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Pergunte à Cris – VT 175

Parque Nacional de Banff, no Canadá, Havana, Noronha em um dia e na temporada menos cara

Por Cris Capuano
Atualizado em 5 jul 2021, 15h04 - Publicado em 12 set 2011, 12h36

Somos três casais na faixa de 50 anos e pretendemos conhecer a região de Banff, no Canadá, no mês de maio. Que atrações você sugere? – José Inácio Pereira da Rocha, Sorocaba, SP

O Parque Nacional de Banff abriga a famosa estação de esqui de mesmo nome, mas as pistas já estão fechadas em maio. Agora, se a intenção é caminhar ou observar a vida selvagem das Rochosas canadenses (com alces, veados e ursos), esta é uma boa época: a alta temporada está apenas começando. Há trilhas para lagos lindos, como o Moari e o Louise, a 60 quilômetros de Banff. E animação de sobra em pubs, cafés e mais de 100 restaurantes, como o Maple Leaf (137 Banff Avenue, 403/760-7680, www.banffmapleleaf.com), que serve frutos do mar e tem uma curiosa decoração feita de sapatos de neve. Nos arredores da cidade, o Bison Mountain Bistrô (211 Bear Street, 403/762-5550, Bison) serve o que eles chamam de “comfort food de montanha”: o bisão grelhado é um dos mais pedidos. Dá para se hospedar em hotéis sofisticados, como o Fairmont Banff Springs (1-800/257-7544, www.fairmont.com/banffsprings), que fica dentro de um castelo e aceita turistas de um dia em seu spa (por US$ 93). Em uma jacuzzi com vista para as Rochosas, ninguém vai sentir falta da neve.

Vou a Cuba em agosto, mas o pacote que eu fechei inclui apenas um dia em Havana. Não é pouco tempo? – Cassiana Souza, Rio de Janeiro, RJ

É pouco, Cassiana. Ainda mais porque, com o tempo, Havana corre o risco de perder um pouco do seu espírito revolucionário e ficar mais parecida com outros destinos do Caribe. Negocie com a operadora pedindo noites extras. Se não der, use esse único dia para conhecer o bairro histórico de Habana Vieja, tirar a clássica foto do Che Guevara estampado no prédio do Ministério do Interior e caminhar pelo Malecón, a avenida à beira-mar, no fim de tarde. À noite, assista a qualquer espetáculo no Gran Teatro García Lorca – se for de jazz cubano, perfeito. Não deixe de tomar um mojito e comer boa comida creole na Bodeguita del Medio (Calle Empedrado, 207, 53-7/867- 1374; Cc: M, V). Se ainda sobrar tempo, visite o Museu de Bellas Artes e a antiga casa de Ernest Hemingway. Para agilizar o seu dia, circule de coco-táxi, um triciclo feito de fibra de vidro. Você não terá tempo suficiente para explorar as riquezas de Havana. Mas vai sentir o gostinho.

Vou viajar com o meu marido e um casal de amigos para a Europa. Cada um tem uma opinião diferente sobre o roteiro e os meios de transporte. Como conciliar? – Catharina Hungria, Itapetininga, SP

Organizar uma viagem em grupo requer muito planejamento. Para começar, vocês precisam definir o objetivo da viagem. O primeiro erro é querer conhecer tudo de uma vez: troque a maratona de cinco países por um roteiro que contemple melhor cada destino e não inclua deslocamentos absurdos. Uma ideia divertida é propor que cada um faça a sua lista de países e expectativas (lugares românticos, programas culturais, arquitetura). Então, tente montar o quebra-cabeça encontrando os pontos comuns. É importante que fique bem claro o quanto cada um pretende gastar. Aproveite a turma para economizar: dividida por quatro, a corrida do táxi sai mais em conta; alugar um apartamento de dois quartos é bem mais barato do que ficar em hotel. Em relação aos meios de transporte, vocês podem seguir uma regrinha básica: trechos longos de avião, curtos de trem. Se puder, evitem as low-cost, que cobram taxas altas por excesso de bagagem e saem de aeroportos distantes.

Faço aniversário de casamento e gostaria de comemorar com uma viagem. Meu marido mergulha e é louco para conhecer Fernando de Noronha. Dá para escapar dos preços altos? – Marilu Hoffman, Blumenau, SC

Vocês não escaparão da taxa ambiental (R$ 237 para sete dias). Mas há, sim, alguns truques para economizar, a começar pela data do embarque. Setembro é o mês perfeito: o mar ainda está calmo para mergulho, as chuvas já passaram e os preços são de baixa temporada. Dá para pagar menos nos hotéis que funcionam em casas de nativos adaptadas, como a Pousada da Bel (Floresta Nova, 81/3619-1102, www.pousadadabel-fn.com.br; diárias desde R$ 160). Circular a pé ou de microônibus (R$ 3,10) é uma boa pedida: a estrada que corta a ilha tem apenas 7 quilômetros e o aluguel de bugue custa R$ 120 por dia. Alguns passeios, como o da Baía dos Golfinhos, podem ser feitos de graça, sem guia. Leve na bagagem máscara, snorkel e roupa própria para mergulho (o aluguel custa R$ 20 por dia). E almoce em restaurantes por quilo, como o Flamboyant (Vila dos Remédios, 81/3619-1510).

 

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