O governo dos Estados Unidos começou a exigir na sexta-feira, 31 de maio, informações sobre as redes sociais de quem vai tirar visto para a entrada no país. No formulário eletrônico DS-160 deverão ser preenchidas informações sobre redes sociais (como Facebook, Twitter, Instagram, Flickr, entre outras) e números de telefone utilizados nos últimos cinco anos.
A área do formulário agora é obrigatória para quem almeja conseguir o visto de turismo, trabalho ou estudo no país. Antes, só era necessário para quem fosse submetido a uma inspeção mais profunda no processo de visto, principalmente para quem visitou ou é nativo de países com organizações terroristas.
Com a decisão, essas informações, que antes eram solicitadas para apenas 65 mil pessoas por ano, serão requeridas para cerca de 14,7 milhões. A justificativa é que a medida aumenta a segurança do país, seguindo a linha de decisões do presidente Donald Trump, que tem dedicado bastante energia para barrar – ou limitar – a entrada imigrantes no país.
A sociedade civil, contudo, não engoliu bem a nova medida. Hina Shamsi, diretora da ACLU (União Americana pelas Liberdades Civis), disse: “Essa proposta é perigosa e problemática, porque não faz nada pela segurança e aumenta significativamente a preocupação com privacidade e com questões da Primeira Emenda para cidadãos e imigrantes”. A primeira emenda é o trecho da Constituição americana que fala sobre a liberdade de expressão dos cidadãos.