Louvre fecha em greve de funcionários contra superlotação
Fechamento sem aviso prévio pegou de surpresa milhares de visitantes que já tinham ingresso comprado

O Museu do Louvre, em Paris, não abriu nesta segunda-feira (16), sem anúncio prévio. A equipe do museu decidiu fazer uma paralisação como forma de protesto contra o excesso de turistas, que vem superlotando o espaço e causando uma sobrecarga de trabalho para os funcionários.
Milhares de visitantes já com o ingresso comprado em mãos foram pegos de surpresa e passaram horas aguardando em longas filas sob a icônica pirâmide de vidro na entrada do museu, sem receber qualquer informação oficial.
@lookaiviloGoing to the louvre today? Think again! Louvre staff complain of untenable conditions and over tourism, calling an unplanned strike during their Monday morning briefing today June 16 2025.♬ Sogni ancora – Piero Piccioni
O Louvre fechar as portas é algo raro: a última vez que isso ocorreu foi durante a pandemia. O museu já foi palco de greves no passado, como em 2019 por conta de superlotação e em 2013 por questões de segurança, mas muito raramente a paralisação ocorreu tão repentinamente e sem aviso.
A greve se iniciou de maneira espontânea. Durante uma reunião de rotina, os funcionários — atendentes, seguranças e agentes de bilheteria — decidiram não assumir seus postos. Com aproximadamente 30 mil visitantes por dia, a equipe enfrenta uma rotina exaustiva, agravada pela falta de áreas de descanso, a quantidade limitada de banheiros e o calor intenso causado pelo efeito estufa da pirâmide de vidro.
Essa paralisação faz parte de uma crescente onda de protestos contra o turismo de massa que vem transformando a rotina de cidades da Europa, como Palma de Maiorca, Barcelona, Veneza e Lisboa. Moradores denunciam os efeitos colaterais da superlotação, como a alta nos preços dos imóveis e a perda de qualidade de vida nos centros urbanos.