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Tulum: guia das praias, cenotes, ruínas, hotéis, restaurantes

Para além do rústico-chique, da yoga, dos influencers e dos beach clubs, o brilho de Tulum ainda reside nas ruínas maias, no azul do mar e nos cenotes

Por Bárbara Ligero
Atualizado em 1 out 2024, 13h14 - Publicado em 2 nov 2023, 18h43

A poeira por todos os lados não deixa dúvidas: Tulum é uma cidade em obras. Os anúncios de empreendimentos vão se intercalando com construções em andamento por toda Aldea Zamá, bairro que fica na metade do caminho entre o centro urbano (chamado de Tulum Pueblo) e a linha da praia (chamado de Tulum Playa ou Zona Hotelera). 

Esse crescimento em direção à Tulum Pueblo é a única opção, visto que Tulum Playa já está quase toda tomada pelos hotéis, restaurantes e beach clubs que pipocaram nos últimos dez anos. Quando esteve por lá em 2012, a minha vizinha do blog Achados, a Dri Setti, encontrou um vilarejo sem energia elétrica, com índice demográfico baixíssimo na alta temporada e uma vida noturna que ainda engatinhava.

O post terminava em tom de profecia: “Sempre lembrando que o que é bom dura pouco.” E durou mesmo. Uma década depois, o mar continua como ela encontrou, escandalosamente azul. Mas agora a faixa de areia pode vir acompanhada de uma franja de sargaço trazido do alto mar sem aviso prévio. De resto, o lugar definitivamente mudou muito e nada lembra aquele sonífero vilarejo.

Tulum caiu no gosto dos influencers e se tornou provavelmente o destino mexicano mais instagramado do momento. Mas não deixe isso definir a sua percepção sobre o lugar. Mesmo com a transformação não tão repentina de um esconderijo hippie para um badalado reduto rústico-chique, Tulum ainda chama atenção pelo que mais importa: o conjunto histórico e natural. O sítio arqueológico à beira-mar e a incrível coleção de cenotes escondidos floresta adentro tornam o destino uma parada indispensável no sul da Riviera Maia.

5 PROGRAMAS IMPERDÍVEIS EM TULUM

– Bate e volta para Chichén Itzá (Tulum é a melhor base para visitar)
– Snorkel no Cenote Dos Ojos
– Visual do Cenote Ik-Kil
– Ruínas à beira-mar do Sítio Arqueológico de Tulum
– Sossego da Laguna de Kaan Luum

COMO CHEGAR E COMO CIRCULAR POR TULUM

Tulum fica 130 km ao sul de Cancún, onde está o principal aeroporto internacional da região. Dos terminais 2, 3 e 4 do aeroporto partem ônibus da empresa ADO, que fazem o trajeto até o centro de Tulum em cerca de três horas. 

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Mas o mais comum é já sair do aeroporto com um carro alugado, que garante autonomia na hora de fazer os passeios. Principalmente porque os aplicativos de corrida como Uber não funcionam em Tulum – e os taxistas aproveitam para cobrar caro pelas corridas.

O lado não tão bom de estar motorizada é que encontrar um lugar para estacionar em Tulum Playa exige paciência. Por isso, as bicicletas são o transporte número um para circular pela cidade, praticamente toda plana. Muitos hotéis disponibilizam bikes, mas também é possível alugá-las através de empresas como a Ola Bike. Outra opção são as scooters, como as da Scooter Tulum Services.

Tulum, México
As scooters, junto com as bikes, são os modais de transporte quase oficiais de Tulum (Bárbara Ligero/Arquivo pessoal)

O QUE FAZER EM TULUM

Tulum Playa 

Não é nenhuma novidade um vilarejo pitoresco e desconectado do mundo se tornar um destino hypado: aconteceu com Jericoacoara e Trancoso, por exemplo. Mas em Tulum as redes sociais adicionaram uma camada extra à essa dinâmica. É rotineiro ver turistas, principalmente beldades em vestidos esvoaçantes, peregrinaram por Tulum Playa com o objetivo de serem fotografadas. 

