Louvre anuncia reforma e sala exclusiva para a Monalisa

Obras buscam expandir o museu com novas galerias e novo prédio de entrada; ingresso ficará mais caro

Por Lucca Bessa
Atualizado em 6 fev 2025, 07h32 - Publicado em 5 fev 2025, 16h00
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"Renascimento" do Louvre promete novas galerias e novo prédio de recepção para substituir a famosa Pirâmide  (Benh LIEU SONG/Wikimedia Commons)
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O Museu do Louvre, em Paris, receberá até 2031 uma série de reformas que incluirão a construção de um novo prédio para servir de recepção, substituindo a icônica pirâmide de vidro, e novas salas, sendo uma delas exclusiva para a Monalisa, cujo ingresso será independente do restante do museu.

O anúncio foi feito em coletiva de imprensa pelo presidente francês Emannuel Macron e atende a um pedido da direção do Louvre, que havia detectado uma série de problemas estruturais que colocavam em risco a integridade do museu e de suas obras.

As medidas fazem parte de um plano para o “novo renascimento do Louvre”, de acordo com o anúncio. No começo do ano, uma carta endereçada pela diretora do museu à ministra da cultura francesa havia se tornado pública, revelando “a multiplicação de danos em espaços às vezes muito deteriorados”, “equipamentos técnicos obsoletos”, além de “preocupantes oscilações de temperatura que colocam em risco o estado de conservação das obras”.

O projeto inclui tanto a reforma dos espaços existentes quanto a expansão do museu, com novos prédios e galerias. O principal deles será construído na fachada leste do museu, onde está a Colunata de Perrault, e servirá como a novo recepção do Louvre.

Atualmente, a entrada para as galerias é feita através da famosa pirâmide de vidro, construída em 1988 pelo arquiteto sino-americano Ieoh Ming Pei. Projetada para receber até quatro milhões de visitantes por ano, a obra vem sofrendo para comportar as mais de oito milhões de pessoas que, atualmente, frequentam o Louvre a cada ano. O novo edifício, a ser escolhido via concurso de arquitetura, deverá ser capaz de receber até 12 milhões de pessoas.

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Outra das adições planejadas é uma sala exclusiva para a Monalisa, cujo ingresso e acesso serão independentes do restante do museu. O novo local abrigará apenas o retrato de Da Vinci que, atualmente, recebe mais de 30 mil visitas diárias na chamada Sala de Estado, onde também estão outras obras do acervo.

A ideia é permitir que não só a Gioconda, como também as outras obras que com ela dividem a Sala de Estado, sejam visitadas com mais calma e conforto, desafogando a lotação gerada atualmente.

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Ingressos mais caros

Para pagar pela reforma, que deve custar entre €  700 milhões e € 800 milhões, o museu deve aumentar o valor dos ingressos, especialmente para visitantes não europeus.

Durante o anúncio, Macron defendeu que turistas de fora da União Europeia paguem mais caro para visitar o museu a partir de 2026. Atualmente, o bilhete custa € 22, sendo que o acesso é gratuito a todos os menores de 18 anos e para os menores de 26 anos residentes no Espaço Econômico Europeu.

Com as mudanças, a expectativa é que passem a ser cobrados cerca de € 30 dos visitantes não-europeus.

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O restante do dinheiro para pagar a reforma deverá ser angariado através de contribuições privadas, dos royalties do Louvre Abu Dhabi e de uma contribuição minoritária do governo francês.

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