Coliseu: como visitar o maior anfiteatro do mundo
Em Roma, construção que sobreviveu a séculos de desafios e intempéries oferece um vasto leque de visitas guiadas
A Roma Antiga continua atraindo a admiração de milhares de pessoas. Um dos símbolos desse interesse é o Coliseu, um dos monumentos mais visitados da Itália. A construção que sobreviveu a séculos de história e foi declarada uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno também voltou às telonas neste ano, com o longa-metragem Gladiador 2, estrelado pelos galãs Paul Mescal e Pedro Pascal. Conheça mais sobre essa história e saiba como visitar o local.
O anfiteatro flaviano
Talvez você nunca tenha escutado esse nome antes, mas este era o antigo e verdadeiro nome do Coliseu. Acredita-se que a nomenclatura atual só foi atribuída à construção graças ao Colosso de Nero – uma enorme estátua do imperador Nero que existia próxima dali. O anfiteatro começou a ser construído por volta do ano 70 d.C., durante o reinado de Tito Flávio Vespasiano, primeiro imperador da dinastia flaviana.
O objetivo da construção era reafirmar a crença em sua legitimidade como imperador, abalada após a sequência de quatro imperadores em um único ano depois da morte de Nero. No entanto, foi apenas durante o reinado de Tito, filho de Vespasiano, que uma inauguração com 100 dias de jogos celebrativos foi realizada.
Ao contrário de outros anfiteatros romanos, convenientemente cravados em encostas naturais para apoiar a estrutura, o Coliseu foi erguido de forma totalmente autônoma utilizando um complexo de abóbadas e arcadas nas ordens dórica, jônica e coríntia. Com uma estrutura elíptica de 188 metros de comprimento, 156 metros de largura e 57 metros de altura cobertos por mármore de travertino, o Coliseu se tornou o maior anfiteatro de pedra da Roma Antiga.
Com capacidade para 50 a 80 mil espectadores, a construção era dividida em cinco níveis de acordo com as classes da sociedade romana: os assentos mais próximos da arena eram reservados aos mais ricos e poderosos, enquanto os lugares superiores e mais afastados eram dispostos para as massas.
Em seu auge, o lugar foi completamente decorado e coberto de mármore, mas com o declínio do império romano, foi paulatinamente danificado e destruído, servindo como uma espécie de pedreira por mais de mil anos – os habitantes locais arrancavam pedaços da estrutura para construir outras coisas.
Para piorar, no século 14 um grande terremoto causou o desmoronamento de uma parte inteira do lado sul da construção, abrindo a icônica ruína visível até hoje. Foi apenas no século 18 que danos ao anfiteatro foram proibidos e só no século 19 começaram as obras de restauração e preservação.
Como funciona a visita ao Coliseu?
Todos os visitantes que desejam conhecer o Coliseu precisam de um ingresso, de preferência comprado com antecedência, evitando assim horas de fila na bilheteria. Além das entradas para grupos escolares, é possível comprar bilhetes individuais, bilhetes para grupos de 9 a 25 pessoas e os bilhetes para as visitas guiadas, disponíveis em italiano e inglês em todas as atrações. Clique aqui para acessar o site oficial para adquirir ingressos.
A maioria desses bilhetes também dá acesso aos sítios SUPER, um conjunto de 7 atrações adicionais para mergulhar na cultura do antigo Império Romano. O conjunto é formado pelo Criptopórtico Neroniano, o Museu Palatino, a Casa do Imperador Augusto, a Casa de Lívia, a Sala de Ísis ou Aula Isiaca, o Templo de Rômulo e a igreja de Santa Maria Antiqua.
Os ingressos individuais variam entre 18 e 80 euros e estão divididos em 6 categorias: Domus Aurea, Super Forum Pass, 24h Somente Arena, Experiência Completa com Subterrâneos+Arena, Full Experience com Sótão e Membro Parco. Por uma taxa de 4 euros, é possível acrescentar a visita aos sítios SUPER para quem adquirir o ingresso do tipo 24h Somente Arena.
Em geral, as diferenças de cada modalidade envolvem o número de lugares que se pode acessar (dentro e fora do Coliseu) e a validade do bilhete adquirido para fazer a visita. Nesta página é possível consultar os detalhes dos pacotes oferecidos na época de sua visita. O ingresso que entrega perfeitamente bem o essencial da atração é o 24h – COLOSSEUM, ROMAN FORUM, PALATINE, que permite visitar o Coliseu (mas não inclui arena, subterrâneo e nem os andares mais altos), mais o Fórum Romano e o Palatino.
Levando em conta que você já comprou o ingresso pela internet, leve consigo o passaporte porque ele será solicitado na entrada. Se optar pelo Roma Pass, que vale por 48 horas ou 72 horas, tenha em mente que será preciso ainda assim reservar horário para entrar no Coliseu e que estará sujeito a disponibilidade (consulte o site).