São três as paradas principais. A primeira é uma placa escrito “Follow That Dream”, frase que se tornou uma espécie de lema de Tulum. O letreiro fica na calçada em frente à loja de roupas de praia Lolita Lolita

Tulum, México
Follow that dream: a placa que gera filas para tirar foto (Alex Azabache/Unsplash)
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A segunda, e talvez mais famosa, é a fantástica escultura “Ven a La Luz” do artista sul-africano Daniel Popper. Feita de madeira, a obra representa uma figura humana que parece estar abrindo o próprio peito, revelando um interior revestido de plantas. Originalmente, ela ficava voltada para a rua, à vista de todos, porque servia como portão de entrada do hotel Ahau

Mas o frenesi foi tamanho que moveram a escultura para dentro da propriedade: agora há uma fila organizada e uma taxa de 80 pesos mexicanos (cerca de R$ 22) para tirar uma foto. Eu só espiei, de fato merece toda a fama que tem, mas se tem uma coisa que não me faz a cabeça é entrar em fila para tirar foto.

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A terceira é o Sfer Ik Museion, um espaço do hotel Azulik que foi projetado pelo argentino Jorge Eduardo Neira Sterkel (mais conhecido como Roth) e construído por artesãos usando técnicas de construções maias. Tudo ali dentro é curvilíneo – não há nenhum ângulo de 90º ou linha reta – e há uma porção de plantas recortando caminhos feitos de troncos e paredes brancas de concreto.

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A proposta arquitetônica me atraiu de primeira e fui para lá decidida a entrar. Mas ao chegar a minha vez na fila, fui dissuadida pelo próprio atendente. Cansado de ouvir reclamações, ele avisava a cada um de antemão que o espaço era bem pequeno, que a visita costumava levar menos de quinze minutos e que o ingresso custava 400 pesos mexicanos (cerca de R$ 112). 

Ainda na dúvida, pedi para dar uma espiada no ambiente. Desisti de vez ao ver a quantidade de pessoas lá dentro se demorando em poses para fotos, que tornariam difícil simplesmente andar pelo espaço, realmente diminuto. Nas reviews que encontrei as opiniões se dividem: há quem defenda que a visita não vale a pena e quem diga que o lugar é simplesmente imperdível. 

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Praias e beach clubs

Outro programa em Tulum Playa é, obviamente, a praia em si. A areia branquinha é pontilhada por coqueiros e o mar possui uma bonita coloração azul-turquesa, ainda que seja bem mais agitado que o de Cancún

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Só é difícil ver essa paisagem sem ter que colocar a mão no bolso. Foi com muito custo que encontrei uma passagem que dava acesso livre ao mar, já que a faixa de areia está quase toda tomada pelos hotéis e beach clubs, que bloqueiam qualquer visão com muros feitos de pedra ou madeira.

Ou seja, quem não estiver hospedado na beira da praia, o jeito é escolher um beach club. Os mais badalados e hypados são o Coco, o Mia, o Nomade, o RosaNegra, o Taboo e o Papaya Playa Project – este último promove “a” balada de Tulum. O Ziggy’s também é famoso e tem uma vibe mais descontraída.

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A maioria exige um consumo mínimo no bar ou restaurante que pode chegar a dois mil pesos mexicanos (cerca de R$ 544). O esquema lá dentro é mais ou menos sempre o mesmo. Durante o dia, o povo se espalha pelas day beds voltadas para o mar. Nos mais sofisticados, há também piscinas de borda infinita. Do pôr do sol em diante, a pista ferve ao som dos DJs. 

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Se esse esquema não faz a sua cabeça, uma alternativa é seguir rumo ao norte para Playa Paraiso, Playa Pescadores e Playa Santa Fé. Ali também existem beach clubs, mas eles geralmente cobram uma taxa separada do consumo para usar as espreguiçadeiras e são mais baratos. Além disso, nessas três praias ainda é fácil encontrar um lugar para só estender a sua canga, o que eu fiz feliz da vida.

