Os 12 melhores hotéis de selva na Amazônia brasileira
Que tal se hospedar no meio da Selva Amazônica? Veja 12 hotéis que oferecem quartos e passeios na maior floresta do mundo
A melhor forma de conhecer a Amazônia é hospedar-se na floresta e embrenhar-se por ela. Dormir e acordar ao som da natureza, comer peixes frescos e frutas colhidas da floresta, fazer passeios diurnos e noturnos pelo rio ou no meio da mata em busca de plantas impressionantes e animais selvagens.
Tudo isso pode ser feito com a segurança de guias experientes e sono tranquilo em acomodações confortáveis! Existem opções de hotéis com todas as facilidades de um resort e outros mais rústicos que focam na experiência de imersão no meio da floresta.
Cuidado com as pousadas muito simples localizadas na selva: elas oferecem preços baixos para compensar a infraestrutura precária. Os hotéis de selva indicados aqui oferecem boa estrutura para passeios, maior conforto e baixo impacto na natureza.
O clima na Amazônia se divide entre estação de chuva e seca e há programas interessantes para fazer nas duas épocas do ano. Chove mais entre os meses de janeiro e maio e a estação de “seca” (menos chuva, mas ainda bem úmido!) vai de junho a dezembro.
Na hora de reservar sua estadia, verifique os pacotes de atividades oferecidos pelo hotel.












As principais atividades na Floresta Amazônica
1. Focagem noturna
Após o pôr do sol, os guias preparam seus barcos para levar turistas ao passeio em que a probabilidade de encontrar animais raros é maior. De lanterna nas mãos, eles conduzem as lanchas entre pequenos igapós e grande rios, onde se forma uma verdadeira constelação de luzes vermelhas – são, na verdade, os olhos dos jacarés, que costumam subir à superfície à noite. Nas árvores, a procura é pelas cobras (como a gigantesca sucuri) e por animais terrestres que se locomovem entre as copas, como a onça-pintada.
Melhor época: é mais fácil encontrar animais na seca.
2. Passeio de barco
É o mais comum da Amazônia e, normalmente, o primeiro a ser realizado em todos os pacotes. A bordo de um barco motorizado, turistas ouvem dos guias explicações sobre os animais e a vegetação. Costuma incluir também observação de pássaros e visita a regiões repletas de botos cor-de-rosa. É chamado também de “reconhecimento de fauna e flora”.
Melhor época: o ano todo.
3. Passeio de canoa
Remando, grupos de até quatro pessoas saem em busca de animais e árvores raras. As canoas entrecortam os igapós: os caminhos são tão estreitos que, ao olhar para cima, quase não se vê a luz do céu, apenas as copas das árvores. Sem o barulho do motor, é mais propício para ver animais terrestres e aves raras. Cada hotel tem uma política diferente: em alguns, o turista conduz o barco; em outros, é o guia quem faz força.
Melhor época: Apenas na cheia. Durante a seca, os igapós ficam rasos e as travessias, perigosas.
4. Pernoite na selva
Nada mais selvagem do que dormir em barracas entre as árvores. Os guias conduzem os turistas por trilhas pela mata, a partir do pôr do sol, até um ponto seguro – o abrigo é montado e acende-se o fogo para aquecer o jantar. Boa parte dos animais amazônicos tem hábito noturno, ou seja, é maior a chance de vê-los ou, ao menos, ouvir seus movimentos – o bicho mais aguardado é a onça-pintada. A atividade pode parecer perigosa, mas não é: não há registro de acidentes.
Melhor época: o ano todo.
5. Pesca
Entre no clima, mesmo que nunca tenha pescado antes. Nos hotéis, é tudo uma brincadeira: varas simples e iscas artesanais são as ferramentas para fisgar piranhas e peixes de pequeno porte. Para praticar a pesca esportiva, o melhor é viajar em barcos-hotéis em tours com esse objetivo.
Melhor época: nos meses de seca é mais fácil pescar piranhas.
6. Visitas às comunidades
As comunidades ribeirinhas são a principal reserva da cultura tradicional da Amazônia. Durante as visitas, moradores relatam seu cotidiano, narram histórias antigas e preparam uma refeição – um almoço ou lanche da tarde produzidos a partir de ingredientes típicos (frutas da região, farinha artesanal e peixes pescados por eles mesmos).
Melhor época: o ano todo.
7. Encontro das Águas
Antes ou depois da imersão na floresta, não deixe de visitar o Encontro das Águas nos arredores de Manaus. Com diferentes velocidades, temperaturas e níveis de acidez, as águas dos rios Negro e Solimões correm cerca de 6 km lado a lado antes de se transformarem no gigantesco Rio Amazonas. Durante o passeio você sente, com as mãos, a diferença de temperatura entre o Solimões, frio, e o Negro, mais quentinho – e observa os botos que frequentemente aparecem pelo caminho. Alguns hotéis já oferecem o passeio, que também pode ser contratado em agências diretamente em Manaus.

Vista aérea da Floresta Amazônica (foto: Ana_Cotta/creative commons)
Dicas para se hospedar em hotéis de selva na Amazônia
Como faço para me hospedar?
Os telefones e e-mails funcionam bem nos hotéis. Os pacotes variam de um a sete dias, e as tarifas caem de modo inversamente proporcional ao número de noites.
O que levo na mala?
Na Amazônia, o sol é inclemente. Protetor solar, óculos escuros e bonés são imprescindíveis. Para aproveitar as atrações, reserve roupas leves.
Há muitos mosquitos?
Nos arredores do Rio Negro, repelentes simples funcionam para espantá-los. No Rio Solimões, procure protetores potentes.
Preciso tomar vacina?
É recomendável tomar vacina contra a febre amarela pelo menos dez dias antes do embarque. A vacina tem validade de 10 anos.
Como ocorre o traslado a partir de Manaus?
Na reserva você combina o horário do traslado, que ocorre a partir do aeroporto ou do seu hotel em Manaus. O transporte é feito em vans e, no rio, em lanchas.
Dá para viajar com as crianças?
Sim, e alguns hotéis têm boa área de lazer e quartos amplos. Mas alguns trajetos de barco para os hotéis levam até três horas.
Qual o perfil dos hotéis?
Há os com conforto parecido aos dos resorts. Outros focam na experiência de imersão na floresta – neste caso, os mais indicados são o Juma Amazon Lodge, o Malocas Lodge e o Amazon Tupana Lodge
Quais as restrições nos hotéis mais selvagens?
Há restrição de energia elétrica e banhos quentes, mas não o tempo todo.
Como são as refeições nas hospedagens?
Tambaquis e pirarucus são servidos frescos. Acompanham feijão, arroz e farinha de mandioca uarini, típica do Amazonas. No café da manhã há frutas locais.