Os melhores endereços no Canal Saint-Martin, em Paris

O antes esquecido Canal Saint-Martin se tornou uma das regiões mais procuradas de Paris. Moderninha, descolada, cosmopolita, feliz, o difícil é não cair de amores

Por Carol Vaisman
30 Maio 2016, 18h48

**1/13** Encomendado por Napoleão Bonaparte em 1802 para que água limpa fosse levada à área central de Paris (e assim se evitassem doenças como cólera e disenteria), o canal só ficou pronto em 1825, quatro anos após a morte de seu idealizador. Estende-se por 4,5 quilômetros, tem nove comportas e duas pontes giratórias e liga o Canal de L’Ourcq ao Rio Sena, passando subterraneamente pela Bastilha - antes prisão, hoje praça com a Coluna de Julho no centro. Quando foi inaugurado, o canal serviu principalmente para o transporte de mercadorias, como comida e materiais para a construção civil. Nesse começo, os barcos zarpavam do lago artificial Bassin de la Villette (de onde saía a água limpa) rumo à Bastilha. Hoje os barquinhos de turistas fazem o trajeto oposto - o embarque rumo ao bairro bobô é feito na Bastilha. *(Gardel Bertrand/AFP/Reprodução)*

**2/13** O canal é em si a grande vedete: em torno dele ficam os bares, restaurantes, boulangeries, pâtisseries, lojas e hotéis bacanas. É também às margens dele que os parisienses sentam nos fins de semana pra pegar um solzinho, fazer um piquenique ou assistir às eclusas se abrirem para a passagem dos barquinhos cheios de turistas, que ficam dando tchauzinho - e sendo correspondidos. Inverno ou verão, basta um dia de sol para que o lugar se encha de vida. *(Reprodução/Reprodução)*

**3/13** A pé, saindo no metrô République, a melhor opção para quem quer desbravar a região é chegar até o canal pela Rue Beaurepaire. Mal comparando com o Sena, as margens droite (direita) e gauche (esquerda) são, respectivamente, o Quai de Jemmapes e o Quai de Valmy, para quem sobe em direção a La Villette. São vias apinhadas de coisas legais e por onde se chega a ruas com coisas mais legais ainda. *(Reprodução/Reprodução)*

Com todas as mudanças da última década, o bairro abriga alguns dos principais restaurantes do bistronomique - movimento que busca unir a culinária francesa dos bistrôs a preços acessíveis e a um ambiente informal. Por ali, um dos principais representantes dessa révolution é o <a href="https://www.lechateaubriand.net/" target="_blank" rel="noopener">Le Chateaubriand</a>, do chef Inaki Aizpitarte, que aparece em 21º lugar no ranking de 2015 da revista inglesa Restaurant e que serve um menu degustação por € 70. Do outro lado do canal, outra boa opção bistronomique é o <a href="https://www.lesvinaigriers.fr/" target="_blank" rel="noopener">Les Vinaigriers</a>. O jovem casal de donos manteve a antiga fachada em estilo normando e, do lado de dentro, optou por dar um ar mais modernão, sem frescuras. Comandado pelo casal, que também faz as vezes de garçons, o restaurante tem preços mais acessíveis no cardápio: pratos na faixa de € 30. — **4/13** Com todas as mudanças da última década, o bairro abriga alguns dos principais restaurantes do bistronomique - movimento que busca unir a culinária francesa dos bistrôs a preços acessíveis e a um ambiente informal. Por ali, um dos principais representantes dessa révolution é o Le Chateaubriand, do chef Inaki Aizpitarte, que aparece em 21º lugar no ranking de 2015 da revista inglesa Restaurant e que serve um menu degustação por € 70. Do outro lado do canal, outra boa opção bistronomique é o Les Vinaigriers. O jovem casal de donos manteve a antiga fachada em estilo normando e, do lado de dentro, optou por dar um ar mais modernão, sem frescuras. Comandado pelo casal, que também faz as vezes de garçons, o restaurante tem preços mais acessíveis no cardápio: pratos na faixa de € 30. *(Reprodução/Reprodução)*