Da Playa Santa Fé saem passeios de barcos que levam para fazer snorkel nos recifes de corais logo em frente e nadar ao lado de tartarugas-marinhas. O que eu não sabia era que os barqueiros atiravam iscas para atraí-las e muitas raias e peixes também acabaram aparecendo. Na sequência, vários outros barcos começaram a se aproximar. Eu tinha o sonho de nadar com tartarugas-marinhas em alto mar e posso dizer que foi muito emocionante. Os visitantes são instruídos a não tocar nos animais, regra que percebi ter sido bastante respeitada. Mas aí logo na sequência deu aquela quebra de expectativa por causa da muvuca de gente na água e por ver que algumas pessoas acabavam, mesmo sem querer, chutando as tartarugas. Uma limitação maior de barcos e a proibição de alimentar os animais cairiam bem. Outro ponto alto do passeio passeio foi passar em frente à Zona Arqueológica de Tulum, sobre a qual eu falo a seguir.  

Zona Arqueológica de Tulum

A Zona Arqueológica de Tulum (a entrada custa 90 pesos mexicanos) concentra as ruínas do que foi um dos principais portos da civilização maia entre os séculos 13 e 15. As construções são modestas quando comparadas com Chichén Itzá, por exemplo, mas deslumbram pela localização: elas ficam no alto de uma falésia à beira-mar, quase debruçadas sobre as águas azul-turquesa que se estendem até onde a vista alcança. 

Tulum, México
No dia da minha visita, o mar de Tulum estava tomado pelo sargaço, mas nem isso foi capaz de apagar a beleza do visual (Bárbara Ligero/Viagem e Turismo)

Dentre os edifícios, que costumavam ter decorações em vermelho, amarelo, azul e outras cores vibrantes, quatro chamam mais atenção.

O Templo do Deus do Vento é bastante fotografado pelo seu bom estado de conservação e por estar em uma pontinha isolada do complexo. Acredita-se que o seu telhado possuía uma abertura que “assobiava” quando um furacão se aproximava da região. 

O Templo do Deus Descendente se destaca pela escultura em relevo, logo acima da porta, que representa uma divindade de ponta-cabeça. Curiosidade: no equinócio da primavera, o sol se alinha perfeitamente à construção. 

O Templo das Pinturas era um observatório astronômico, usado para rastrear a movimentação do sol, e possui algumas das decorações mais elaboradas do complexo, que representam deuses maias, mas hoje já estão bastante desgastadas. 

O Castelo, por fim, é a estrutura mais alta, com 7,5m, e servia como um farol que conduzia os barcos até o cais. Logo abaixo dele há uma praia e, quando a maré está baixa, os visitantes costumam encerrar o passeio descendo até ela para um mergulho.

Tulum, México
As construções maias eram decoradas com imagens de divindades (Bárbara Ligero/Viagem e Turismo)

A visita não costuma durar mais do que um par de horas, mas pode ser bastante cansativa por causa do sol inclemente e a ausência total de sombra. Não custa dizer: use chapéu, protetor solar e tente chegar cedo para escapar tanto do calor quanto da multidão. Vale a pena ver as ruínas também de dentro do mar, em passeios de barco que saem da Playa Santa Fé, como mencionei acima.

Tulum, México
As ruínas arqueológicas vistas do bar, durante passeio de barco que sai da Playa Santa Fé (Bárbara Ligero/Viagem e Turismo)

 

Bate e volta para Chichén Itzá, Cobá e Muyil

Tulum é uma das melhores bases para fazer um passeio de bate e volta para Chichén Itzá, uma das mais importantes cidades maias: são 150 km de distância, contra 185 km de Playa del Carmen e 200 km de Cancún. No caminho entre Tulum e Chichén Itzá está a Zona Arqueológica de Cobá, que impressiona pela pirâmide de 42 metros de altura, a Nohoch Mul. A estrutura parece estar sendo engolida pela vegetação e é permitido subir pela sua íngreme escadaria. Outra opção é combinar Chichén Itzá com os cenotes Suytun e Ik-Kil (veja abaixo). Nos arredores de Tulum, a pouco mais de 20 km, também fica a pouco falada Zona Arqueológica de Muyil, que foi uma das mais antigas cidades maias.

