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Pergunte à Cris – VT 173

Israel, Cairo, Senegal, Florianópolis, Argentina e o funcionamento de stopover: a Cris tira suas dúvidas

Por Cris Capuano
Atualizado em 6 jul 2021, 18h28 - Publicado em 8 set 2011, 15h04

Em junho, embarco pela Turkish Airways até Istambul e, depois da parada estratégica, visito Israel (pela parte religiosa), o Cairo e a Ilha de Gorée, no Senegal. Tem dicas de albergues e hotéis baratos? – Patricia Monteiro, São Paulo (SP)

Será uma grande viagem, Patricia. Mas não faça de Istambul apenas uma parada: a cidade é pulsante, e o clima, amigável no Agora Hostel (90-212/458-5547, www.agoraguesthouse.com; diárias desde € 13). Em Jerusalém, o Al Hashimi (972-54/547-4189, www.hashimihotel.com; diárias desde € 20) fica na Cidade Antiga mas tem regras severas (não pode beber nem fumar no hotel, por exemplo). A uma hora de ônibus, na moderna Tel- Aviv, o albergue Hayarkon (972-3/516-8989, www.hayarkon48.com; diárias desde € 18) já é outra história. No Cairo, a maior chateação será com o assédio: aos milhares de vendedores, diga “La shukram” (Não, obrigada) como um mantra. Aqui, eu daria uma folga dos albergues me hospedando no Talisman (202-2/393-9431, www.talisman-hotel.com; diárias desde € 80). O assédio também será pesado em Gorée, mas ela é bonita e um ponto histórico das rotas de escravos, a 20 minutos de ferry-boat de Dacar. Vale a pena ficar na ilha, na Hostellerie du Chevalier de Boufflers (221-33/822-5364; diárias desde € 36), em vez de Dacar, suja e caótica.

Vou para Florianópolis em março com minha esposa. Já não sou um garotão de praia (tenho 52 anos): penso em ir de avião e locar um veículo com ar-condicionado. Quanto vou gastar para passar uma semana? – Carlos Alberto, São Paulo, SP

Não vai pagar tão mais caro por isso, Alberto. Depois do Carnaval e até maio, Florianópolis fica ótima: não tem trânsito, ainda dá praia e os preços caem. Comprando com um mês de antecedência, há passagens desde 200 reais, ida e volta, por companhias barateiras como a Azul (3003-2985, www.voeazul.com.br) – nesse caso, você deve estar disposto a gastar mais tempo para chegar a Campinas do que para chegar lá (Floripa está a uma hora de avião de São Paulo). Na ilha, locadoras pequenas como a Le Mans (48/3222-9999, www.lemansfloripa.com.br) cobram desde 70 reais pela diária do carro com ar e quilometragem livre. Eles ainda entregam o carro na pousada e vêm buscar sem cobrar taxas.

Gostamos muito da Argentina: estivemos várias vezes em Buenos Aires e já visitamos quatro vezes a Patagônia. Agora, percorreremos em 15 dias o noroeste da Argentina. Você pode nos sugerir o roteiro? – Lúcia Piazza, Curitiba, PR

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Se vai fazer de carro, o ideal seria desembarcar na província de Tucumán e devolvê-lo em Jujuy. Da cidade de Tucumán, vocês desceriam até a romântica Cafayate, famosa pelo vinho branco que produz. Dois ou três dias – e algumas empanadas no Doña Salta (Calle Córdoba, 46, 54-387/432-1921, www.donasalta.com.ar; 12h/20h) – são suficientes para Salta, a cidade colonial que concentra mais de 100 agências que fazem passeios pela região. Reserve mais um dia para o Trem das Nuvens (54-387/422-3033, www.ecotren.com; abr./nov.; US$ 140), que sobe em 15 horas até o Viaduto La Polvorilla, a 4 220 metros de altitude. A viagem de carro desce pela cênica Estrada Antiga para San Salvador de Jujuy e, depois, chega a Purmamarca, 60 quilômetros adiante, sede do Cerro de las Siete Colores. O próximo destino seria Tilcara e o sítio arqueológico Pucará, em uma paisagem de cactos milenares gigantes. E então para a Quebrada de Humahuaca, um dos lindos cânions desse roteiro, formado por água de degelo dos Andes. A cidade fica a 245 quilômetros de Salta.

Meu marido e eu gostaríamos de fazer uma viagem para Nova York, Orlando e Miami. Um amigo sugeriu uma companhia que possuísse stopover. Como funciona? – Carolina Moro, Caxias do Sul, RS

Stopover é uma escala voluntária, solicitada pelo passageiro. Paradas de mais de quatro horas (em voos domésticos) ou de mais de 24 horas (em internacionais) já recebem esse nome das companhias aéreas. É uma boa para quem quer fazer uma viagem como a sua, Carolina. Nesse caso, a passagem é desdobrada, com saída da aeronave, novo embarque e novo pagamento de taxas. Há pegadinhas. Tarifas promocionais não costumam aceitar ou permitem apenas um stopover. Ou seja, tem que fazer a reserva com muita antecedência para conseguir combinar as paradas. Fiz uma simulação para você entender. Na American Airlines (0300-7897778, www.aa.com.br), encontrei uma passagem para Nova York que aceitou as duas escalas (quatro dias em Miami e três em Orlando) sem cobrar nada mais, fora taxas. No mesmo dia, pesquisei a passagem mais barata de Porto Alegre apenas para Nova York: era da TAM (0800-5705700, www.tam.com.br) e custava 200 dólares a menos.

 

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