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SeaWorld anuncia o fim da procriação das orcas sob seus cuidados

O SeaWorld anunciou que não vai mais procriar as orcas sob os seus cuidados, o que faz com que a geração atual de baleias assassinas seja a última. Esse é um grande passo para a empresa, que tem parques em Orlando, San Diego e outras localidades, e que é famosa principalmente pelos seus shows com animais marinhos […]

Por Natália Grandi
1 abr 2016, 16h21

O SeaWorld anunciou que não vai mais procriar as orcas sob os seus cuidados, o que faz com que a geração atual de baleias assassinas seja a última. Esse é um grande passo para a empresa, que tem parques em Orlando, San Diego e outras localidades, e que é famosa principalmente pelos seus shows com animais marinhos – em especial, com orcas. A companhia tem atualmente 29 orcas, sete delas vivendo em Orlando.

Recentemente, o SeaWorld anunciou que até 2019, os shows teatrais com as orcas deixarão de existir em todos os parques. Ao invés disso, shows mais explicativos sobre o comportamento natural dos animais vão substituir os espetáculos com acrobacias. Ou seja, ainda será possível ver orcas nos parques do SeaWorld por algumas décadas, mas essa decisão é um grande avanço para a causa animal.

Flickr | CC BY-NC-ND 2.0 | emanuele75

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Com toda a publicidade ruim que o documentário Blackfish, lançado em 2013, trouxe para a empresa e com a crescente oposição dos americanos com relação a shows que utilizam animais grandes, o SeaWorld foi cada vez mais pressionado a tomar medidas (é possível assistir ao documentário no Netflix). Dessa preocupação surgiu a parceria com a Humane Society of the United States, uma organização de proteção aos animais que antes era adversária do SeaWorld. A decisão de acabar com a procriação de baleias surgiu dessa união das empresas, bem como uma iniciativa de luta contra a pesca de tubarões para a remoção das barbatanas. Essas medidas custaram US$50 milhões ao SeaWorld.

A empresa não disse se pretende soltar as orcas que eles já têm, mas parece que essa é uma possibilidade. É claro, não dá simplesmente pra soltar esses animais em alto mar depois de anos de confinamento, porque elas provavelmente não saberiam como sobreviver na natureza. É necessário um período de adaptação.

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No anúncio oficial, o SeaWorld disse que a sociedade está mudando, e que a empresa está mudando com ela. Nessa nova fase, utilizar animais para o entretenimento está deixando de ser uma opção. Um SeaWorld sem shows com animais parece fora da realidade, mas, felizmente, está cada vez mais perto de se concretizar.

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