O quadrilátero entre a Rue des Vinaigriers e a Legouvé é um point dentro do point. Com diversos restaurantes de vários perfis, as duas ruas concentram o que existe de mais cosmopolita no bairro, juntando o que há de bom da terra de Asterix com a dos romanos. Aberta no fim de 2013, a <a href="https://www.liberte-paris.com/pages/vinaigriers" target="_blank" rel="noopener">Liberté Pâtisserie</a> vive lotada, com filas que vão do balcão à porta. O estabelecimento é uma parceria dos sócios Mickael Benichou e do estrelado chef Benoît Castel, que já esteve à frente dos classicões Hélène Darroze e La Grande Epicerie. A tarte à la creme, o financier de pistache recheado com framboesa e o financier simples são um delírio de tão bons. A decoração é clean e moderna, com funcionários simpaticíssimos - e que falam inglês! “Não abrimos mão dos tradicionais pães e doces, que são instituições francesas, mas demos um toque mais moderno”, explica Castel. — **5/13** O quadrilátero entre a Rue des Vinaigriers e a Legouvé é um point dentro do point. Com diversos restaurantes de vários perfis, as duas ruas concentram o que existe de mais cosmopolita no bairro, juntando o que há de bom da terra de Asterix com a dos romanos. Aberta no fim de 2013, a Liberté Pâtisserie vive lotada, com filas que vão do balcão à porta. O estabelecimento é uma parceria dos sócios Mickael Benichou e do estrelado chef Benoît Castel, que já esteve à frente dos classicões Hélène Darroze e La Grande Epicerie. A tarte à la creme, o financier de pistache recheado com framboesa e o financier simples são um delírio de tão bons. A decoração é clean e moderna, com funcionários simpaticíssimos - e que falam inglês! “Não abrimos mão dos tradicionais pães e doces, que são instituições francesas, mas demos um toque mais moderno”, explica Castel. *(Reprodução/Reprodução)*

**6/13** Voltando à Rue des Vinaigriers, passe pelo simpático Holybelly, restaurante apertadinho frequentado por jovens e cheio de mesinhas na rua. Mais adiante, não se espante ao olhar pela vitrine do The Sunken Chip. É isso mesmo: trata-se do primeiro restaurante em Paris dedicado ao mais famoso prato das tropas bretãs, o fish and chips. Ele tem mesas comunitárias e variações do peixe frito. A aceitação, entre os gauleses, é das melhores. Um pouco mais à frente, quase chegando ao canal, na calçada oposta, o Craft, um lugar modernoso, serve lanches, café e pacotes de internet para o seu espaço de co-work. E, mesmo se você não for trabalhar, um cafezinho ali é bem-vindo. *(Reprodução/Reprodução)*

Ao lado do Craft está o coreano <a href="https://www.julesetshim.com/" rel="Jules et Shim," target="_blank">Jules et Shim,</a> uma brincadeira com o filme nouvelle vague Jules e Jim, de François Truffaut. É também um trocadilho meio oriental, já que os proprietários são o casal Henri Bacquet, francês, e a produtora de moda Yong-Seung (Shim), coreana radicada na França há sete anos. Ali eles servem comidinhas coreanas com toque francês, que podem ser levadas para um piquenique à beira do canal. “Tudo o que fazemos pode ser take away. Aqui, as pessoas têm mente aberta para novas coisas, então fica mais fácil ousar”, explica Bacquet. Um dos menus mais pedidos é o Boeuf Bulgogi: bife fatiado com um molho doce de pera e kiwi - uma combinação tipicamente coreana. — **7/13** Ao lado do Craft está o coreano Jules et Shim, uma brincadeira com o filme nouvelle vague Jules e Jim, de François Truffaut. É também um trocadilho meio oriental, já que os proprietários são o casal Henri Bacquet, francês, e a produtora de moda Yong-Seung (Shim), coreana radicada na França há sete anos. Ali eles servem comidinhas coreanas com toque francês, que podem ser levadas para um piquenique à beira do canal. “Tudo o que fazemos pode ser take away. Aqui, as pessoas têm mente aberta para novas coisas, então fica mais fácil ousar”, explica Bacquet. Um dos menus mais pedidos é o Boeuf Bulgogi: bife fatiado com um molho doce de pera e kiwi - uma combinação tipicamente coreana. *(Reprodução/Reprodução)*

