Fotografando a Torre Eiffel do alto
De vez em quando tenho pesadelos que começam mais ou menos assim: 1) minha câmera é roubada e perco todas as fotos da viagem ou 2) as fotos simplesmente desaparecem do cartão de memória e lá se vão todos os cliques da viagem. Quem também sentiu arrepios ao imaginar os episódios, bem-vindo(a) ao clube!
Em tempos de selfies, monopodes e filtros do Instagram, prefiro nem tentar imaginar como os turistas do passado costumavam viajar. Já que o meu lado viajante caminha junto com o meu lado fotógrafa, minhas viagens só começam depois de uma boa fotografia.
Dito isso, a ideia do Cliques é reunir dicas para que você, também viajante, volte para casa com fotos mais legais que as de costume, além de indicações sobre os pontos clicados. Todas as sugestões podem ser seguidas por qualquer um com uma câmera em mãos, inclusive a do celular, que é ótima em várias ocasiões. Mas aos amantes da fotografia, assim como eu, um zoom óptico é fundamental.
Escolhi a minha queridinha, La Tour Eiffel, para o début das minhas postagens. Habitei a terra dos croissants por seis meses e fiz alguns dos meus cliques favoritos durante os dias franceses, então, voilà!
Montmartre
É parada obrigatória em Paris, portanto não deixe de visitar o mais boêmio bairro da cidade sem fotografar a torre de lá de cima. Ao lado esquerdo de quem sai do funicular, as frestinhas do horizonte entre as grades de ferro não deixam a desejar – a torre aparece em conjunto com as clássicas chaminés parisienses, totalmente únicas. Vem ver:
Dica: deixe a câmera bem colada no buraco entre os ferros que eles desaparecem da foto. E use o zoom!
Obs: eu teria evitado a “mancha” da grade (na linha da torre) se tivesse movido a câmera um pouquinho para a esquerda, desviando também do ferro seguinte.
(€ 14,50)
Top of the Rock parisiense, sem mais. Subir na Torre Eiffel é uma experiência fantástica, mas, infelizmente, você não vai ver torre nenhuma por lá (e fotografar a Cidade Luz sem a Torre Eiffel não é fotografar a Cidade Luz). Para resolver esse probleminha e tirar uma das fotos mais surreais de Paris, considere a Torre Montparnasse, melhor spot da capital para contemplá-la do alto.
O crepúsculo é um horário lindo para visitas, quando dá para presenciar duas cidades diferentes e registrá-las em mais de um clique. As luzes acendem ao entardecer e é legal captar imagens exatamente nessa hora, quando o céu ainda é claro e há um show de brilho por todo lado. Fotografe T-U-D-O. Conte com o zoom.
Obs: Se for seguir a dica do horário, lembre-se de clarear as imagens com um editor.
*com o celular
(€ 13 para o museu e as exposições, € 3 para apenas a vista de Paris)
Várias escadas rolantes dentro de uma enorme cápsula de vidro levam o visitante até o último andar, cujo caminho vai deslumbrando até mesmo quem não gosta de museus. Chegando lá em cima é perigoso perder mais tempo namorando o horizonte de Paris que contemplando as obras de arte. Capture uma, duas, três imagens da torre. La Défense e os Invalides também são cliques que valem (muito) a pena, assim como a Sacré-Coeur.
Obs: o restaurante Le Georges, no alto do Pompidou, é outra excelente escolha para almoçar ou jantar com vista. Preço salgado.
(€ 9,50)
Não há nada que não seja lindo visto de cima do monumento napoleônico. Como o dia estava nublado, o que acontece quase sempre no inverno, preferi juntar a torre com outros elementos, enriquecendo a imagem. A Champs-Élysées é o clique mais bonito, fica toda simétrica de cima do arco. La Défense merece o esforço.
*com o celular
Le Déli-Cieux
(Boulevard Haussmann, 64, terraço da Printemps Beauté-Maison)
Encontrei o meu espaço parisiense preferido no topo das Galerias Printemps. O café/restaurante self-service é cheio de variedades, tem desde crepe de nutella a suco detox. O consumo não é obrigatório, mas o cenário pede parada para fazer uma boquinha. Fotografe a Torre Eiffel, a Sacré-Coeur, a Opéra, o Arco do Triunfo, a Madeleine…
E fotografe você! Você e a torre! Com posição estratégica e altura mediana, o resultado do clique tirado de cima do terraço fica mais ou menos assim:
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