Coba, Riviera Maya, México
A impressionante escadaria da pirâmide Nohoch Mul, em Coba, pode ser escalada com a ajuda de uma corda (Robin Canfield/Unsplash)

Cenotes 

Não importa se você está em uma das praias públicas ou no mais caro dos beach clubs: não há nenhuma garantia de que a sua viagem será livre de sargaço, a alga marrom e fétida que a qualquer momento pode manchar a água azul-turquesa e invadir a faixa de areia (saiba mais sobre o problema que afeta toda a região da Riviera Maya). 

Nesse caso, não é nada mal dar as costas para o mar e investir nos cenários de natureza deslumbrantes que a Riviera Maya guarda em seu interior. A região possui milhares (não é forma de expressão) de cenotes, que os maias consideravam passagens para outro mundo. De certa forma, eles são mesmo: as cavidades naturais conectam a superfície a áreas alagadas subterrâneas de uma beleza singular. 

Para preservar a água, é obrigatório tomar uma ducha para retirar da pele qualquer resquício de desodorante, perfume, creme ou protetor solar. Além disso, a maioria dos cenotes inclui no valor da entrada o empréstimo de colete e equipamento de snorkel. Nos mais profundos, existe ainda a opção de fazer mergulho de cilindro.

A maioria não exige reserva e não possui uma página oficial para consultar horários de funcionamento e preço dos ingressos: vale tentar se informar na recepção do seu hotel. Chegar até eles é fácil: quase todos podem ser encontrados digitando o nome no Google Maps e no Waze.

Existem três tipos de cenotes e, sem se afastar muito de Tulum, é possível conhecer um de cada tipo. O Manati e o Casa Tortuga são formações a céu aberto e por isso se parecem bastante com rios esverdeados cercados por vegetação e pedras. 

Cenote Manati, Tulum, Brasil
Parece rio, mas é cenote: o Manati é cercado por vegetação e tem águas turquesa (dronepicr/Wikimedia Commons)

Entre os parcialmente cobertos, que são a categoria mais comum, estão o Gran Cenote, um dos maiores do pedaço, e o Dos Ojos, que é na realidade um conjunto de dois cenotes. O barato deles é que, olhando de fora, a água parece muito mais rasa do que realmente é. Ainda mais mágico é quando você mergulha e descobre que ali embaixo existe um mundo de formações rochosas. Um snorkel é o bastante para admirar essa paisagem subaquática, mas de cilindro é possível ir além e explorar passagens que existem entre uma caverna e outra.

Cenote Dos Ojos, Tulum, México
O azul brilhante do Cenote Dos Ojos (Bárbara Ligero/Viagem e Turismo)

Sugiro escolher entre o Gran Cenote e o Dos Ojos, mas existe também o Cavalera. Pequenino, ele ficou famoso por causa de uma corda fazendo as vezes de balanço, que rende fotos para o Instagram. 

Todos os cenotes mencionados até aqui ficam a no máximo 30 minutos de carro de Tulum, mas para ver um que fica dentro de uma caverna quase toda fechada é preciso ir um pouco mais longe. O Suytún está a 1h30 da cidade, mas a viagem vale a pena porque o cenote é realmente único, com uma pequeníssima abertura no teto que permite a passagem da luz. Logo abaixo dela, construíram uma plataforma de pedra que – adivinha? – também rende uma ótima foto. Essa eu não resisti.

Suytun Cenote, Riviera Maya, México
No cenote Suytún, quase todo fechado, apenas uma fresta de luz entra por um buraco no teto (Jared Rice/Unsplash)

E já que você está por ali, aproveite para conhecer também o lindíssimo Ik-Kil, do tipo parcialmente coberto. São 26 metros de cavidade até chegar na lagoa, que por sua vez possui até 40 metros de profundidade. Para compor o cenário, as paredes são revestidas de plantas e há algumas raízes de árvores que desceram todo o caminho em busca de água. 

