Centenário Píer de Santa Mônica é ‘ponto final’ da Rota 66, na Califórnia
Marco histórico a um pulo de Los Angeles reúne atrações em frente a um pôr-do-sol deslumbrante
Em pé há 115 anos, o Píer de Santa Mônica continua sendo um dos pontos mais visitados da Califórnia. Dentro da mancha urbana (e do condado) de Los Angeles, também virou indiretamente um dos símbolos da cidade, embora tecnicamente esteja no município que lhe empresta o nome – Santa Mônica mesmo, parte da conurbação de LA.
Avançando por meio quilômetro sobre a praia, com outros 90 metros de largura na sua área mais extensa, o píer reúne características típicas dessas estruturas que fizeram muito sucesso nos Estados Unidos ao longo do século 20: em cima e ao redor dele, atrações como cafés, bares, lanchonetes, um arcade, um carrossel clássico, um parque de diversões e até um aquário são opções de atividades para fazer sozinho ou em grupos.
Acima das águas, uma das pontas do píer, no lado oeste, inclusive faz sucesso entre pescadores ainda hoje. Além disso, vários eventos pontuais, como exibições de filmes e shows, costumam ser realizados no cartão-postal californiano.
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Mais de um século de história
Inaugurado em 1909, o Píer de Santa Mônica é um pioneiro em seu estilo na Costa Oeste norte-americana. Embora estruturas similares já existissem antes, elas costumavam durar pouco porque eram feitas de madeira, sofrendo com a deterioração causada pelo mar. O de Santa Mônica também tem partes em madeira, mas as fundações foram feitas em concreto, para durar – o primeiro desse tipo na parte dos Estados Unidos banhada pelo Pacífico.
E como durou: já vai mais de um século de uma estrutura que, curiosamente, surgiu com uma função bem menos aprazível. Originalmente, ele servia à utilidade pública, com um encanamento interno, e levava o esgoto da cidade para além da arrebentação.
Por sorte, essa função malcheirosa durou pouco tempo, e já na década de 1920 o píer havia se convertido em uma atração turística frequentada pelos californianos. Logo depois, a fama se expandiu pelo resto dos Estados Unidos, especialmente após a abertura da lendária Rota 66, em 1926.
Isso porque, tradicionalmente, o Píer de Santa Mônica é considerado o ponto final dessa histórica estrada de quase 4 mil quilômetros de extensão entre Chicago e a Califórnia, cruzando oito estados americanos. A Rota 66 se converteu em um símbolo da expansão dos Estados Unidos rumo ao oeste na primeira metade do século 20 – e o píer virou uma espécie de “terra prometida” para viajantes de todo o país que seguiam o sol poente.
Horário de funcionamento e atrações
O Pier de Santa Mônica abre diariamente, das 6h às 22h, e o acesso à estrutura é gratuito. Horários das atrações podem variar, e para acessá-las é preciso pagar.
No Pacific Park, o parque de diversões do píer, os preços são individuais de acordo com o brinquedo que você deseja acessar, e oscilam entre US$ 8 e US$ 15 conforme a atração. Mais informações no site.
Já para o aquário do píer, o Heal the Bay Aquarium, os ingressos custam US$ 13 para adultos (US$ 10 para idosos acima de 65 anos), e crianças com menos de 13 anos não pagam – mas precisam ser acompanhadas por um maior de idade. Mais informações no site.
As opções gastronômicas têm horários e valores próprios, e o mais indicado é conferir individualmente aquela que mais lhe interessa. O píer também tem um site com outras informações gerais sobre o que pode ser encontrado no local.
Como chegar e quando visitar
O píer fica no final da Colorado Avenue, em Santa Mônica. Saindo do aeroporto de Los Angeles (LAX), são pouco menos de 15 km. Há estacionamento no local.
Diferentes opções de transporte público deixam em frente ao píer, e uma ótima pedida é alugar uma bicicleta e acessá-lo dessa forma: a Marvin Braude Bike Trail, uma ciclovia de 35 km que percorre as principais praias do condado de Los Angeles, também passa por lá.
É muito comum combinar Santa Monica com Venice Beach – da altura da Muscle Beach até o píer a caminhada pelo calçadão à beira-mar leva cerca de uma hora e, de Uber ou Cabify, cerca de 15 minutos.
O clima é agradável na maior parte do ano, mesmo no inverno, mas o verão acaba atraindo mais frequentadores em função das atividades a céu aberto. Como o calor excessivo pode ser pouco convidativo nos dias mais extremos, a dica é procurar o píer no final do dia – não só pela temperatura mais amena, mas também porque o local se enche de vida no período da noite, com várias atrações iluminadas reforçando o aspecto cênico.
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