Dólar baixo e aumento no número de voos: combinação perfeita para que mais e mais brasileiros escolham destinos no exterior para a próxima viagem. E nós viajamos – e muito. Cartão de crédito em punho, somos o povo que mais consome nos Estados Unidos e na Argentina. De olho nesse mercado em crescimento, alguns países derrubaram uma das principais barreiras que muitas vezes faziam os brasileiros desistirem de ir para um determinado lugar, o visto. Papelada, taxas consulares e o receio de ter a autorização negada (e acabar, por exemplo, com o sonho de dias de relaxamento em praias paradisíacas de St. Barth, com Kate Moss na espreguiçadeira ao lado) faziam com que, entre o Leste europeu e a Rússia, se escolhesse o primeiro. Agora, dá para fazer as duas coisas – e conhecer bem a história de uma região outrora crente nos benefícios do comunismo. Para o México, era preciso até fazer entrevista pessoal no consulado. Agora, basta uma autorização eletrônica retirada pela internet. Por isso, até as companhias aéreas estão expandindo suas rotas. A TAM acaba de anunciar o lançamento até o fim do ano de um voo saindo do aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, para a Cidade do México. Ok, entendemos a mensagem e já invadimos a sua praia. Cancún que o diga.
RÚSSIA
Quando
Desde 7 de junho de 2010 os brasileiros não precisam mais de visto para entrar no país. mas a burocracia interna ainda existe – uma vez na Rússia, é necessário preencher uma autorização até sete dias depois da chegada. Se a hospedagem for em um hotel, o requerimento é preenchido logo no check-in. Se ficar em casa de amigos ou alugar um imóvel, a autorização deve ser retirada nas agências de correios ou em uma delegacia de polícia. A cada ida para outra cidade, é preciso novo documento. Consulte o site Way to Russia (www.waytorussia.net).
O que mudou
O turismo na Rússia tem aumentado em cerca de 30% ao ano. Segundo Sérgio Delduque, da operadora Tchayka, “a queda da exigência do visto não é o principal motivo”, mas sim o interesse dos visitantes pela cultura e por cenários exóticos do país.
O que fazer por lá
As cidades mais turísticas são Moscou e São Petersburgo. Na capital, a Praça Vermelha é visitada por dez entre dez turistas que chegam a Moscou. Lá estão o Kremlin, a Catedral de São Basílio, o mausoléu de Lenin… em São Petersburgo, a Igreja da Ressurreição e o Museu Hermitage (www.hermitagemuseum.org) são imperdíveis.
Quem leva
A Tchayka (11/3097-0737, www.tchayka.com.br) é especialista no destino e opera os roteiros com pessoal próprio. Já a Slavian Tour (21/2547-8514, www.slaviantours.com) trabalha com receptivo local e tem guias que falam espanhol. Se preferir ir por conta própria, a Red October (www.redoctober.ru) faz passeios em São Petersburgo.
MÉXICO
Quando
Em maio de 2010, o visto americano passou a valer para entrar no país. seis meses depois, a exigência caiu de vez e agora os brasileiros só precisam de uma autorização, o SAE, ou Sistema de Autorização Eletrônica (www.consulmex.sre.gob.mx), válida para viagens de até 30 dias. Mas atenção: apenas quem chega ao país com as companhias aéreas Aeroméxico, Taca e Copa é que pode tirar o SAE. Para os demais, o consulado mexicano emite o visto, válido por dez anos.
O que mudou
A iniciativa trouxe resultados para o turismo no país – aliás, foi esse o motivo da mudança na burocracia. Deu certo: Cancún é o destino caribenho mais vendido pela CVC. A empresa tem 20 guias e um ônibus exclusivo no balneário. Serão mais dois até o fim do ano para receber 50% a mais de brasileiros.
O que fazer
Cancún é a queridinha. De lá dá para chegar a Chichén Itzá, Cozumel, Isla Mujeres e Tulum. Do outro lado do país, banhada pelo Pacífico, fica a badalada Los Cabos. O centro da Cidade do México é considerado Patrimônio da Humanidade pela unesco.
Quem leva
O roteiro de 14 noites da Flot (11/4504-4544, www.flot.com.br) custa US$ 3 133. Além da Cidade do México, há visitas a Cancún, Acapulco e às ruínas de Chichén Itzá. Puerto Vallarta é o destino de surfistas. A Nivana (11/3256-1590, www.nivana.com.br) tem pacote de sete noites por US$ 2 531. Em Cancún, o pacote de seis noites da CVC (11/2191-8911, www.cvc.com.br) custa desde US$ 1 719.
ST. MARTIN E ST. BARTH
Quando
Desde agosto de 2009, os brasileiros têm passe livre para entrar em St. Barthélémy e em St. Martin, porção francesa do Caribe.
O que mudou
No caso de St. Martin, quase nada. Como a Coletividade (o nome oficial é Collectivité de Saint-Martin) divide a mesma ilha com St. Maarten, o fluxo de turistas entre as metades francesa e holandesa acontecia livremente. Não era possível, porém, se hospedar nos dois lados. St. Barth, por sua vez, tem poucos visitantes brasileiros – cerca de mil por ano. Mas a ilhota tem pouco mais de 20 km², apenas 16 praias e é frequentada pela modelo Gisele Bündchen.
O que fazer
St. Barth é um dos destinos mais procurados por famosos. Hotéis luxuosos, lojas de grife livres de impostos e restaurantes franceses são os atrativos da ilha, além das praias de mar azul. Ali pertinho, a uma hora de avião, fica St. Martin. Para aproveitar bem os dois lados da ilha, o ideal é alugar um carro.
Quem leva
O roteiro da Designer Tours (11/2181-2900, www.designertours.com.br) sai por € 2 139 e inclui todos os aéreos (com conexão em Miami). A estada no Hotel-Butique Carl Gustaf (www.hotelcarlgustaf.com) é puro luxo: as suítes têm 80 metros quadrados de área, vista para o mar e piscina privativa. Para St. Martin, há a opção de hospedar-se nos dois lados da ilha. No francês, a ADV Tour (11/2167-0633, www.advtour.com.br) tem pacote desde US$ 1 998, com sete noites, para julho. O voo é via Cidade do Panamá pela Copa.
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