Ik-Kil Cenote, Tulum, Riviera Maya, México
O cenote Ik-Kil é um dos mais impressionantes da Riviera Maya (Bárbara Ligero/Viagem e Turismo)

Ainda não está convencido? Pois então saiba que tanto o Suytún quanto o Ik-Kil ficam pertinho de Chichén Itzá (veja no box acima). A minha estratégia foi sair de Tulum bem cedo pela manhã e ir direto para o sítio arqueológico. Na volta, passei no Ik-Kil, que fica a menos de dez minutos da antiga cidade maia, e depois no Suytún, uma horinha adiante e já no caminho para Tulum.

 

Laguna de Kaan Luum e Biosfera Sian Ka’an

Somente um lugar com uma praia tão bonita e um cardápio tão vasto de cenotes poderia manter relativamente em segredo um lugar como a Laguna de Kaan Luum. Pertinho do centro de Tulum, a cerca de 15 minutos de carro, a extensa lagoa é bem rasinha em suas margens, que têm um tom de azul-esverdeado lindíssimo.

Mais eis que um pouco mais adiante a água fica bem escura: é ali que começam dois buracos de até 80 metros de profundidade. A mudança é nítida, mas ao mesmo tempo tão abrupta que foram colocadas estacas de madeira para delimitar um espaço do outro – e nadar na parte funda é terminantemente proibido.

Em torno da laguna, há mirantes que permitem ver o fenômeno de cima. Dentro dela, há balanços e redes para relaxar na água que nunca passa da cintura, povoada por peixinhos que beliscam os pés. 

Laguna Kaan Luum, Tulum, Riviera Maya, México
Na vasta Laguna de Kaan Luum, chama atenção as diferentes tonalidades da água na parte rasa e na funda (Bárbara Ligero/Viagem e Turismo)

Outro programa fora do óbvio em Tulum é a Biosfera Sian Ka’an. Trata-se da maior área natural protegida do Caribe, composta por florestas, manguezais e recifes de corais, tudo ao mesmo tempo. Ali dentro acontecem passeios de barco para ver aves, crocodilos, tartarugas-marinhas e, com sorte, golfinhos. Há paradas para snorkel e para banho em lagoas naturais e praias.

ONDE FICAR EM TULUM

Aldea Zamá

No meio do caminho entre Tulum Playa e Tulum Centro, tanto geograficamente quanto em termos de preços, Aldea Zamá é um bairro em desenvolvimento que não para de ganhar empreendimentos de luxo.

O coração do lugar é o Hunab Lifestyle Center, um centrinho comercial com lojas de moda praia e cosméticos naturais, quiosques de comida vegana e mexicana e bares servindo drinques à base de tequila e mezcal. Os estabelecimentos se distribuem em torno de uma gostosa área com mesas ao livre que é praticamente o quintal do Motto by Hilton (nota 8,3/10 no Booking), hotel inaugurado em novembro de 2022 onde me hospedei.

A decoração do Motto, composta por tons de ocre e móveis de madeira baixa, chama atenção logo ao entrar no lobby, que tem ao centro um bar revestido de pedras esverdeadas. Além de drinques, ali é servido café da manhã, almoço e jantar (nenhuma refeição está incluída na diária).

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Há um segundo bar e restaurante no rooftop do Motto, onde também fica a piscina de borda infinita cercada por daybeds, espreguiçadeiras e guarda-sóis. O clima é de baladinha, com música eletrônica em volume agradável. Logo ao lado fica uma academia bem equipada e uma área onde rolam sessões de yoga e exercícios funcionais. 

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A decoração em tons neutros, moderna e charmosa, também se estende aos quartos compactos, que têm seu espaço muito bem aproveitado graças à marcenaria planejada e às camas de casal encostadas na parede. Há também a opção de quarto com beliche, com uma cama de casal na parte de baixo e uma de solteiro na de cima. 

