Como é o Mardi Gras, o Carnaval de Nova Orleans
O que esperar do carnaval de rua e também como ter um gostinho da festa em qualquer época do ano
O Mardi Gras, famoso carnaval de rua de Nova Orleans, dura praticamente um mês inteiro – o sax e o trompete começam a esquentar muito antes da data oficial, com os krewes (“blocos” de organizações sociais) tomando as ruas da cidade.
Como o nosso carnaval, o auge acontece na véspera da Quarta-Feira de Cinzas, a chamada Fat Tuesday (“terça-feira gorda”, em português), quando desfilam os maiores krewes. Os principais da cidade são Endymion, Bacchus e Orpheus.
Para quem está acostumado com samba, o embalo soa mais como uma fanfarra, com o curioso cenário de tratores puxando as alegorias nos desfiles. Durante as paradas, o máximo de interação que você pode ter é entrar na disputa pelos beads (colares de contas coloridos) e outros brindes que são jogados dos carros alegóricos para o público na calçada.
Para os brasileiros, experientes foliões, a festa começa a ficar interessante mesmo mais para o fim do dia, quando a turma das fantasias (e das bebidas alcoólicas) começa a encher as ruas do French Quarter. Tem de tudo: gente vestida de Pac-Man, Tetris, dominatrix sadomasoquista, cortesã francesa e por aí afora. Orgulhosos de sua criatividade, eles adoram uma tietagem; então fique à vontade para tirar fotos.
A ordem é se divertir no meio da multidão, seguindo as bandinhas e os pequenos carros de som ao longo dos quarteirões, só parando para se abastecer nos inúmeros bares do percurso. Ah, e as cores oficiais da festa são o roxo, o verde e o dourado.
Mardi Gras World e The Presbytère
Quem visita Nova Orleans em outras épocas do ano pode ter um gostinho da festa visitando o Mardi Gras World, galpão no Garden District onde é feita boa parte dos floats – os “carros alegóricos” que desfilam junto com os krewes.
O tour começa com um vídeo que faz qualquer brasileiro torcer o nariz: entre muitas afirmações equivocadas, a que mais incomoda é a de que Nova Orleans teria o “maior Carnaval do mundo”. Até parece.
Mas, passada a gafe inicial, a visita é bem interessante. Primeiro, os visitantes recebem um pedaço do king cake, o tradicional bolo do Mardi Gras que tem gostinho de canela.
Depois, um guia mostra como são produzidos os bonecos gigantes, com direito até a impressora 3D, e depois te deixa livre para ver os floats já prontos de edições anteriores ou futuras do Mardi Gras.
Para ver as fantasias usadas nos desfiles, que são cheias de plumas e brilhos como as do Brasil, a dica é rumar para The Presbytère. O museu, que ocupa um casarão histórico no French Quarter, guarda artefatos e memorabília do Mardi Gras. A exposição conta a história da festa desde as suas origens no século 19.
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