Em contrapartida, toda essa globalização não comprometeu o charme das boutiques. Lojas de redes como American Apparel, Agnès B., Sandro e Loft by Design chegaram com tudo, mas, nas lojinhas cheias de cores da Quai de Valmy, quem manda são os descolados. A fachada vermelha pertence à livraria Artazart, cheia de livros de arte e penduricalhos de design que valem o garimpo. Grudada nela fica a <a href="https://www.bensimon.com/fr/" rel="Bensimon," target="_blank">Bensimon,</a> marca dos famosos tênis Conga, febre nos anos 70 e 80 no Brasil e usados aos montes pelos parisienses. A loja, que era para ser temporária, já está estabelecida no endereço há quase três anos e continua renovando seu estoque de sapatos coloridos e estampados e roupas a cada estação. Mais adiante fica o trio de lojas <a href="https://www.antoineetlili.com/" rel="Antoine et Lili." target="_blank">Antoine et Lili.</a> Com cores diferentes, cada fachada corresponde a um tema: roupas de adulto (verde), roupas infantis (rosa) e objetos de decoração (amarela). A marca tem filiais em outros endereços de Paris, mas nenhuma é páreo em charme. Perto dali fica a Rue de Marseille, repleta de pequenas boutiques déstockage: peças de grife com desconto. Très bobô! — **8/13** Em contrapartida, toda essa globalização não comprometeu o charme das boutiques. Lojas de redes como American Apparel, Agnès B., Sandro e Loft by Design chegaram com tudo, mas, nas lojinhas cheias de cores da Quai de Valmy, quem manda são os descolados. A fachada vermelha pertence à livraria Artazart, cheia de livros de arte e penduricalhos de design que valem o garimpo. Grudada nela fica a Bensimon, marca dos famosos tênis Conga, febre nos anos 70 e 80 no Brasil e usados aos montes pelos parisienses. A loja, que era para ser temporária, já está estabelecida no endereço há quase três anos e continua renovando seu estoque de sapatos coloridos e estampados e roupas a cada estação. Mais adiante fica o trio de lojas Antoine et Lili. Com cores diferentes, cada fachada corresponde a um tema: roupas de adulto (verde), roupas infantis (rosa) e objetos de decoração (amarela). A marca tem filiais em outros endereços de Paris, mas nenhuma é páreo em charme. Perto dali fica a Rue de Marseille, repleta de pequenas boutiques déstockage: peças de grife com desconto. Très bobô! *(Reprodução/Reprodução)*

Do lado droit, na rua transversal La Grange aux Belle, a pequena floricultura <a href="https://www.bleuetcoquelicot.fr/" rel="Bleuet Coquelicot" target="_blank">Bleuet Coquelicot</a> parece cenário de filme francês. Há dez anos tocando o negócio, o dono, alcunhado Tom des Fleurs, é um apaixonadão pelas flores à antiga. As mudanças do bairro não o desanimam. "Tenho clientes de longa data, mas sei acompanhar as transformações aqui", diz Tom, o das flores. — **9/13** Do lado droit, na rua transversal La Grange aux Belle, a pequena floricultura Bleuet Coquelicot parece cenário de filme francês. Há dez anos tocando o negócio, o dono, alcunhado Tom des Fleurs, é um apaixonadão pelas flores à antiga. As mudanças do bairro não o desanimam. "Tenho clientes de longa data, mas sei acompanhar as transformações aqui", diz Tom, o das flores. *(Reprodução/Reprodução)*

