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Europa: aeroportos com mais atrasos e os mais pontuais em julho

Aeroportos definem um limite máximo de passageiros por dia para tentar diminuir os atrasos, que chegam a atingir mais de 70% das decolagens

Por Caroline Dalla Vecchia
Atualizado em 21 jul 2022, 13h32 - Publicado em 21 jul 2022, 00h55

Entre os dias 12 de julho e 11 de setembro, o aeroporto Heathrow, em Londres, vai impor um limite de 100 mil passageiros diários partindo do local, deixando de atender por dia 4 mil pessoas que terão suas viagens transferidas para outros aeroportos, remanejadas para outra data ou simplesmente canceladas. A medida foi anunciada depois que outros aeroportos europeus também determinaram um limite máximo diário a fim de normalizar o fluxo de voos. Em Amsterdã, o aeroporto Schiphol já anunciou que lidará com um máximo de 440 mil voos por ano a partir de novembro.

Durante os meses de verão no Hemisfério Norte (entre junho e setembro), é comum que a alta demanda de viagens para países da Europa e Estados Unidos causem superlotação ou até atrasos nos voos. No entanto, um cenário caótico se instalou desde maio deste ano por causa de greves de funcionários das aéreas e pelo aumento abrupto das viagens, que encontraram o setor despreparado após dois anos de pandemia.

No caso de Heathrow, os atrasos aumentaram 78% em comparação com o verão de 2019. Desde o início de julho, metade dos voos decolam atrasados, sendo o maior pico no último sábado (16) quando 62% das partidas registraram atrasos. Os cancelamentos também aumentaram em 3,5% em julho, uma taxa quase três vezes maior do que a registrada no mesmo mês de 2019.

E esses não foram os únicos transtornos enfrentados por passageiros. Na última semana, a americana Delta Air Lines enviou um avião sem nenhum passageiro para buscar aproximadamente mil malas que tinham sido extraviadas durante as operações em Heathrow.

O Reino Unido não está sozinho no que diz respeito ao caos aéreo. Este mês, os aeroportos de Bruxelas, na Bélgica, Frankfurt, na Alemanha, e Eindhoven, nos Países Baixos, registraram os piores atrasos dentre os aeroportos europeus, segundo apurou a Hopper, empresa especialista em soluções digitais para o turismo. Foram mais de dois terços dos voos atrasados ​​e, no Aeroporto Internacional de Frankfurt, quase 8% dos voos foram cancelados.

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O Guia Oficial de Aviação (OAG, em inglês) avaliou todos os aeroportos da Europa em volume significativo de passageiros entre 1° e 10 de julho de 2022.
O Guia Oficial de Aviação (OAG, em inglês) avaliou todos os aeroportos da Europa em volume significativo de passageiros entre 1° e 10 de julho de 2022. (Official Aviation Guide (OAG)/Reprodução)

Na Itália, no último domingo (17), os principais aeroportos viram o cancelamento total de 122 voos devido a uma greve dos controladores e dos pilotos de companhias como Ryanair, Vueling, Ita, Wizz Air, Easyjet e Volotea. A cifra foi estimada pela companhia aérea estatal Ita Airways, antiga Alitalia, que se movimentou para remarcar 50% desses voos ainda no domingo. Nesses casos de greve, vale lembrar aos viajantes que os códigos de defesa do consumidor estão à favor dos passageiros.

Mesmo que a greve seja em nível nacional, os números mostram que nem todos os aeroportos estão passando por uma interrupção tão significativa em julho. O aeroporto de Bergamo, por exemplo, relatou menos de 20% dos voos atrasados ​​e menos de 2% de partidas canceladas, assim como os aeroportos de Dublin, na Irlanda, e de Madri, na Espanha.

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A Espanha é o país que apresentou os melhores desempenhos entre 1° e 10 de julho de 2022.
A Espanha é o país que apresentou os melhores desempenhos entre 1° e 10 de julho de 2022. (Official Aviation Guide (OAG)/Reprodução)

Tudo indica que os atrasos continuarão em agosto e somente em setembro o movimento nos aeroportos diminuirão um pouco. Até lá, vale seguir algumas dicas para tentar driblar o caos aéreo europeu.

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