South African lança voo direto entre São Paulo e Cidade do Cabo

Depois de um hiato de dois anos sem ligações diretas entre os países, a África do Sul nunca esteve tão perto do Brasil. Os voos de São Paulo a Joanesburgo, que tinham sido suspensos durante a pandemia, voltaram a ser operados pela Latam em 2 de setembro e pela South African Airways em 6 de novembro.

Mas a grande novidade é que a companhia aérea sul-africana lançou uma rota direta inédita entre São Paulo e Cidade do Cabo — e a VT embarcou no voo inaugural, que decolou do Aeroporto Internacional de Guarulhos no dia 31 de outubro.

Enquanto a viagem para Joanesburgo leva cerca de 9h, a nova rota para a Cidade do Cabo tem apenas 7h35 de duração. É mais rápido do que ir para Miami, por exemplo, que fica a 8h25 de voo de São Paulo.

Em uma simulação feita no dia 7 de novembro, encontrei voos em dezembro para Cidade do Cabo a partir de R$ 4.400 ida e volta. E a grande vantagem das tarifas da South African é que, mesmo na classe econômica, há uma franquia de bagagem generosa incluída na tarifa: cada passageiro tem direito a levar duas malas despachadas de até 23kg cada, verdadeira raridade hoje em dia.

A rota está sendo operada em uma aeronave nova de modelo Airbus A330-300. Viajei na classe econômica e achei o espaço para as pernas razoável, dentro do que tem sido praticado por outras companhias aéreas.

Havia entradas USB para carregar o celular e o entretenimento de bordo contava com 79 opções de filmes, além de algumas séries e jogos. Quem arranha no inglês, porém, pode sentir falta de mais opções dubladas ou legendadas em português.

Além de travesseiro e cobertor, os amenities incluíam escova e pasta de dente, máscara de olhos para dormir e meias. O grande destaque, porém, é o serviço de bordo. A tripulação, solícita e muito gentil, passava frequentemente nos corredores oferecendo garrafinhas de água e snacks e garantindo que todos os passageiros estivessem confortáveis.

São servidas duas refeições durante o voo: jantar e café da manhã na ida e almoço e lanche na volta. Entre as bebidas, havia sucos, refrigerantes, cervejas, vinhos tinto e branco e até o licor sul-africano Amarula.

O meu almoço na viagem de volta para São Paulo, por exemplo, foi um bouef bourguignon bem saboroso acompanhado de purê de batata, ervilhas e cenoura. E não teve perrengue na hora de cortar a carne: além dos pedaços estarem muito macios, os talheres disponibilizados eram de metal, outra raridade atualmente, especialmente na classe econômica.

Mas o ponto alto de toda a experiência a bordo da South African Airways foi, sem dúvida, a chegada à Cidade do Cabo. Conforme nos aproximávamos do pouso, a janelinha emoldurou a mais linda das metrópoles africanas, espremida entre o mar e a imensidão da Table Mountain e dos Doze Apóstolos — um prólogo tão perfeito que a viagem nem tinha começado e eu já queria voltar. Bom que, agora, a África do Sul está a um pulo.

Serviço

Brasileiros não precisam de visto para entrada e permanência de até 90 dias na África do Sul, mas devem apresentar o Certificado Internacional de Vacina contra a Febre Amarela. A checagem do documento é de responsabilidade da companhia aérea e deve ser feita antes do embarque, ainda no Brasil. Não basta apresentá-lo pela tela do celular: é preciso levar o certificado impresso.

Veja, a seguir, a frequência e os horários de partida e chegada dos voos diretos para a África do Sul:

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