Solar da Marquesa de Santos reabre para visitação neste sábado (19)
Construção no centro de São Paulo, que pertenceu à célebre amante de Dom Pedro I, passou por minuciosa restauração
![(à esq.) Casa da Imagem, Beco do Pinto e Solar da Marquesa, próximos ao Pateo do Collegio e à Praça da Sé, no centro de São Paulo (à esq.) Casa da Imagem, Beco do Pinto e Solar da Marquesa, próximos ao Pateo do Collegio e à Praça da Sé, no centro de São Paulo](https://viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/10/ci-beco-solar-nelson-kon.jpg?quality=90&strip=info&w=919&w=636)
![Móvel exposto no Solar da Marquesa de Santos, no centro de São Paulo Móvel exposto no Solar da Marquesa de Santos, no centro de São Paulo](https://viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/10/moveis-marquesa-de-santos-016-99.jpg?quality=90&strip=info&w=886&w=636)
![Móvel exposto no Solar da Marquesa de Santos, no centro de São Paulo Móvel exposto no Solar da Marquesa de Santos, no centro de São Paulo](https://viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/10/moveis-marquesa-de-santos-042-pi.jpg?quality=90&strip=info&w=876&w=636)
![Fotografia da Avenida Paulista, de Guilherme Gaensly, exposta na Casa da Imagem, no centro de São Paulo Fotografia da Avenida Paulista, de Guilherme Gaensly, exposta na Casa da Imagem, no centro de São Paulo](https://viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/10/ggaensly-av-paulista-acervo-iconografico-smc-divulgacao-exclusiva-da-exposicao-da-casa-da-ima-ct.jpg?quality=90&strip=info&w=779&w=636)
Solar da Marquesa de Santos
Onde: Rua Roberto Simonsen, 136, Centro, São Paulo
Horário de funcionamento: 3ª/dom 9h/17h
Ingresso: gratuito
Mais informações: 11/3105-6118, www.museudacidade.sp.gov.br
Casa da Imagem
Onde: Rua Roberto Simonsen, 136-B, Centro, São Paulo
Horário de funcionamento: 3ª/dom 9h/17h
Ingresso: gratuito
Mais informações: 11/3106-5122, www.museudacidade.sp.gov.br
Após três anos fechado para reformas, o Solar da Marquesa de Santos, casarão próximo ao Pateo do Collegio e à Praça da Sé, no centro de São Paulo, reabre para visitação neste sábado (19). O espaço pertenceu a Domitila de Castro Canto e Mello, a Marquesa de Santos, entre 1834 e 1867. Para a reabertura da bela construção, entra em cartaz a mostra A Marquesa de Santos: uma mulher, um tempo, um lugar, com retratos, pinturas, faqueiro, cama, espelho e outros objetos cedidos pelo Museu Histórico Nacional (RJ), Museu da Casa Brasileira/Fundação Crespi Prado (SP) e Museu Paulista/USP, que pertenceram à ilustre moradora, amante do imperador Dom Pedro I. A exposição também traz trilhas musicais do período e canções que remetem às reuniões sociais da época.
No imóvel ao lado, conhecido como Casa nº 1, passará a funcionar a Casa da Imagem, o novo museu da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, que integra a rede Museu da Cidade, administrada pelo Departamento do Patrimônio Histórico (DPH). O espaço vai reunir um acervo iconográfico preservado, com 750 mil fotografias de São Paulo, 120 delas digitalizadas, disponíveis para pesquisa. A partir da inauguração, o público poderá observar o conjunto de imagens do fotógrafo Guilherme Gaensly, produzidas entre as décadas de 1890 e 1920. Com curadoria de Rubens Fernandes Junior, a mostra fica em cartaz até 8 de abril de 2012.
Entre o Solar da Marquesa de Santos e a Casa da Imagem está o Beco do Pinto, uma passagem utilizada no período colonial para a circulação de pessoas e animais. O local, também restaurado, recebe a obra No Ar, da artista plástica Laura Vinci.
História
A propriedade, que pertenceu à Marquesa de Santos entre 1834 e 1867 e herdada por seu filho, o Comendador Felício Pinto de Mendonça e Castro, foi adquirido em 1880 pela Mitra Diocesana. Nesse período começaram transformações na estrutura e na fachada, que ganhou características neoclássicas. Em 1909, a The São Paulo Gaz Company arrematou o imóvel e ali instalou seu escritório. Mais uma vez, a casa foi modificada e o desenho original do telhado, alterado: paredes de taipa e pilão foram demolidas e um pátio foi aberto na lateral direita do terreno. Em 1967, o imóvel foi desapropriado e passou a pertencer à Prefeitura de São Paulo. De acordo com a Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, o processo de restauração da casa, descaracterizada após sucessivas adaptações, começou em 1991. Na última reforma, que teve início em 2009, foram conservados os amplos ambientes do andar térreo, o pátio, os tetos do pavimento superior, conhecido como Palacete do Carmo, com detalhes dourados nos forros apainelados, pinturas artísticas e pisos assoalhados. A obra, com investimento de R$ 2.401.901,02, foi financiada pelo BID-Banco Interamericano de Desenvolvimento e faz parte do programa Procentro – projeto de revitalização do centro de São Paulo.