Num fim de semana ensolarado em Paris, o canal é o Canal. Aos domingos, as pistas laterais para carros viram grandes ciclofaixas - alugar uma Vélib e pedalar por ali é uma ótima. Outra ideia é sentar em algum dos lugarzinhos branchés para um brunch. Tente uma mesa no <a href="https://www.facebook.com/lachambreauxoiseaux/timeline" rel="La Chambre aux Oiseaux,">La Chambre aux Oiseaux,</a> um negócio passado de avó para neta. Sugiro o brunch completo, com suco, bebida quente, cesta de pães variados e um prato do dia com ovo, presunto, queijos e salada. A compota de banana como acompanhamento é receita secreta e de sucesso. A cinco minutos dali, na própria Quai de Jemmapes, o <a href="https://www.haikai.fr/" rel="Hai Kai" target="_blank">Hai Kai</a> tem cardápio de sucos e trilha sonora que pode ser bem brasileira. Sentada lá, entre gauleses, bretões, romanos e outros povos, ouvi Elis Regina e Adoniran Barbosa cantando Tiro ao Álvaro. — **10/13** Num fim de semana ensolarado em Paris, o canal é o Canal. Aos domingos, as pistas laterais para carros viram grandes ciclofaixas - alugar uma Vélib e pedalar por ali é uma ótima. Outra ideia é sentar em algum dos lugarzinhos branchés para um brunch. Tente uma mesa no La Chambre aux Oiseaux, um negócio passado de avó para neta. Sugiro o brunch completo, com suco, bebida quente, cesta de pães variados e um prato do dia com ovo, presunto, queijos e salada. A compota de banana como acompanhamento é receita secreta e de sucesso. A cinco minutos dali, na própria Quai de Jemmapes, o Hai Kai tem cardápio de sucos e trilha sonora que pode ser bem brasileira. Sentada lá, entre gauleses, bretões, romanos e outros povos, ouvi Elis Regina e Adoniran Barbosa cantando Tiro ao Álvaro. *(Comnis Entio/Reprodução)*

Outra parada imperdível é o<a href="https://www.facebook.com/lecomptoirgeneral" rel=" Le Comptoir Général," target="_blank"> Le Comptoir Général,</a> que de dia também serve brunch com música ao vivo e recreação para a criançada. À noite o lugar se transforma: quem conhece o número 80 do Quai de Jemmapes sabe que é o endereço ideal para viver uma típica noite bobô e branché. Nos vários ambientes com decoração kitsch, cheios de gente animada e boa música, dá muito para se divertir sem parecer turista voyeur. E, mesmo que parecesse, ali não teria nenhum problema. — **11/13** Outra parada imperdível é o Le Comptoir Général, que de dia também serve brunch com música ao vivo e recreação para a criançada. À noite o lugar se transforma: quem conhece o número 80 do Quai de Jemmapes sabe que é o endereço ideal para viver uma típica noite bobô e branché. Nos vários ambientes com decoração kitsch, cheios de gente animada e boa música, dá muito para se divertir sem parecer turista voyeur. E, mesmo que parecesse, ali não teria nenhum problema. *(Reprodução/Reprodução)*

Uma das referências lendárias da região, o bar e restaurante<a href="https://www.hoteldunord.org/en/" rel=" Hôtel du Nord " target="_blank"> Hôtel du Nord </a>deve o nome à sua origem como hotel mesmo. Inaugurado em 1885, era frequentado por prostitutas e operários, chamado de <em>l’hotel de poux volants</em> ("hotel dos piolhos voadores"). Em 1938, foi cenário do filme homônimo do francês Marcel Carné. Nos anos 80, fechou as portas e foi reaberto no atual formato em 1993, com mesas abrigadas sob a fachada tombada. Dá para fazer uma refeição nos salões escurinhos ou ficar do lado de fora, sempre uma opção convidativa no Canal Saint-Martin. — **12/13** Uma das referências lendárias da região, o bar e restaurante Hôtel du Nord deve o nome à sua origem como hotel mesmo. Inaugurado em 1885, era frequentado por prostitutas e operários, chamado de *l’hotel de poux volants* ("hotel dos piolhos voadores"). Em 1938, foi cenário do filme homônimo do francês Marcel Carné. Nos anos 80, fechou as portas e foi reaberto no atual formato em 1993, com mesas abrigadas sob a fachada tombada. Dá para fazer uma refeição nos salões escurinhos ou ficar do lado de fora, sempre uma opção convidativa no Canal Saint-Martin. *(Reprodução/Reprodução)*

