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O melhor de Bariloche no inverno

O esqui é quase um pretexto para curtir os restaurantes, as baladas, as chocolaterias, as cervejarias e, principalmente, as paisagens

Por Barbara Ligero
Atualizado em 8 out 2021, 16h45 - Publicado em 29 ago 2017, 18h42
Neste momento no Cerro Catedral, o idioma oficial é o portuñol (shimura/iStock)
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Espremida entre as montanhas e o Lago Nahuel Huapi, Bariloche é o destino onde muitos brasileiros debutam na neve. Cerro Catedral, a estação propriamente dita, fica a 19 km da cidade e tem boa quantidade de pistas. O esqui, no entanto, é quase um pretexto para a viagem.

Quem desistiu de aprender ou não tem interesse em praticar o esporte todos os dias encontra várias opções de diversão na neve, além de um centro comercial bem completo, com o charme das construções de pedra. Fora os restaurantes, as lojas e a vida noturna agitada, Bariloche abriga as clássicas chocolaterias, hoje ameaçadas em popularidade pelo número crescente de cervejarias artesanais.

Somam-se a essa lista de atrativos a proximidade com o Brasil, a facilidade da língua e a chance de passar desde um fim de semana prolongado até uma semana inteira em um destino de inverno realmente com neve.

Hotéis

Um dos símbolos de Bariloche, o Llao Llao  é também a opção mais luxuosa, com piscina coberta e aquecida. Entre os quatro-estrelas, o Design Suites tem janelões com vista para o lago e hidromassagem em todos os quartos. No Centro, o Nahuel Huapi e o Ayres del Nahuel são hotéis midscale com bom custo/benefício. Igualmente bem localizado, o hostel Achalay dispõe tanto de quartos compartilhados quanto de suítes privativas. Na base da estação de esqui, o Pire Hue e o Galileo são quatro-estrelas dos quais é possível sair já com os esquis nos pés.

Restaurantes

Bom para provar a famosa parrilla argentina, o El Boliche de Alberto serve um famoso bife de chorizo. Já no El Patacón, o destaque são os peixes da região, entre eles o salmão e a truta. Instituição na cidade, o Família Weiss serve pratos patagônicos: no cardápio constam carnes de caça como javali e veado. Para as tradicionais fondue e raclette, opte entre o Casita Suiza e o La Marmite. Para uma refeição mais romântica e sofisticada, vá ao Cassis, que fica imerso em um bosque e tem menu degustação de sete etapas.

Na montanha, são cerca de 14 opções de restaurante, que servem de comida típica a fast-food. O menu do El Rodeo, na base, tem de hambúrguer de cordeiro a ravióli. No alto da montanha, o variado La Roca prepara saladas, massas e sanduíches. A experiência mais especial é a do La Cueva: os clientes chegam em motos de neve e fazem a refeição dentro de uma caverna, onde foi montado o restaurante.

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Passeios

A clássica apresentação a Bariloche é feita através do Circuito Chico, passeio de meio dia vendido pelas agências locais que percorre as margens do Lago Nahuel Huapi, sobe o mirante do Cerro Campanario  e passa pelo emblemático Llao Llao. Outra atração local é o Museo de La Patagonia, que conta a história da região desde seus primeiros habitantes. Por fim, de Puerto Pañuelo partem passeios de catamarã como o da Turistur pelo Nahuel Huapi até Puerto Blest.

A estação de Cerro Catedral atende tanto quem quer esquiar, com boa quantidade de escolas na base da montanha, quanto os que procuram uma simples diversão na neve. A cinco quilômetros do centro, o parque Piedras Blancas tem esquibunda, teleférico e tirolesa.

Compras

Em 2017, parte da Calle Mitre, a rua mais famosa do centro de Bariloche, foi transformada em uma espécie de calçadão, priorizando a circulação de pedestres. Ali ficam as principais lojas de chocolate artesanal: a Rapa Nui, a Del Turista, a Abuela Goye e a Mamuschka. Outra importante via, a Avenida Bustillo é endereço da El Coihue, que vende prataria crioula e mapuche. Para comprar vinhos, vá à Patagonia Vinos, na Avenida San Martín.

Noite

Não param de abrir novas cervejarias artesanais na cidade, como a Cava Clandestina, que parece um verdadeiro saloon do Velho Oeste, e uma segunda unidade da pioneira Blest, agora no km 4 da Avenida Bustillo – a original fica no km 11,6. Entre as cervejarias já consagradas, vale conhecer a Berlina e a Patagonia, ambas com belas vistas, além da Manush , da Antares e da Bachmann.

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Entre os bares, o Wilkenny faz o estilo pub irlandês, e o Ice Bariloche é todo de gelo. A Calle Juan Manuel de Rosas concentra casas noturnas como a Grisú , uma das mais tradicionais da cidade, a Cerebro, famosa por seus personagens gigantes de led que invadem a pista, e a Roket , com cinco andares e três pistas de dança distintas.

Como circular?

A cidade é pequena e pode ser facilmente explorada a pé. Para chegar ao Cerro Catedral, os ônibus públicos da “Línea Catedral” passam no Centro.

O que vestir?

O processo de se vestir para o frio da neve começa com a chamada roupa térmica ou “segunda pele”, conjunto de camiseta de manga longa e calça bem justas ao corpo, como se fossem de ginástica, mas feitas de um tecido especial, que mantém a temperatura e permite a respiração da pele. Sobre ela, é recomendável vestir um fleece ou polar, espécie de blusa de lã sintética.

Nos pés, coloque meias específicas para neve, já que as comuns de algodão tendem a se molhar. Use botas com forração térmica e solado alto e isolante, próprio para terrenos com gelo. As moças a passeio podem sair com botas tradicionais, de preferência de cano alto, mas veja se você não passará frio com o solado e a meia que estiver usando.

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Cubra-se com um bom casaco, que pode ser uma jaqueta corta-vento comum ou uma puffer jacket, acolchoada. Se for circular pela cidade, vista uma calça jeans ou equivalente, desde que esteja com a segunda pele. Finalize com gorro e luvas, que devem ter o máximo de vedação. Todos os produtos podem ser encontrados em lojas especializadas no Brasil.

Agora, para brincar ou praticar esportes na neve, é necessário usar um casaco e uma calça de esqui, que são peças impermeáveis com elástico nas extremidades. Há muitas lojas que vendem e alugam essas roupas nas estações e nas principais vias da cidade (Calle Mitre e Avenida San Martín).

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