Continua após publicidade

Chichén Itzá: todas as dicas para visitar o sítio arqueológico

Como comprar ingressos, driblar as multidões, quais as principais atrações, cenotes no entorno e como encaixar o passeio no roteiro pela Riviera Maya

Por Bárbara Ligero
Atualizado em 24 jul 2024, 12h39 - Publicado em 24 jul 2024, 12h00
Chichén Itzá, México
Chichén Itzá sem multidões: a dica é chegar cedo, antes do horário de abertura (Bárbara Ligero/Viagem e Turismo)
Continua após publicidade

Uma das mais importantes cidades da civilização maia foi Chichén Itzá, hoje um sítio arqueológico que está entre as atrações mais disputadas do México. Veja, a seguir, como planejar a sua visita:

Como funcionam os ingressos para Chichén Itzá

A entrada custa 95 pesos mexicanos  (cerca de R$ 29*), mas o governo do estado de Yucatán cobra uma taxa adicional de visitantes estrangeiros no valor de 548 pesos mexicanos (cerca de R$ 168*). Dessa forma, o valor total da visita sai 643 pesos mexicanos (cerca de R$ 198*). 

O site oficial de Chichén Itzá não vende ingressos. Para pagar os valores mencionados acima, é preciso pegar a fila na bilheteria do sítio arqueológico.

Porém, existem várias agências de passeio que vendem os ingressos antecipadamente pela internet, por valores mais altos. Sai mais caro, mas você evita a fila da bilheteria. 

+ A Civitatis vende ingressos antecipados para Chichén Itzá

Se optar por comprar os ingressos na hora, tente chegar em Chichén Itzá um pouco antes das 8h da manhã, quando o sítio arqueológico abre e as filas começam a se formar. 

Continua após a publicidade
Pirâmide de Kukulcán, Chichén Itzá, México
Em Chichén Itzá, nada parece ser mera coincidência (Bárbara Ligero/Viagem e Turismo)

Quais são as principais atrações de Chichén Itzá

O sítio arqueológico de Chichén Itzá é relativamente grande, com ruínas distantes entre si. Por isso, prepare-se para andar bastante, sendo que na maior parte do tempo não há sombra para se proteger do sol. 

Várias agências vendem tours pelo complexo, acompanhados por guias que fornecem informações históricas e curiosidades sobre o funcionamento da antiga cidade maia. 

+ A Civitatis tem passeio guiado por Chichén Itzá (ingresso não incluído)

Quem não reservou o passeio antecipadamente encontra, na entrada do sítio arqueológico, vários guias oferecendo seus serviços em diferentes línguas.

Se preferir fazer a visita por conta própria, ter um roteiro em mente ajuda a evitar caminhadas desnecessárias. Aqui vai uma sugestão considerando as principais atrações do complexo:

Continua após a publicidade

Pirâmide de Kukulcán (ou El Castillo)

Uma das primeiras coisas que você verá ao entrar em Chichén Itzá é a Pirâmide de Kukulcán, também conhecida como El Castillo. A principal construção do complexo, com 30 metros de altura, era um templo dedicado ao deus Quetzalcóatl, a serpente emplumada. Uma curiosidade é que, no equinócio da primavera e do outono, a incidência do sol forma uma sombra na escadaria que lembra o corpo de uma serpente. A sombra se completa com duas esculturas de pedra no formato de cabeças de serpente que ficam na base da escada. Saiba mais sobre o fenômeno aqui.

Pirâmide de Kukulcán, Chichén Itzá, México
Considerando o patamar do topo, Kukulcán possui um total de 365 degraus – a mesma quantidade de dias do ano (Bárbara Ligero/Viagem e Turismo)

Templo das Mil Colunas ou Templo dos Guerreiros

Apesar do que o nome leva a crer, o Templo das Mil Colunas é na verdade um conjunto de 200 colunas de pedra. Observe os desenhos em relevo, que representavam guerreiros. Logo atrás, caminhando mais um pouco, há outro conjunto de colunas que teria sido um mercado.

Templo das Mil Colunas, Chichén Itzá, México
As colunas sustentavam um telhado de material perecível, possivelmente madeira ou palha (Bárbara Ligero/Viagem e Turismo)

Plataforma dos Crânios ou Tzompantli

A plataforma é inteiramente decorada com baixos-relevos de crânios. Acredita-se que a estrutura tenha sido usada para exibir as cabeças de vítimas dos rituais de sacrifícios praticados pelos maias. Bem ao lado há uma outra estrutura de pedra com representações de águias devorando os corações de pessoas.