<strong>TRANSPORTE </strong>A melhor maneira de chegar ao canal é de metrô. As estações mais próximas são République (linhas 3, 5, 8, 9 e 11), Jacques Bonsergent (linha 5) e Goncourt (linha 11).<strong>FICAR </strong>Se a ideia é dormir por ali mesmo, há opções tradicionais, como o hotel <strong>1.</strong><a href="https://www.accorhotels.com/pt-br/hotel-0751-ibis-styles-paris-republique/index.shtml">Ibis Styles Paris République</a> e o quatro-estrelas <strong>2.</strong><a href="https://www.ihg.com/hotels/pt/pt/paris/pardl/hoteldetail?qAdlt=1&qBrs=6c.hi.ex.rs.ic.cp.in.sb.cw.cv.ul.vn&qChld=0&qFRA=1&qGRM=0&qPSt=0&qRRSrt=rt&qRef=df&qRms=1&qRpn=1&qRpp=20&qSHp=1&qSmP=3&qSrt=sDD&qWch=0&srb_u=1&icdv=99613975&sicreative=99085835814&siclientid=3552&sitrackingid=755162216&glat=SEAR&dp=true&icdv=99613975" target="_blank" rel="noopener">Crowne Plaza Paris-République</a>, de frente para a Place de la République e a alguns passos do metrô. Para fugir do basicão, há o hotel-butique <strong>3.</strong><a href="https://lecitizenhotel.com/" target="_blank" rel="noopener">Le Citizen Hotel</a>, no Quai de Jemmapes. Os quartos são pequenos, mas muito bem decorados. Não faltam ainda opções descoladas no site Airbnb (airbnb.com.br).<strong>COMER</strong> Uma peregrinação gastronômica pode começar pela Rue des Vinaigriers, na esquina com o Quai de Valmy: à direita ficam o franco-coreano <strong>4.</strong><a href="https://www.julesetshim.com/" target="_blank" rel="noopener">Jules et Shim</a> e seu vizinho para co-working, o <strong>5. </strong><a href="https://cafe-craft.com/home/" target="_blank" rel="noopener">Café Craft</a>. Um pouquinho mais adiante se encontra o <strong>6.</strong><a href="https://www.thesunkenchip.com/#home" target="_blank" rel="noopener">The Sunken Chip </a>, que prova que o peixe com fritas britânico pode ser boa opção gourmet. No cruzamento da Vinaigriers com a Rue Lucien Sampaix você fica em dúvida entre se deliciar com pães, doces e um cafezinho na <strong>7.</strong><a href="https://libertepatisserieboulangerie.com/" target="_blank" rel="noopener">Liberté Pâtisserie-Boulangerie</a> e sentar-se à mesa do <strong>8.</strong><a href="https://www.lesvinaigriers.fr/" target="_blank" rel="noopener">Les Vinaigriers</a>. Seguindo pela Rue Lucien Sampaix, passe pelo charmosinho <strong>9.</strong><a href="https://holybel.ly/" target="_blank" rel="noopener">Holybelly</a>, com pratos em torno de € 13. Alguns metros depois, tome um delicioso suco no pequeno <strong>10.</strong><a href="https://bobsjuicebar.com/" target="_blank" rel="noopener">Bob’s Juice Bar</a>. Atravessando o canal, um prédio antigo e discreto no Quai de Jemmapes abriga o famoso <strong>11.</strong><a href="https://www.hoteldunord.org/en/" target="_blank" rel="noopener">Hôtel du Nord</a>, que coloca mesinhas na calçada quando o tempo ajuda. Mais adiante, o envidraçado <strong>12.</strong><a href="https://haikai.fr/" target="_blank" rel="noopener">Hai Kai</a> oferece vista para o canal. Adentrando a Rue Bichat, o <strong>13.</strong><a href="https://www.lachambreauxoiseaux.fr/" target="_blank" rel="noopener">La Chambre aux Oiseaux</a> tem ambiente caseirinho e serve um ótimo brunch.