Visitar um museu é como fazer uma viagem a outros destinos, em outros tempos. Mergulha-se numa época em que os costumes, os deuses e as vestimentas eram outras, que a própria arte era distinta. Em cada metrópole europeia encontra-se uma dessas máquinas do tempo, algumas singelas, como uma pequena coleção de objetos da comunidade local, outros extensos como o Hermitage, de São Petersburgo.
Uma hora estamos encarando as pinceladas sutis e delicadas, o sfumato de da Vinci, e de repente, na ala seguinte, estão as espátulas furiosas de Van Gogh. Em um dia admiramos tesouros arqueológicos da Suméria e do Egito e na esquina seguinte podemos apreciar as curvas contemporâneas de Richard Serra ou Damien Hirst. Isso sem falar dos próprios edifícios, obras de arte assinadas por ganhadores do prestigiado Prêmio Pritzker de Arquitetura como Zaha Hadid, I. M. Pei, Frank Gehry e Jean Nouvel.
Veja na galeria alguns dos melhores museus da Europa. Faltou espaço, mas vale a pena citar os que ficaram de fora: o Museu Calouste Gulbekian, em Lisboa, o Rijksmuseum e o Van Gogh, em Amsterdã e o Thyssen-Bornemisza, de Madri.
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1. Kunsthistorischesmuseum
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1/15 (C1815 Wikimedia Commons)
Onde: Viena, Áustria. Por que ir? Viena conta com maravilhosos museus como o Albertina, mas o Museu de História da Arte é uma verdadeira overdose de grandes mestres. Alguns não são tão conhecidos do grande público, como Pieter Brueghel, o Velho, mas a sala dedicada a ele é de atroz encanto, tanto pela composição de seus quadros como pelas cores adotadas. Destaques: a sala com obras de Pieter Brueghel, o Velho, incluindo A Torre de Babel, e O Estúdio do Artista, de Johannes Vermeer. -
2. British Museum
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2/15 (Peter Macdiarmid/Getty Images)
Onde: Londres, Inglaterra. Por que ir? Tesouros arqueológicos de todo o mundo, fruto do poderio militar, intelectual e mercantil do Império Britânico, foram sendo reunidos nesta imensa coleção. Uma tremenda lição de história, do Egito Antigo a tempos bem mais modernos, passando por Roma e tesouros do Oriente. Destaques: a Pedra Rosetta e a os mármores Elgin, do Parthenon. Mais: British Museum. -
3. Museu da Acrópole
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3/15 (Maarten Dirkse/Wikimedia Commons)
Onde: Atenas, Grécia. Por que ir? Ao longo dos séculos 18, 19 e 20, potências imperialistas como França, Alemanha e Inglaterra forniram seus principais museus com tesouros garimpados em todo o Oriente. As fontes nem sempre eram legais: compras suspeitas, pressões políticas ou pura pilhagem. Nas últimas décadas, porém, nações como Irã, Turquia, Egito e Grécia vêm engrossando antigas reivindicações de ter seus bens históricos repatriados. O alvo? Importantes museus da Europa Ocidental. A resposta? Vocês não têm condição de tomar conta dessas preciosidades. Esta até que era uma boa resposta, lembrando-se que o Museu do Cairo é o pior melhor museu do mundo, tal o pandemônio que reina em suas galerias. O Museu da Acrópole é uma das primeiras mostras de que estas nações estão aptas a receber os bens que de fato lhes pertencem. A não ser que a crise afete esses clamores. Destaques: os mármores retirados do Parthenon. O resto está na Inglaterra. -
4. Museus do Vaticano
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4/15 (Sebastian Bergman CC)
Onde: Roma, Itália. Por que ir? É a maior concentração de obras do Renascimento Italiano, não só em artes plásticas, mas também em arquitetura, engenharia e artes decorativas, com passagens obrigatórias pela Capela Sistina e a Galeria de Mapas. Destaques: A Criação de Adão, de Michelangelo, e A Escola de Atenas, de Rafael. Mais: Museus do Vaticano. -
5. Liverpool Museums
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5/15 (Jimmedia CC/Reprodução)
Onde: Liverpool, Reino Unido. Por que ir? Quando Liverpool é mencionada, a primeira coisa que nos vêm à cabeça são aqueles quatro simpáticos rapazes. Muito além do legado dos Fab Four, esta histórica cidade portuária possui uma série de fabulosos museus, como o da Escravidão, o World e o Marítimo. Exposições temporárias atraentes e ótima curadoria completam o pacote. Destaques: a arquitetura envolvente da região portuária e a movimentada agenda de exposições. -
6. Galleria degli Uffizi
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6/15 (Chris Wee/Wikimedia Commons)
Onde: Florença, Itália. Por que ir? Ficar frente a frente com as obras dos mestres do Renascimento é uma silenciosa e emocionante lição de história da arte, do desenvolvimento da perspectiva e do maneirismo. Destaques: O Nascimento de Vênus, de Sandro Botticelli, e A Anunciação, de Leonardo da Vinci. Mais: Galeria degli Uffizi. -
7. Mauritshuis
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7/15 (Divulgação)
