitando os templos de Angcor Vat, Ta Prohm, Banteay Srei e Banteay Kdei. Não é o ideal, mas conhecendo bem o entorno você terá um bom panorama da cultura khmer e o melhor do país.

Leia mais

Os 10 templos mais incríveis de Angkor, no Camboja

Informações ao viajante

Línguas: Khmer. A língua europeia mais comum é o francês

Moeda: Riel

Visto: É necessário, mas os vistos são emitidos em postos fronteiriços e alguns aeroportos

Publicidade