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Na Aldea Zamá também fica o confortável hostel Maya Monkey (nota 8,5/10), com sala de coworking, piscina no rooftop e bar com balanços no lugar de cadeiras. Entre os hotéis, outra opção com boa relação custo-benefício é o Naay (nota 8,6/10), de quartos espaçosos e modernos. 

A região concentra ainda apartamentos de aluguel de temporada que ficam em condomínios com piscina: veja esse com três quartos, esse com dois e esse estúdio.

Tulum Playa

O estilo rústico-chique que hoje é tão característico de toda Tulum nasceu dos hotéis pé-na-areia de Tulum Playa: as construções levam muitos elementos naturais, como madeira, bambu e palha, e a programação costuma incluir atividades voltadas para o bem-estar. São essas as hospedagens mais famosas e caras do destino, onde o conceito de luxo pode ser um pouco diferente do que de costume. 

O Azulik (nota 7,2/10) é um bom exemplo disso. Em um trecho de praia quase privativo em que o uso de roupas é opcional, o hotel tem quartos iluminados apenas com velas, ventilador de teto e banho de cuia no lugar de jacuzzis – tudo, segundo o hotel, para fazer o hóspede desconectar da tecnologia e conectar com a natureza. 

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A proposta é parecida no Ikal (nota 8/10), um glamping com apenas vinte cabanas. No Nomade (8,4/10), onde a decoração ganha uma pegada mais marroquina, a estadia pode ser em tendas com banheiros ao ar livre. 

Para uma experiência com mais conforto e menos pegada de acampamento, mas ainda na estética de cabanas imersas na vegetação, considere o Papaya Playa Project (nota 7,6/10): suas confortáveis “casitas” têm piscinas privativas no rooftop e a propriedade abriga um beach club badalado. 

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Outras opções luxuosas e bem avaliadas pelos hóspedes são o Alaya (nota 9/10), o Encantada (nota 9,5/10), o Ma’Xanab (nota 9/10) e o La Valise (9,3/10). Nesse último, um trilho permite arrastar a cama de casal, que tem rodinhas nos pés, até a varanda ao ar livre. 

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E não faltam hotéis na região com quartos seguindo moldes mais tradicionais. O Ahau (nota 7,9/10) oferece aulas de yoga e sessões de meditação, enquanto o Sanara (nota 8,7/10) tem spa com tratamentos inspirados na ayurveda. No boutique La Zebra a Colibri (nota 9,1/10), algumas suítes têm piscina privativa.

Ainda em Tulum Playa, mas em um canto ao sul mais afastado do agito, a Casa Malca (nota 9,1/10) costumava ser uma das mansões de Pablo Escobar. Hoje, é decorada com peças que fazem parte da coleção particular do negociante de arte que a transformou em hotel.

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Tulum Pueblo

O centrinho de Tulum é um tanto feioso, mas vem ganhando opções de hospedagem charmosas com diárias um pouco mais em conta. A dica é ficar o mais perto possível da Carretera Federal Chetumal-Cancun, onde estão enfileirados vários bares, restaurantes, lojas e mercados. 

Bem ali, o Aruma Art House (nota 8,1/10) é um hostel descolado com paredes cheias de quadros e grafites e piscina de borda infinita no terraço. A Casa Don Diego (nota 8,7/10) fica a uma quadra da rodovia e tem quartos simples, mas bem ajeitados, com ventilador de teto e rede na varanda.

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O Una Vida (nota 9,4/10), a três quadras da carretera, tem decoração rústica e elegante: alguns quartos são estúdios com pequenas cozinhas e outros têm piscinas privativas. Ali perto fica o Bardo (9,5/10), um luxuoso hotel só para adultos que realiza semanalmente rituais de cura e de temazcal, banho a vapor criado pelos maias para purificar o corpo e o espírito.

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Praticamente no fim de Tulum Pueblo, isolados de todo o burburinho, estão o Panacea (nota 8,9/10), com acomodações em apartamentos, e o Holistika (8,6/10), que é quase um retiro espiritual – os dormitórios são compartilhados, acontecem aulas de yoga diárias e cerimônias do cacau e temazcal.