Onde: Haia, Holanda. Por que ir? Todos os turistas que se aventuram por Amsterdã se derretem com as obras-primas do Rijksmuseum e do Van Gogh, esquecendo-se do pequeno, mas preciosíssimo acervo guardado na casa que pertenceu a Maurício de Nassau. Localizado em Haia, a cidade da rainha, vale pelas grandes obras e por um pouco da história comum entre Brasil e Holanda. Destaques: A Garota com Brinco de Pérola, de Johannes Vermeer, e A Lição de Anatomia do Dr. Tulp, de Rembrandt van Rijn. Mais: Mauritshuis, Haia. -
8. Pergamonmuseum
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8/15 (Jan Mehlich/Wikimedia Commons)
Onde: Berlim, Alemanha. Por que ir? Dentre todas as instituições da Ilha dos Museus, o Pergamon é o mais suntuoso, contando de forma retumbante a história dos Orientes Próximo e Médio. Melhor que isso, só indo para Bagdá. Ou seja, é melhor ficar na Alemanha. Destaques: O Altar Pergamon e As Portas de Ishtar. -
9. Maxxi
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9/15 (Letizia Barbi/CC/Reprodução)
Onde: Roma, Itália. Por que ir? As sensuais linhas da ganhadora do prestigiado prêmio Pritzker de arquitetura, Zaha Hadid, são um bem-vindo choque de modernidade em meio às veneráveis ruínas e história da Cidade Eterna. O Museo Nazionale delle Arti del XXI Secolo não tem um acervo espetacular, mas, neste caso, isto é apenas um detalhe. Destaque: o prédio. -
10. Museu do Prado
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10/15 (Divulgação)
Onde: Madri, Espanha. Por que ir? Entre os séculos 15 e 17 o poderio naval da Espanha lhe garantiu acesso a riquezas infinitas do Novo Mundo, produzindo um legado artístico de valor igualmente sem paralelo. Diego Velásquez é o expoente máximo dessa vertente, mas também vem acompanhado de outros mestres ibéricos, de outros períodos, como Goya e El Greco. Destaque: As Meninas, de Diego Velasquez. Mais: Museu do Prado. -
11. National Gallery
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11/15 (Peter MacDiarmid/Getty Images)
Onde: Londres, Reino Unido. Por que ir? Já mencionando que a entrada é grátis, a National Gallery é um verdadeiro quem é quem do mundo das artes: Leonardo da Vinci, Vincent Van Gogh, Diego Velásquez, Rafael, Ticiano, Caravaggio, Botticelli e muito mais. E estes nem são os destaque da coleção... Vale a pena conhecer também o National Portrait Gallery, dando a volta pelo quarteirão. Destaques: As Bodas do Casal Arnolfini, de Jan van Eyck, A Batalha de San Romano, de Paolo Uccello, e The Fighting Temeraire, de Turner. -
12. Hermitage
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12/15 (Sean Gallup / Getty Images)
Onde: São Petersburgo, Rússia. Por que ir? A história da gênese da capital de Pedro, o Grande, já valeu a produção de filmes e livros. A mirabolante trajetória do Hermitage, de residência de czares à maior pinacoteca do planeta, valeria outras narrativas. Tão completo e variado é seu vasto acervo, composto de cerca de 3 milhões de itens espalhados em seis magníficos edifícios, que ele só seria comparável ao Metropolitan, de Nova York, ao Louvre, de Paris, e ao complexo de museus de Washington. Destaques: de Matisse à arte clássica grega, simplesmente impossível citar algo que se sobressaia ao resto. -
13. Guggenheim
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13/15 (Iker Merodio CC)
Onde: Bilbao, País Basco, Espanha. Por que ir? Talvez haja algo de errado quando a parte exterior de um museu chama mais atenção do que o seu conteúdo. No caso do Guggenheim de Bilbao, ninguém reclama disso. Quando você se fartar de tirar fotos das complexas estruturas de Frank Gehry, talvez arranje tempo para conhecer o bem azeitado acervo que conta com obras dos badalados Richard Serra, Willem de Kooning e Mark Rothko. Destaques: The Matter of Time, de Serra, e o próprio edifício com placas de titânio. -
14. Museu d'Orsay
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14/15 (Divulgação/Divulgação)
Onde: Paris, França. Por que ir? É a maior e melhor coleção de impressionistas do planeta, contando com obras de grandes mestres do modernismo como Vincent van Gogh, Édouard Manet, Paul Cézanne, Claude Monet e Paul Gauguin. A adaptação da antiga estação ferroviária em museu também é digna de nota. Destaques: Olympia, de Manet, e Bal du Moulin de Galette, de Renoir. Mais: Museu d'Orsay. -
15. Museu do Louvre
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15/15 (Yves Forestier/Stinger/Getty Images)
Onde: Paris, França. Por que ir? Fora os loucos por escultura helênica, por Código da Vinci, pela arquitetura de Ieoh Ming Pei e por Paris, sim, ainda há muito o que ver por aqui. Se o visitante ficasse 30 segundos em frente de cada peça exposta no Louvre, ainda assim levaria anos para completar o roteiro. Portanto, faça uma boa seleção para evitar exaustão. Destaques: A Vênus de Milo, A Vitória de Samotracia e Mona Lisa, de Leonardo da Vinci.