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Veneza é atingida por maior inundação em 50 anos

Com mais de 85% da cidade afetada pela água, inclusive a Piazza e Basílica San Marco, o clima é de emergência. Até o momento, duas vítimas foram registradas

Por Giovanna Simonetti
Atualizado em 18 fev 2020, 18h02 - Publicado em 13 nov 2019, 18h04
A Piazza San Marco, completamente alagada por conta de da maré alta (Stefano Mazzola/Awakening/Getty Images)
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A cidade de Veneza está quase irreconhecível. O terceiro destino mais visitado da Itália registrou nesta quarta feira, dia 13, a maior inundação dos últimos 50 anos: o nível de água chegou a 1,87 metro de altura. Apenas uma vez na história esse número foi mais alto, em 1966, com 1,94m. 

Autoridades afirmam que 85% da cidade está inundada. A Piazza San Marco ficou submersa em 144 centímetros de água e sua icônica Basílica também foi atingida, com pico de 110 centímetros de alagamento. A preocupação é que a água e o sal possam danificar as colunas, placas de mármore, mosaicos e peças de arte do templo católico que já foi inundado seis vezes em 1.200 anos – quatro delas nos últimos 20 anos. Segundo a polícia municipal, a cripta da Basílica está toda submersa. 

Até o momento, duas pessoas morreram em decorrências das enchentes. Um homem idoso foi eletrocutado ao tentar desligar a energia elétrica de sua casa e as autoridades ainda apuram as circunstâncias da morte da segunda vítima. 

Veneza inundada, Itália
Vários pontos de Veneza foram afetadas pelo alagamento, o maior em 50 anos da cidade (Stefano Mazzola/Awakening/Getty Images)

Os danos podem ser observados por toda Veneza. A circulação dos vaporettos, barcos de transporte público na região, foi limitada e pelo menos 60 embarcações foram danificadas. Muitas lojas, restaurantes e hotéis foram inundados. Passarelas de desembarque de táxis aquáticos foram levadas pela água, linhas de telefone foram danificadas e escolas tiveram as aulas suspensas.

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O prefeito de Veneza, Luigi Brugnaro, disse que irá declarar situação de emergência na cidade e aconselhou as pessoas a ficarem em casa. No Twitter, ele escreveu: “A situação é dramática. Pedimos ajuda ao governo. Os custos vão ser elevados. Este é o resultado das mudanças climáticas”. Ainda na rede social, ele descreveu que a cidade está “de joelhos”. “A Basílica de São Marcos sofreu sérios danos como toda a cidade e as ilhas”, twittou.

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