Saiba como o GUIA QUATRO RODAS avalia as hospedagens do Brasil
Veja quais são os critérios utilizados nas avaliações dos hotéis, pousadas, resorts e outras hospedagens
Na versão impressa do GUIA BRASIL 2015, passamos a editar resorts, hotéis, flats, hostels e pousadas em ordem alfabética (e não mais em lista única, do melhor até o mais simples), dentro de seus respectivos níveis de conforto. Quanto maior o bem-estar proporcionado ao hóspede, melhor a sua categoria.
Periodicamente, um repórter de nossa equipe visita o hotel e conhece suas dependências. Ele também pode se hospedar de forma anônima e, nesse caso, sempre paga suas despesas. Na avaliação, anota comentários e dá notas em oito quesitos: quartos, área social, lazer, estrutura, conservação, circulação, localização e serviços. É a soma dos pontos obtidos que determina as categorias das hospedagem, por nível de conforto. São elas: Muito Simples, Simples, Médio Conforto, Confortável, Muito Confortável e Luxo.
Exceções são as listas de hostels e campings, que têm categoria única; e os spas, barcos-hotel e hotéis de selva, publicados apenas com os seus nomes, sem categoria e símbolo gráfico específicos. Não publicamos necessariamente todos os hotéis de uma mesma localidade – identificamos os melhores para o leitor. Veja os símbolos:
Quando um hotel tem serviço muito atencioso, ótima localização, a melhor estrutura para determinado tipo de público ou um valor de diária baixo em relação à qualidade oferecida, conferimos ao estabelecimento o selo Escolha do Guia (veja abaixo).
Em algumas cidades, pode haver hospedagens tradicionais que não fazem parte do GUIA BRASIL. Isso pode se dever a diversos fatores, como relação custo-benefício ruim, má conservação e serviço inadequado – problemas que constatamos ao fazer a visita ou ao nos hospedar anonimamente. Há raros casos de proprietários de hospedagens que discordam dos métodos de classificação e pedem para ter seus estabelecimentos excluídos de nossas publicações – sendo prontamente atendidos caso não mudem de ideia após contato do editor responsável.
TIPOS DE AMBIENTE
Se a hospedagem ou o restaurante está em local integrado à natureza, a classificação de conforto é grafada em vermelho e o tipo de ambiente aparece entre parênteses.
Entenda o que cada tipo significa
- Beira-mar: o estabelecimento é construído sobre um costão ou seus limites são banhados pelo mar (não há faixa de areia).
- Beira-rio: está localizado às margens de um rio. fazenda: Funciona em uma propriedade rural e pode promover atividades típicas de uma fazenda.
- Ilha: não basta estar situado em uma ilha. Hóspedes ou clientes precisam ter a sensação de isolamento.
- Lago: o estabelecimento fica às margens de um lago.
- Represa: o estabelecimento fica às margens de uma represa. praia: A construção está sobre a areia da praia, ou tem acesso direto para a mesma.
- Parque: os clientes precisam ter a sensação de estar dentro de um ambiente arborizado ou ter à disposição uma estrutura de clube esportivo.
- Serra: localizado em uma montanha, com o astral que o lugar oferece: frio, vista panorâmica…
CARTÕES ACEITOS
Cartões de Crédito (Cc):
- A American Express
- D Diners
- E Elo
- H Hipercard
- M Mastercard
- V Visa
Cartões de débito (Cd):
- M Maestro
- R Redeshop
- V Visa Electron
A ausência dessas abreviações indica que o estabelecimento aceita apenas dinheiro (ou dinheiro e cheque).
VISTA PANORÂMICA
O símbolo gráfico é conferido a hospedagens, restaurantes ou atrações cuja maioria dos ambientes tenha vista de 180º para o horizonte.
SELO NOVIDADE
Nas listas de hotéis, restaurantes e atrações, os endereços que não constavam na última edição do GUIA BRASIL entram com o selo de Novidade.
SELO ESCOLHA DO GUIA
É concedido a hotéis, restaurantes, bares e comidinhas. No primeiro caso, além das hospedagens de charme, podem ser contemplados hotéis e pousadas com boa localização e serviço atencioso, por exemplo – independentemente da categoria de conforto. O selo Escolha do Guia pode ser conferido também a restaurantes sem estrelas, bares e comidinhas que se destacam positivamente em aspectos como ambiente, atendimento ou relação custo-benefício.
HOSPEDAGEM DE CHARME
Lugares que oferecem experiências únicas recebem o selo Hospedagem de Charme. A característica mais essencial desses empreendimentos é o serviço, que demonstra uma vontade genuína em receber bem e cativa a memória afetiva dos hóspedes. Mimos surpreendentes (flores no quarto e check-out estendido, por exemplo) e um número reduzido de quartos também ajudam, mas não são fundamentais. Ambientes planejados contam pontos, assim como uma decoração elegante e autêntica.
