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Ocupação literária movimenta cultura em Porto Alegre

A Feira do Livro movimentou o cenário cultural - e o dia-a-dia - de Porto Alegre em novembro

Por Abril Branded Content
Atualizado em 28 nov 2017, 10h00 - Publicado em 28 nov 2017, 10h00

Todos os anos, o escritor Guilherme Azambuja Castro escolhe um dia de novembro para fazer um programa em família na capital gaúcha: ele vai passear na Feira do Livro. Ele começou a frequentar o evento em 2000, quando ainda não pensava em se dedicar à literatura e estagiava num escritório de advocacia. Hoje, o autor do premiado O amor que não sentimos e outros contos faz questão de levar a filha ao passeio, e ela se entusiasma com a ideia.

“Agora que já sabe ler sozinha, a literatura virou para ela uma aventura ainda mais fascinante e não há banca de livros infantis em que não lhe brilhem os olhinhos”, conta Guilherme. Para ele, o evento, com certeza, mexe com as pessoas. “Acho que, ao menos, deixa uma pergunta vibrando: será que estou lendo o suficiente?”, diz.

A jornada literária do escritor Guilherme Azambuja Castro se mistura com a da feira (Guilherme Azambuja Castro/Divulgação)

O caso de Guilherme ilustra como o evento potencializa a vocação literária da cidade. O #hellocidades — projeto de Motorola que incentiva a construção de novas relações com o cenário urbano — conta um pouco mais sobre como a iniciativa ajuda a cidade a respirar literatura por quase um mês.

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A Feira do Livro de Porto Alegre é uma das mais tradicionais do país. Desde o início, o evento teve como sede a Praça da Alfândega, em pleno Centro Histórico, onde, por quase três semanas (a edição de 2017 ano foi de 1 a 19 de novembro) reúnem-se livreiros, escritores e um público estimado em 800 mil pessoas.

“Neste período, a praça é do povo. E as lembranças e os livros autografados garantem um sentimento de pertença, até o ano seguinte”, diz a escritora Valesca de Assis, escolhida como patrona da Feira deste ano – uma honraria considerada como a maior no meio literário gaúcho.

Para a escritora Valesca de Assis, nem a chuva é um bom motivo para tirar o evento da praça (Luis Ventura/Divulgação)

Valesca lembra que costuma chover bastante em novembro, mas brinca que se alguém ousar sugerir a transferência do evento para um lugar fechado será tratado como herege. Na opinião da patrona, a feira é um acontecimento sempre esperado pelos porto-alegrenses, e isso tem a ver com o fato de ocorrer na praça: “É um fator de ocupação do Centro como lugar de festa, de encontros, de leituras, de debates, de protestos, enfim, de democracia”, diz.

A programação da Feira do Livro é recheada de sessões de autógrafos, palestras, mesas-redondas e oficinas. “São atividades que visam a formação de leitores”, explica a professora de literatura e poeta Gabriela Silva, que já ministrou oficinas de haicai (forma poética típica do Japão) no evento. Gabriela lembra que também há atrações de outros campos artísticos.

Gabriela já é veterana em participações na feira do livro. “Eu aproveitava cada minuto. Era um ritual: café na Casa de Cultura, palestra ou seminário e depois andar pelos corredores procurando raridades. Anos depois, participar oficialmente do evento me encheu de alegria”, complementa a poeta.

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A Feira do Livro é mais uma forma de respirar literatura em Porto Alegre. Descubra outras formas de se reconectar-se com a cidade em hellomoto.com.br.

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