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Boipeba: La isla bonita

Nosso colunista adora comer e dormir bem, mesmo que o destino seja uma ilha rústica. Como Boipeba (BA)

Por Rui Porto
Atualizado em 21 jul 2021, 15h13 - Publicado em 28 dez 2012, 16h55

Ilhas sempre despertaram fascínio nos homens, e em especial nos viajantes: da Ítaca de Ulisses à Capri dos jet-setters, o isolamento proporcionado por elas têm um quê de mistério. Entre nós não é diferente. Boipeba, ao sul de Salvador, desponta como “o lugar” para quem busca praias vazias, coqueirais, piscinas naturais, silêncio e, o melhor de tudo, nenhum carro. O tango para chegar (de Salvador são quatro horas de carro mais uma de lancha) é compensado pela excelente oferta de pousadas e restaurantes, pela simpatia dos ilhéus e dos europeus baianizados. Mas sobretudo pela paisagem deslumbrante que parece estar sempre sendo louvada pela algazarra de passarinhos.

A pousada top de Boipeba é a Mangabeiras (pousadamangabeiras. com.br), no alto de um morro, com vista para as praias da Boca da Barra e Tassimirim. Quartos grandes, iluminados, arcondicionado, piscina, conforto. Os exatos 119 degraus da praia até o hotel devem deixar de ser um problema em breve: a um monta-cargas já existente será acrescido um “monta-gente”.

Uma opção mais em conta é o vizinho pé na areia Dendê Loft (dendeloft.com), que tem espaçosos lofts com ofurôs e terraços enormes, além de cozinha equipada. A dona é uma ítalo-brasileira que se autoexilou na Boca da Barra sem perder as origens: os lofts são pintados na cor rosso romano.

Um pouco longe da praia, a Quinta do Caju (quintadocaju.com) tem um restaurante aberto para o jardim onde o chef faz as melhores massas de Boipeba – nada melhor do que uma matriciana ou carbonara para dar um tempo nos frutos do mar.

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Aliás, frutos do mar são excelentes na pousada Santa Clara (santaclaraboipeba.com) e na Pousada Luar das Águas by Robinsones (luardasaguasbyrobinsones.com), esta de dois amigos espanhóis que servem ótimas tapas. E ainda o restaurante do Orlando, na vila de Cova da Onça, onde me fartei com lagostas grelhadas. Faltou só um champanhe. Alô, Orlando? Em tempo: há a possibilidade de ir a Boipeba de bimotor desde Salvador em 30 minutos, mas, R$ 460 por trecho, eu acho caro. Meu conselho é trocar o avião por um bom champanhe na mala – as lagostas do Orlando pedem!

Rui Porto, autor da coluna Trotamundos da VT, vai levar champanhe na mala em sua próxima ida a Boipeba

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