DIÁRIAS
As tarifas no Brasil estão cada vez mais sujeitas ao fluxo de hóspedes por dia ou semana. Os valores publicados no GUIA BRASIL servem apenas como referência. São tarifas de alta temporada (nos destinos de negócios, as tarifas de segunda a sexta).
Resorts, Hotéis, Pousadas e Flats
Os dois preços publicados referem-se ao quarto mais barato e ao mais caro para um casal, em reais, exceto acomodações especiais, como suíte presidencial. Nas hospedagens que têm casas, vale o menor e o maior valor por unidade. As que dispõem de chalés, o mínimo e o máximo por casal (mesmo que eles acomodem mais de três pessoas).
Hostels
Vale a diária mínima e máxima para uma pessoa em quarto coletivo (qt). Nos lugares com quarto privativo (ap), publicamos a diária mais barata e a mais cara para um casal.
Campings
O valor é único e por pessoa, na própria barraca. Caso caso exista alguma distinção de tarifa, publicamos o mínimo e máximo cobrado por pessoa.
Barcos-hotel, Spas e Hospedagens de Selva
A maioria trabalha só com pacotes. Para facilitar a comparação, publicamos o valor equivalente a uma diária (para casal): dividimos o preço total pelo número de dias oferecido.
HOSPEDAGENS SUSTENTÁVEIS
Alguns estabelecimentos adotam medidas de preservação ambiental e participam de projetos sociais junto à comunidade local. No GUIA BRASIL todos eles vêm destacados com uma folha verde antes do nome – e somam 109 endereços nesta edição.
Para ganhar o selo de Sustentabilidade, as hospedagens devem seguir boa parte das medidas listadas abaixo, elaboradas a partir de parâmetros do Leadership in Energy & Environmental Design (LEED), dos Estados Unidos, e do Green Star Accreditation, da Austrália, certificações que são referências mundiais na avaliação de empreendimentos sustentáveis. A conferência periódica destes quesitos é feita in loco pelos repórteres do GUIA QUATRO RODAS.
Pousada Ronco do Bugio, em Piedade (SP), tem o selo de sustentável
Principais características de um hotel sustentável
- Utiliza lâmpadas fluorescentes, em vez de incandescentes, para economizar energia
- Os chuveiros e vasos sanitários funcionam com baixo fluxo de água, para evitar o desperdício
- Em substituição a embalagens descartáveis, há recipientes fixos para xampu, condicionador e sabonete nos banheiros
- Usa equipamentos eletroeletrônicos com baixo consumo de energia
- Os objetos que decoram os ambientes, entre eles carpetes, cortinas e luminárias, são feitos com material reciclado
- A construção tem madeira de origem certificada (de reflorestamento), azulejos ou pisos reciclados
- Adota o sistema de energia solar ou eólica, mesmo que seja para alimentar apenas parte das tomadas
- Reaproveita o lixo orgânico como adubo – em alguns casos, há até uma estação de tratamento e compostagem no terreno
- Promove o tratamento de esgoto
- Reaproveita a água da chuva na lavanderia, na piscina e na irrigação dos jardins
- Tem sistema de reciclagem de lixo, mesmo que seja terceirizado
- O sistema para abertura das portas dos quartos funciona com um cartão-chave que ativa o controle de luz e regula a temperatura do ambiente. Em alguns casos, há sensores liga-desliga
- O projeto arquitetônico aproveita a iluminação natural, com paredes envidraçadas e ambientes abertos e bem-ventilados, dispensando (quando possível) a luz artificial e o ar-condicionado
- Os funcionários são treinados para praticar as medidas sustentáveis – desde o gerente até as camareiras. Eles também têm a função de explicar ao hóspede por que o hotel adotou tais normas
- Investe na comunidade local: contrata e treina os moradores das redondezas, aplica parte do lucro na capacitação dos empregados, patrocina projetos sociais do entorno e incentiva os hóspedes a colaborar com tais iniciativas
- O hóspede escolhe se prefere não ter as toalhas e os lençóis trocados diariamente – e, assim, ajudar na economia de água e também de produtos químicos
- Utiliza alimentos produzidos na região – muitas vezes, orgânicos – para compor o cardápio de seu restaurante
Leia mais:
Como o Guia Quatro Rodas classifica as atrações no Brasil?
Entenda como a equipe do GUIA QUATRO RODAS testa restaurantes
Especial: 50 anos do GUIA QUATRO RODAS