<strong>PASSEAR </strong>Diversas empresas fazem passeios de barco pelo Canal Saint-Martin. Uma das mais conhecidas é a <a href="https://www.canauxrama.com/" target="_blank" rel="noopener">Canauxrama</a>. É possível fechar pacotes e comprar o ingresso antecipado com desconto pelo site. Há vários horários de partida, saindo do Port de L’Arsenal (metrô Bastille, saída Ópera-Bastille). Para andar de bike pela região, baixe gratuitamente o app <a href="https://www.velib.paris/">Vélib</a>, sistema de aluguel de bicicletas da prefeitura de Paris. Há estações por todo lado.<strong>AGITAR</strong> Não haverá letreiros luminosos nem fachada chamativa na entrada do <a href="https://www.lecomptoirgeneral.com/" target="_blank" rel="noopener">Le Comptoir Général</a>. Mesmo assim, o lugar é parada obrigatória para quem quer conhecer a noite animada do canal e ver como o povo bobô se diverte. Vale a pena entrar no site da casa para checar a programação.<strong>COMPRAR</strong> A Rue de Marseille é o ponto inícial do roteiro para quem quer comprar roupas descoladas em lojas onde, com paciência, dá para garimpar belas peças. Saindo dessa rua e entrando no Quai de Valmy, suba até a livraria <strong>15.</strong><a href="https://artazart.com/" target="_blank" rel="noopener">Artazart</a> e perca a noção do tempo entre livros bonitos e objetos transados. Colada nela está a loja da <strong>16.</strong><a href="https://www.bensimon.com/fr/maison-bensimon/" target="_blank" rel="noopener">Bensimon</a>, marca do tênis fofo que está nos pés de dez entre dez jovens parisienses. Ainda às margens do canal, o trio colorido de fachadas da loja <strong>17.</strong><a href="https://www.antoineetlili.com/" target="_blank" rel="noopener">Antoine et Lili</a> chama atenção. Peças de roupa e objetos decorativos, não tão baratos, são uma tentação. Do outro lado, na Rue de la Grange aux Belles, fica a pequena floricultura <strong>18.</strong><a href="https://www.bleuetcoquelicot.fr/" target="_blank" rel="noopener">Bleuet Coquelicot</a>, que exibe um emaranhado de plantas e flores que ornam lindamente. — **13/13** **TRANSPORTE** A melhor maneira de chegar ao canal é de metrô. As estações mais próximas são République (linhas 3, 5, 8, 9 e 11), Jacques Bonsergent (linha 5) e Goncourt (linha 11).FICAR Se a ideia é dormir por ali mesmo, há opções tradicionais, como o hotel 1.Ibis Styles Paris République e o quatro-estrelas 2.Crowne Plaza Paris-République, de frente para a Place de la République e a alguns passos do metrô. Para fugir do basicão, há o hotel-butique 3.Le Citizen Hotel, no Quai de Jemmapes. Os quartos são pequenos, mas muito bem decorados. Não faltam ainda opções descoladas no site Airbnb (airbnb.com.br).COMER Uma peregrinação gastronômica pode começar pela Rue des Vinaigriers, na esquina com o Quai de Valmy: à direita ficam o franco-coreano 4.Jules et Shim e seu vizinho para co-working, o 5. Café Craft. Um pouquinho mais adiante se encontra o 6.The Sunken Chip , que prova que o peixe com fritas britânico pode ser boa opção gourmet. No cruzamento da Vinaigriers com a Rue Lucien Sampaix você fica em dúvida entre se deliciar com pães, doces e um cafezinho na 7.Liberté Pâtisserie-Boulangerie e sentar-se à mesa do 8.Les Vinaigriers. Seguindo pela Rue Lucien Sampaix, passe pelo charmosinho 9.Holybelly, com pratos em torno de € 13. Alguns metros depois, tome um delicioso suco no pequeno **10.