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Também vem crescendo a oferta de imóveis para aluguel de temporada. Esse apartamento de um quarto tem piscina no terraço e disponibiliza duas bicicletas e uma scooter para uso dos hóspedes. Para grupos de até seis pessoas, há esse outro apartamento com dois quartos.

E os resorts?

Os resorts ainda são peças raras em Tulum. Em 2022, foram inaugurados dois resorts a mais de vinte quilômetros do centro da cidade: o Conrad (nota 9/10), cujos quartos têm banheiras de hidromassagem na varanda, e o Hilton (nota 7,8/10), com 13 restaurantes no sistema all-inclusive.

ONDE COMER EM TULUM

Tulum Pueblo

O Burrito Amor é, realmente, só amor. A casinha branca com telhado de piaçava e mesas espalhadas pelo quintal ao ar livre serve burritos bem recheados, que chegam à mesa enrolados em folhas de bananeira. 

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Outro restaurante gracinha é o Matcha Mama, que também tem unidade na Aldea Zamá. No menu, onde não entra nenhum ingrediente de origem animal, estão smoothies, bowls e açaí servido na cuia de coco para tomar sentado em um dos balanços. 

Matcha Mama, Tulum, México
Balanços fazem as vezes de cadeiras no fofíssimo Matcha Mama. A foto é da unidade em Tulum Pueblo (Bárbara Ligero/Viagem e Turismo)

O Pook Chu’c faz sucesso pelos hambúrgueres (a versão vegana é bastante elogiada).

Para um bom café da manhã ou brunch, vá ao Rossina: tem croisssaint, pain au chocolat, panquecas e toasts, mas também opções locais como o breakfast burrito, que leva ovo. Há uma segunda unidade em Aldea Zamá.

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A primeira refeição do dia também é o foco do DelCielo, que serve coloridos bowls de frutas e pratos bem servidos com ovos e guacamole.

Tulum Playa

Todos os beach clubs servem comida, mas existem restaurantes para além deles. 

O mais disputado é o Hartwood, que muda o menu a cada dia de acordo com a disponibilidade dos ingredientes, todos produzidos de forma orgânica na Península de Yucatán (as reservas podem ser feitas com um mês de antecedência). 

O hotel Azulik tem dois lugares famosos abertos ao público com mesas ao ar livre dentro de estruturas que se parecem com ninhos: o Kin Toh serve um menu de três etapas inspirado nas tradições culinárias dos maias, enquanto o Tseen Ja faz uma gastronomia de fusão japonesa-mexicana.

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Dentro do hotel Nomade, o La Popular é focado em frutos do mar e possui mesas espalhadas pela areia – algumas ficam sobre tapetes e são baixinhas, com pufes para se sentar.

O argentino Casa Banana assa carnes no fogo à lenha; o Kitchen Table usa ingredientes locais em preparos simples; e o La Malinche serve comida mexicana. Para uma refeição rápida e despretensiosa, o Raw Love é um quiosque charmoso na areia com sucos, smoothies, bowls e algumas sobremesas.

A oferta gastronômica de Tulum Playa também é caracterizada por restaurantes com clima de balada, com direito a DJs. Entre eles estão o Rosa Negra, de comida latino-americana, o Gitano, mexicano com mesas em torno da pista de dança, e o Casa Jaguar, que se destaca pela coquetelaria do bar Todos Santos

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E por falar em drinques, não perca os do Arca, eleito o 60º melhor bar do mundo pelo The World’s 50 Best Bars em 2023. O ranking destaca o “Har Mar Superstar”, que leva mezcal, gengibre, mel, limão e tomilho.

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QUANDO IR PARA TULUM

Tulum tem clima quente o ano inteiro, mas a alta temporada corresponde ao período entre dezembro e maio, mais seco. Entre junho e novembro, as chuvas são mais recorrentes e os furacões podem aparecer. 

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