Rio de Janeiro Imperial: 9 lugares históricos da Cidade Maravilhosa
O Rio foi cenário importante para a história e independência do Brasil

Por muito tempo conhecido como a Ilha dos Ratos, a Ilha Fiscal ficou famosa por ser cenário do “Último Baile do Império”, que aconteceu poucos dias antes da Proclamação da República. Não só este, mas outros importantes fatos históricos se passaram ali. A ilha foi transferida para a Marinha em 1914 e, desde então, faz parte do Complexo Cultural do Serviço de Documentação da Marinha. O castelo é aberto à visitação e conta com três exposições permanentes, uma delas com a história do local e sua importância no século XIX (PATRICIA BROMIRSK.)

Foi fundado em 1808 por D. João VI e, na época, chamado de Jardim de Aclimação — por ter como objetivo a adaptação de espécies trazidas das Índias Orientais. O local teve vários nomes até ser chamado de Jardim Botânico. Desde 1822 é aberto ao público e já recebeu a visita de importantes nomes como Einstein e a Rainha Elisabeth II do Reino Unido (Fernando Lemos/Reprodução)

Em 1670 ela era apenas uma pequena capela no topo do Outeiro, no bairro da Glória. Ao longe já podia ser avistada pelos navegantes que chegavam à baía de Guanabara. A construção de um templo maior foi finalizada em 1739. Mais tarde, em 1808, a Igreja Nossa Senhora da Glória do Outeiro ganhou grande importância com a chegada da corte portuguesa. Em 1819, a princesa Maria da Glória, neta de D. João VI, foi batizada ali e a partir daí todos os membros da família Bragança foram consagrados no templo. Atualmente, as missas acontecem aos domingos, às 9h e às 11h
(Pedro Kirilos / RIOTUR)

Criado por D. João VI, em 1818 e situado no palácio onde vivia a Família Imperial do Brasil, o Museu Nacional é a instituição cientifica mais antiga do país e uma das principais de história natural e antropológica da América Latina. Atualmente o museu integra a estrutura acadêmica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Fernando Lemos)

Depois de anos de desmatamento e plantações, principalmente de café, a área começou a ser reflorestada no século XIX, a mando de D. Pedro II, em 1861. Em 13 anos, a Floresta da Tijuca teve 100 mil mudas plantadas, com a coordenação do Major Gomes Archer, o primeiro administrador. O replantio foi feito com espécies majoritariamente do Ecossistema da Mata Atlântica. Mais tarde, e sob administração do Barão d’Escragnolle, foram introduzidas mais 30 mil mudas e ele transformou o lugar numa grande área de lazer — com um parque para o público, pontes, fontes e um projeto de paisagismo do francês Augusto Glaziou. Muitas outras transformações e revitalizações aconteceram com o passar dos anos e alguns atrativos merecem ser visitados pelos turistas como a Vista Chinesa (foto), a Cascatinha, a Capela Mayrink, o Mirante Excelsior, o Barracão, a Gruta Paulo e Virgínia, o Lago das Fadas e o Açude da Solidão (Riotur)

O parque fazia parte do Paço São Cristovão, para onde a família de imperadores do Brasil se mudou quando deixou o Paço Imperial, no centro do Rio de Janeiro. Com 155 mil metros quadrados, a Quinta da Boa Vista é repleta de árvores, lagos, grutas, jardins e foi projetada pelo paisagista francês Auguste Glaziou, em 1869. Hoje, o parque é um local de lazer dos cariocas e conta com o Jardim Zoológico do Rio de Janeiro (Fernando Lemos)

Na época chamado de Paço Real, o lugar foi a primeira residência da Família Imperial do Brasil, de 1808 a 1822. Mesmo depois da mudança da família para a Quinta da Boa Vista, o casarão permaneceu como sede do governo, local dos despachos e recepções oficiais. Com a Independência do Brasil, em 1822, passou a ser chamado de Paço Imperial e ficou marcado por sediar importantes acontecimentos como a aclamação de dois imperadores, D. Pedro I e D. Pedro II, o Dia do Fico (9 de janeiro de 1822) e a assinatura da Lei Áurea, pela Princesa Isabel, que aboliu a escravatura no Brasil (13 de maio de 1888). Em 1985 transformou-se num centro cultural e hoje tem exposições, peças teatrais, concertos, seminários e conferências de diversos assuntosOnde: Praça XV de Novembro, 48, Centro, Rio de JaneiroQuando: segunda a sexta-feira, das 9h às 18h (Patricia Bromirsk)

A cidade do Rio de Janeiro tem importância ímpar na história do Brasil e suas marcas continuam inconfundíveis em seu cenário urbano. Foi aqui que, em 1808, a família real portuguesa se instalou, fugindo das tropas de Napoleão Bonaparte, tornando-a capital do reino. Menos de duas décadas mais tarde, foi aqui que Dom Pedro I seria coroado imperador do Brasil, após declarar a independência do país no 7 de setembro de 1822.
Lugares como o Paço Imperial, onde D. Pedro I foi consagrado imperador, a Ilha Fiscal, a Quinta da Boa Vista e a Igreja Nossa Senhora da Glória foram cenários de eventos que marcaram a momentos importantes do curto período imperial, até a proclamação da República, em 1889. Confira nossa seleção e volte um pouco no tempo para seguir os passos de Dom João VI, Dom Pedro II e outros personagens que marcam a história do Rio de Janeiro imperial.
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