**Bob’s Juice Bar. Atravessando o canal, um prédio antigo e discreto no Quai de Jemmapes abriga o famoso **11.**Hôtel du Nord, que coloca mesinhas na calçada quando o tempo ajuda. Mais adiante, o envidraçado **12.**Hai Kai oferece vista para o canal. Adentrando a Rue Bichat, o **13.**La Chambre aux Oiseaux tem ambiente caseirinho e serve um ótimo brunch.PASSEAR Diversas empresas fazem passeios de barco pelo Canal Saint-Martin. Uma das mais conhecidas é a Canauxrama. É possível fechar pacotes e comprar o ingresso antecipado com desconto pelo site. Há vários horários de partida, saindo do Port de L’Arsenal (metrô Bastille, saída Ópera-Bastille). Para andar de bike pela região, baixe gratuitamente o app Vélib, sistema de aluguel de bicicletas da prefeitura de Paris. Há estações por todo lado.AGITAR Não haverá letreiros luminosos nem fachada chamativa na entrada do Le Comptoir Général. Mesmo assim, o lugar é parada obrigatória para quem quer conhecer a noite animada do canal e ver como o povo bobô se diverte. Vale a pena entrar no site da casa para checar a programação.COMPRAR A Rue de Marseille é o ponto inícial do roteiro para quem quer comprar roupas descoladas em lojas onde, com paciência, dá para garimpar belas peças. Saindo dessa rua e entrando no Quai de Valmy, suba até a livraria **15.**Artazart e perca a noção do tempo entre livros bonitos e objetos transados. Colada nela está a loja da **16.**Bensimon, marca do tênis fofo que está nos pés de dez entre dez jovens parisienses. Ainda às margens do canal, o trio colorido de fachadas da loja **17.**Antoine et Lili chama atenção. Peças de roupa e objetos decorativos, não tão baratos, são uma tentação. Do outro lado, na Rue de la Grange aux Belles, fica a pequena floricultura **18.**Bleuet Coquelicot, que exibe um emaranhado de plantas e flores que ornam lindamente. *(Reprodução/Reprodução)*

Se algum parisiense lhe disser que o Canal Saint-Martin, no 10ème arrondissement, é logo ali, não ache que é conversa de mal-humorado querendo se livrar logo de você, incauto e perdidão turista.

Colada à Place de la République, a região vale o desviozinho à margem direita do Sena, a apenas cinco minutos a pé da estação de metrô République. Até pouquíssimos anos atrás era uma área meio esquecida. Hoje é a representante máxima do estilo bobô, abreviação de bourgeois-bohème (burguês-boêmio) – aquele povo de classe média alta descolada que adota um estilo de vida despojado, saudável, menos apegado aos sinais exteriores de riqueza.

Por essas, há quem chame o lugar de branché – ligado, antenado, efervescente. Do ponto de vista das movimentações urbanas, dá pra situá-lo como uma dissidência do vizinho Marais, esse, sim, branché ao quadrado. Até demais: tanto que, quando virou bairro da moda, na década passada, os preços exorbitantes dos imóveis levaram os jovens bobôs a migrar para o Saint-Martin.

Aos poucos, estilistas e artistas montaram seus apartamentos e ateliês por lá. Nasceu uma nova – e diferentona – atração em Paris.