Para ter sucesso, o setor de turismo precisa se adaptar para atender às necessidades específicas de cada pessoa. Este é o conselho de Sérgio Rodrigues Abitia, que foi presidente da Organização Internacional de Turismo Social (Oits) Américas de 2002 e 2005. “Todo turista é um deficiente”, disse o especialista na Abav – Feira de Turismo das Américas, realizada de 24 a 26 de outubro, no Rio de Janeiro.
Abitia observa que a índústria de turismo está focada demais no turismo de massa e se esqueceu de seu objetivo principal, que é atender às pessoas. Segundo o especialista, uma empresa tem um diferencial competitivo se buscar atender a necessidades que não são só econômicas. Na opinião de Abitia, não basta ter o melhor preço, mas dar um sentido pessoal à compra do produto. “Estamos em uma era de consumo diversificado, por isso, o serviço precisa ser personalizado.”
Descanso e diversão são motivos de viagem que já são commodities na indústria de turismo, diz Abitia. “Você vai na internet e compra um pacote de viagem para descansar e se divertir.” Porém, o profissional capaz de oferecer aprendizagem e estética (beleza) ao cliente, terá mais chance de convencê-lo a comprar um produto. “O turismo social alimenta paixões, faz como que o cliente se sinta protagonistas da própria vida. Não se trata apenas de ajudar os pobres, mas fazer com que todos tenham oportunidade de viajar.”
O turismólogo Fernando Malta, também especializado no tema, observa que nem sempre é a falta de dinheiro que leva a pessoa a deixar de viajar. “É preciso tratar da estima das pessoas para que elas percebam que podem viajar. Por isso, o agente de turismo social tem um poder transformador, de formar o público viajante, principalmente no Brasil, onde muitas pessoas estão fazendo sua primeira viagem.”
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