A segunda parte da adaptação da série de ficção científica escrita por Frank Herbert, Duna 2, chegou aos cinemas brasileiros em março e já está impressionando o público com seu visual futurista e suas paisagens desérticas como no primeiro filme.
Ainda que muitas cenas tenham sido gravadas em estúdios internos de Budapeste, na Hungria, o diretor Denis Villeneuve pensou as cenas de acordo com paisagens reais e criou cenários no meio do deserto.
O resultado é um mundo impressionante que aumenta ainda mais as expectativas para a terceira parte do longa-metragem. Confira abaixo cinco locações que, de fato, parecem ter saído de outro mundo:
1. Wadi Rum, Jordânia
Em Wadi Rum, a paisagem é fortemente marcada por tons de vermelho e laranja. As pontes de pedra, dunas de areia e montanhas de arenito foram a base para criar o planeta Arrakis, onde moram os temidos vermes de areia com 400 metros de comprimento.
O segundo filme explora a relação de Paul Atreides, interpretado por Timothee Chalamet, com a terra e as criaturas subterrâneas. Na década de 1960, o deserto já foi cenário de Lawrence da Arábia (1962) e, mais recentemente, de Perdido em Marte (2015).
O Wadi Rum fica em uma área protegida. Para acessá-la é preciso pagar cinco dinares jordanianos (JOD$ 1 = R$ 7,02 em 13/03/2024; consulte a cotação do dia).
2. Al Siq, Jordânia
A Jordânia possui muitas áreas desérticas e parte das gravações aconteceu também em meio aos cânions de Al Siq. O desfiladeiro Siq marcava a entrada na cidade de Petra, que hoje é Patrimônio Mundial da Unesco. Trata-se de uma passagem rochosa estreita com 80 metros de altura.
3. Abu Dhabi, Emirados Árabes Unidos
Assim como no primeiro filme, as dunas de Abu Dhabi foram pano de fundo para Arrakis. Apesar da distância geográfica da Jordânia, a diferença entre as locações não é facilmente perceptível nas telas.
No primeiro filme, o emirado já tinha sido utilizado para alocar o abrigo dos Fremen, povo originário de Arrakis, mas Villeneuve buscou novos cenários dentro de Abu Dhabi, dentre eles o deserto de Liwa Oasis, onde foi gravado o beijo entre Paul e Chani Kynes, interpretada por Zendaya.
4. Altivole, Itália
Para dar vida ao planeta imperial Kaitan, onde moram a Princesa Irulan (Florence Pugh) e o Imperador (Christopher Walken), a italiana Altivole foi escolhida. A arquitetura histórica longe das paisagens áridas foi usada para transmitir o estilo de vida fino da família em contraste com a vida dos Fremen.
Na cidade, a capela e os jardins do Túmulo de Brion foram usados para gravar cenas exteriores do planeta Kaitan, como a Casa dos Corrino. O espaço é exclusivo da família Brion e foi construído pelo arquiteto pós-modernista Carlo Scarpa, em 1968. A viúva Onorina Brion encomendou o projeto para homenagear seu marido com um memorial ao lado cemitério da cidade.
Foi a primeira vez que os Brion receberam um pedido de filmagem no local e ele só foi aceito porque a família era fã da saga de Frank Herbert. A entrada ao memorial é gratuita, mas precisa ser agendada no site.
5. Deserto da Namíbia, Namíbia
Apesar de ser uma cena breve, a aparição de Anya Taylor Joy no papel de Alia, irmã de Paul, tem causado muito burburinho. A atriz surge em uma visão do planeta Arrakis em um futuro no qual ele tem água. O local escolhido foi onde ocorre o impressionante encontro das areias do Deserto da Namíbia com o oceano.
A Costa dos Esqueletos tem 500 quilômetros de dunas que avançam Oceano Atlântico adentro. O local é envolto por mistérios de naufrágios e recebeu o intrigante nome por causa das carcaças de baleia na área.