Letônia além de ‘Flow’: conheça atrações do país do Báltico
Buscando atrair turistas, país que costuma ficar fora de roteiros de viagem ganha estátuas do gatinho que estrelou animação ganhadora do Oscar

Não foi só o Brasil que celebrou uma conquista inédita no Oscar no último final de semana: a Letônia, pequeno país do Báltico com menos de 2 milhões de habitantes, ganhou um destaque poucas vezes visto antes graças ao sucesso do filme Flow, que ganhou o prêmio na categoria de Animação.
Uma produção independente que derrubou titãs de grandes estúdios, como Divertida Mente 2, Flow – chamado Straume na língua local – está centrado na história de um gatinho cinzento que precisa sobreviver com outros animais a um dilúvio. Sem falas, mas com muita emoção até a última cena, a história cativou públicos ao redor do mundo, e se tornou uma oportunidade ímpar para os letões promoverem seu país ainda pouco cotado nos trajetos turísticos.
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Pelas cidades da Letônia, estátuas e pinturas do gatinho (que oficialmente não tem nome, mas passou a ser chamado ele próprio de “Flow”) foram espalhadas em homenagem à obra. Na mais famosa delas, o felino aparece sentado sobre o “A” do letreiro com o nome da capital do país, Riga.
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O que fazer na Letônia?
Mas, além de tirar fotos com as recriações do gato do filme, o que dá para fazer em uma viagem pela Letônia?
Geralmente evitado como um lugar frio e cinzento, o país é mais convidativo durante o verão europeu. O grosso das atrações está em Riga, a maior cidade do Báltico e onde se concentra um terço da população da Letônia. Um lugar imperdível é o Centro Histórico (Vecriga), incluído pela Unesco como um Patrimônio da Humanidade, onde um impressionante legado arquitetônico acumulado desde o século 13 é visto em catedrais, museus e edifícios monumentais.

Um dos destaques dessa região é a “Kaku nams”, ou Casa do Gato, famosa pelas estátuas de felinos em seu telhado. Alvo de uma atenção renascida após o sucesso de Flow, a estrutura contraria a nova onda de gatinhos espalhados pela Letônia e na verdade não faz referência ao filme: a casa foi construída em 1909 e já contava com os animais no projeto original.
O prédio mais famoso de Vecriga talvez seja o “Melngalvju nams”, ou Casa dos Cabeças Negras – sede de uma antiga irmandade de homens solteiros ligados principalmente ao comércio mercante. Construído originalmente em 1334, o prédio ganhou ornamentos e esculturas nos séculos seguintes. De acordo com a tradição, foi naquele local que a Europa viu pela primeira vez uma árvore de Natal decorada, ainda no século 15, quando Riga era um importante centro comercial.

Outro ponto que vale a visita é o Castelo de Riga, construído principalmente na virada do século 15 para o 16. Hoje, parte do prédio está isolada como a residência presidencial, mas outros setores foram convertidos em museus. O maior deles é o Museu Nacional de História, mas o passeio já vale pela arquitetura. Caso você se empolgue com estruturas palacianas, uma alternativa é esticar a viagem até o Palácio de Rundale – apelidada de Versalhes do Báltico, essa gigantesca residência de verão da antiga nobreza, convertida em museu, conta com belos jardins em estilo francês e fica a 80 km de Riga.
Fora da capital, um dos passeios favoritos é o Parque Nacional Gauja, que fascina tanto pelas paisagens naturais quanto pela presença de antigas construções e castelos medievais que acompanham o percurso do rio que dá nome ao parque. Ainda no quesito natureza, um dos lugares mais pitorescos do país é a cidadezinha de Kuldiga – com menos de 10 mil habitantes, o lugarejo a 150 km da capital abriga a Ventas Rumba, considerada a cachoeira mais larga do continente europeu, podendo atingir 275 metros de extensão na época de cheias.
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