Sagres (a vila, não a cerveja – que, aliás, nem é de lá) fica na pontinha setentrional de Portugal, onde fica o “queixo” do rosto que algumas pessoas insistem em ver no contorno da costa portuguesa.
Apesar de ser um destino de verão típico por causa das praias (mas, mesmo assim, muito menos concorrido que as vizinhas Albufeira e Lagos), Sagres também tem seus atrativos no inverno, quando a cidade ganha um clima completamente diferente.
Os turistas vão embora e os restaurantes e hotéis são muito mais vazios e sossegados – e nada como uma caminhada na praia deserta para acalmar os ânimos e meditar. Ou, se você mergulha, também pode ver destroços de navios a vapor da I Guerra Mundial, afundados pelos alemães na rota do Mediterrâneo.
Se tiver tempo, em vez de só dar uma passadinha pelo forte, tirar umas fotos e seguir viagem, como a maioria faz, vale a pena ficar pelo menos um dia: visite o Porto da Baleeira com seus barquinhos de pesca charmosos, dê um passeio pelas ruas com jeito de interior, e – muito importante – experimente a gastronomia algarvia. Não se esqueça da sobremesa, e vá com fé no bolo de alfarroba (parece chocolate, mas não é!) do A Sagres ou da Tasca do Careca (em Vila do Bispo, sob cuja jurisdição fica Sagres, a 10 minutos de carro)
Só tome cuidado com os horários, já que os estabelecimentos costumam fechar mais cedo na baixa temporada.