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Um guia para visitar o Palácio de Versalhes

Por Da Redação
26 fev 2014, 15h00

 

Para ir a Versalhes, qual a melhor época? E qual o melhor jeito de chegar até lá?  Ana Marta de Souza, São Paulo, SP

Para responder a pergunta da Ana, recuperei um pequeno guia que eu fiz com as principais informações para ir a Versalhes. Espero que ajude.

 

QUANDO IR

Mesmo que você tenha poucos dias em Paris, vale reservar pelos menos uma manhã e uma tarde (não vai tomar menos tempo que isso) para conhecer Versalhes. No site oficial www.chateauversailles.fr, há dois gráficos que mostram o fluxo de visitantes. Mas, em resumo, fuja dos finais de semana. Eles podem significar filas enormes para entrar no castelo (que são bem desagradáveis se for inverno e você tiver que esperar horas no frio), uma multidão de gente se amontoando nos aposentos e lotando as mesas na hora do almoço (eu cheguei a comer minha baguete sentada no chão). E é sempre bom chegar cedo.

 

COMO CHEGAR

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De Paris, o melhor jeito é ir de trem ou RER (o trem metropolitano), são cerca de 45 minutos de viagem. Há três opções, que você escolhe dependendo da estação que estiver mais perto de você:

– De trem desde a Gare Montparnasse até a estação Versailles Chantiers;

– De trem desde a Gare Saint Lazare até a estação Versailles Rive Droite;

– De RER, linha C, que para nas estações Versailles Chantiers e Versailles Rive Gauche.

A estação mais próxima do castelo é Versailles Rive Gauche, mas se parar em qualquer uma das outras vai caminhar no máximo 20 minutos para chegar nele.

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No site www.ratp.fr/itineraires você consegue planejar a rota direitinho.

 

PREÇOS

Assim que sair do trem, a multidão vai correr para comprar os ingressos (desde  € 18 para ter acesso completo ao complexo) – dá pra comprar pela internet para evitar essa fila, ou estar com o Paris Museum Pass que já inclui a entrada. Aí você pode seguir direto para a fila na entrada do palácio.

 

O PALÁCIO

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Finalement, Versalhes, o maior símbolo da ostentação da corta francesa através dos séculos. Quando você entra, um circuito com quadros e filminhos conta a história do lugar, que começou como um castelinho qualquer nota de tijolo e pedra, construído por Luís XIII, até que foi transformado a aumentado por seu filho Luís XIV, o Rei Sol, que instalou ali a corte e a sede do governo francês em 1682. No século 18, o palácio foi renovado nos reinados de Luís XV e Luís XVI.

Eu não dispensaria o áudio guia (já incluído no preço da entrada), para não perder pequenos detalhes que ajudam a entender a lógica da construção como um todo e curiosidades do cotidiano da corte – se não, você acaba se distraindo entre os mil flashes da turistada. É legal saber, por exemplo, que o quarto do rei tinha suas janelas voltadas por o leste, de modo que o monarca fosse o primeiro a contemplar o sol nascendo.

O auge da visita é normalmente a gloriosa Galerie des Glaces, ou Sala dos Espelhos. Seus 357 espelhos, que ornam as arcadas, foram colocados ali na época para mostrar que ninguém podia com a França quando se tratava de objetos de luxo. A sala era usada para reuniões importantes e festas, como o baile de máscaras do casamento de Maria Antonieta e Luís XVI, em 1770.

Mas o que me deixou boba mesmo foram os aposentos reais. Não sei se conseguiria dormir sem me sentir ofuscada por tanto dourado do quarto da rainha.

 

Sala dos Espelhos/ Foto: Divulgação
Sala dos Espelhos/ Foto: Divulgação

 

OS JARDINS

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A parte mais gostosa do passeio. Os jardins devem todo seu esplendor a André Le Nôtre, jardineiro do rei Luís XIV que foi responsável por outras joias do paisagismo francês como o Jardim das Tulherias em Paris. Ele demorou cerca de 40 anos pra completar o projeto!

A melhor época pra conhecê-los é sem dúvida o verão e a primavera, quando dá pra passar horas passeando entre os canteiros, e estátuas, deixar o tempo passar nos gramados, admirar as fontes como a de Apolo, com seus cavalos emergindo do espelho d’água.

Cheque o calendário antes de ir para ver os Jardins Musicaux (1/4 a 28/10/2014), quando tocam música, e as Grandes Eaux (5/4 a 26/10/2014), quando fazem um espetáculo de águas nas fontes acompanhando o ritmo das músicas. Há também a versão noturna do evento (21/6/2014 a 13/6/2014), com fogos de artifício.

 

Netuno na Fonte/ Foto: Divulgação

Netuno na Fonte/ Foto: Divulgação

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GRAND E PETIT TRIANON E DOMÍNIOS DE MARIA ANTONIETA

Construído no século 17, o Grand Trianon era a residência de lazer de Luís XIV e sua família. Vale uma passadinha, mas os cômodos não são tão suntuosos. Já o fofo Petit Trianon foi construído em 1774 para Maria Antonieta, que gostava de ficar refugiada ali longe das frescuras da corte de Versalhes. O palacete parece uma casa de boneca, e os jardins são impecáveis.

A caminhada para chegar até lá é bastante agradável por entre grandes árvores – desde que não chova, claro, senão a estrada vira um lamacê só. Mas quem quiser economizar as pernas pode pegar um trenzinho desde € 7,50 que sai a toda hora. Ou ainda alugar uma bicicleta.

 

COMES E BEBES

Lá dentro há um Salon de Thé Angelina, que tem macarrons gostosos, baguetes recheadas e pratos à la carte, tudo bem carinho. Nos jardins há carrinhos de comida e bebida nos jardins, como o La Parmentier de Versailles, que vende baked potatos. Para gastar menos, é sempre uma boa comprar quitutes em Paris e levar para um piquenique nos jardins.

Tudo pronto? Allons-y?

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