Tzompantli, Chichen Itza, México
Acredita-se que a plataforma servia para exibir os crânios das vítimas de sacrifícios humanos (Mariordo/Wikimedia Commons)

Jogo de Bola ou El Juego de Pelota

Uma das partes mais interessantes de Chichén Itzá é um campo do chamado “jogo de bola” ou “pok ta pok”, um esporte com conotação ritualística que consistia em tentar passar a bola por aros de pedra posicionados bem alto. A partida quase sempre terminava com os perdedores sendo sacrificados.

Jogo de Bola, Chichén Itzá, México
Haja pontaria para acertar a bola em um aro tão pequeno e distante (Pedro Marcano/Wikimedia Commons)

Templo do Sumo Sacerdote ou Ossuário

Com esculturas de cabeça de serpentes na base da escada, a construção chama atenção pelo fato de ter sido descoberto em seu interior a entrada para um poço com sete tumbas onde foram encontrados restos mortais e oferendas.

Continua após a publicidade
Ossário, Chichén Itzá, México
O Ossuário parece uma miniatura do Templo de Kukulcán (Bárbara Ligero/Viagem e Turismo)

Observatório ou El Caracol

Coroada por uma estrutura redonda e com janelas, a construção servia para observar o céu e demonstra o conhecimento que os maias tinham de astronomia.

El Caracol, Chichén Itzá, México
Observações astronômicas eram feitas pelos maias a partir do El Caracol (Fcb981/Wikimedia Commons)

A Igreja

A construção merece a espiada pela fachada ricamente decorada, de forma simétrica. Teria sido um templo dedicado a Chaac, o deus da chuva.

Igreja, Chichén Itzá, México
A rica decoração da Igreja se destaca entre as demais construções do sítio arqueológico (Bárbara Ligero/Viagem e Turismo)

Cenote Sagrado

Em um canto mais afastado de Chichén Itzá, passando a Pirâmide de Kukulcán e o Jogo de Bola, está o Cenote Sagrado. Como o nome sugere, o poço era sagrado para os maias, que ali realizavam sacrifícios e oferendas. Não é permitido nadar no cenote.

Cenote Sagrado, Chichén Itzá, México
Objetos de ouro, jade e cerâmica, além de restos mortais humanos, foram encontrados no Cenote Sagrado (Bárbara Ligero/Viagem e Turismo)

Como encaixar Chichén Itzá no roteiro de carro

Chichén Itzá fica no estado de Yucatán, cuja capital é Mérida, localizada a 122 km do sítio arqueológico. 

Mas a maior parte dos estrangeiros que visitam Chichén Itzá vem do estado vizinho de Quintana Roo, onde fica Cancún, Playa del Carmen e Tulum

Continua após a publicidade

Tulum é a melhor base para fazer um passeio de bate e volta para Chichén Itzá: são 150 km de distância, contra 185 km de Playa del Carmen e 200 km de Cancún

Seja qual for o ponto de partida, a dica é acordar cedo e ir direto para Chichén Itzá. Tente estar lá um pouco antes da abertura, que é às 8h. Assim, você terá pelo menos uma horinha com o sítio arqueológico mais vazio antes da chegada dos ônibus de excursão.

Dependendo de quanto tempo você passar em Chichén Itzá, dá para considerar fazer algumas paradas no caminho de volta. Da antiga cidade maia, são menos de dez minutos até o cenote Ik-Kil e menos de uma hora até o cenote Suytun. 

Ik-Kil Cenote, Tulum, Riviera Maya, México
O cenote Ik-Kil é um dos mais impressionantes da Riviera Maya (Bárbara Ligero/Viagem e Turismo)

Entre um cenote e outro está a cidade colonial de Valladolid, que pode ser também um bom lugar para comer antes de seguir viagem (praticamente não há restaurantes na estrada).

Para quem está voltando de Chichén Itzá para Tulum, especificamente, existe também a possibilidade de fazer uma parada na Zona Arqueológica de Cobá, que impressiona pela pirâmide de 42 metros de altura, a Nohoch Mul. A estrutura parece estar sendo engolida pela vegetação e é permitido subir pela sua íngreme escadaria. 

Continua após a publicidade
Coba, Riviera Maya, México
É permitido subir a escadaria da Nohoch Mul, em Cobá (Robin Canfield/Unsplash)

Como visitar Chichén Itzá sem carro alugado

Diversas agências de passeio oferecem passeios para Chichén Itzá incluindo transporte a partir de Cancún, Playa del Carmen e Tulum. Na maioria das vezes, o roteiro prevê paradas em cenotes e/ou na cidade de Valladolid.

Também existe a possibilidade de pegar um dos ônibus da ADO, que diariamente fazem o trajeto entre as três cidades e Chichén Itzá.

Nos dois casos, a contrapartida é que você chegará ao sítio arqueológico junto com as multidões.

*R$ 1 = 3,25 pesos mexicanos (consulte a cotação do dia)

Leia tudo sobre o México

Compartilhe essa matéria via:
Publicidade