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Tortura ou mão na roda?

A Ryanair é a companhia aérea de baixo custo que todos amam odiar. Mas bastam alguns cuidados para que sua viagem seja só love, só love

Por Adriana Setti
Atualizado em 14 dez 2016, 11h55 - Publicado em 18 set 2011, 17h14

Para algumas pessoas, viajar com a companhia aérea mais barata do mundo é uma aventura exótica. Para outras, reclamar dos “absurdos” da Ryanair (e continuar fiel a ela) é um vício. Pois bem, no último mês, viajei três vezes pela lowcost irlandesa. Tortura ou mão na roda? A resposta depende do destino, de quanto se economiza com isso, de seguir à risca as normas xiitas da companhia e, acima de tudo, do seu perfil.

Por que deveria me submeter a voar Ryanair?

A viagem que fiz de Barcelona a Vilnius, na Lituânia, é o grande exemplo. A segunda companhia aérea mais barata que encontrei tinha bilhetes a € 300 ida e volta, com uma escala. Pela Ryanair, saiu por € 125 e o voo era direto, aterrisando em Vilnius. Economia de € 175.

Mas e voar para aeroportos longíssimos das grandes cidades?

No caso de ter que fazer duas viagens de ônibus e mais um voo só para chegar até um destino, vale pensar duas vezes. Acho que só vale se a diferença de preço for muito gritante – e a questão é que muitas vezes é.

Quais são as pegadinhas que deixam as pessoas furiosas?

Você está obrigado a fazer check-in pela internet e imprimir o cartão de embarque, do contrário vai ter de desembolsar € 40. Você só pode embarcar com um volume em mãos de até 10 quilos. Para despachar uma mala de até 15 quilos, você vai desembolsar € 40. Não há lugar marcado. Mas você pode pagar € 5 para ter prioridade de embarque o que dá direito a entrar antes de todos.

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O que, afinal de contas, eu acho de voar Ryanair?

Sim, eles esfregam na sua cara que você pagou barato. Sim, você perde mais tempo com deslocamentos. Sim, eles são intolerantes e se aproveitam de qualquer distração dos passageiros para faturar. Mas se todas essas pequenas coisas fazem a passagem custar três vezes menos do que a mais barata de todas as outras low-cost (e às vezes um décimo das regulares), tô dentro! Por outro lado, entendo perfeitamente que a companhia seja contraindicada para pessoas menos experientes em viagens internacionais.

ADRIANA SETTI está pensando em fazer uma camiseta com os dizeres I love Ryanair, so what?

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