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Fábio Porchat e as milhas

Estrela do canal humorístico Porta dos Fundos, fenômeno do Youtube, o comediante quer conhecer todos os lugares do mundo – se possível, com milhas

Por Laura Capanema
Atualizado em 16 dez 2016, 07h58 - Publicado em 1 jul 2013, 12h20

– Tá viajando sozinho?

– Nada, tô indo com a mulher e os dois filhotes. É que a gente tá usando MILHA! Aí, cada um vai por um itinerário diferente…

– Ah, é?

– Dei sorte que a Itapemirim faz parte da STAR ALLIANCE e aí eu consegui uma parceirona. A minha mulher vai de jegue até Maceió, de lá pega uma moto…

– Vocês tão indo pra onde?

– Tamos indo pra Miami!

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Na sátira acima, o personagem do comediante Fábio Porchat encontra um amigo na “classe executiva” de uma lotação. No ar há nove meses, o episódio Van é um dos hits do humorístico Porta dos Fundos, o canal mais visto do Youtube no Brasil, com 250 milhões de acessos. Ator, produtor e roteirista da série, Porchat integra também o elenco de A Grande Família, da Globo, e estará em cartaz nos cinemas com o filme O Concurso, a partir do dia 19. Para compor os tipos, o ator se inspira em experiências pessoais. “Sofro para trocar milhas”, diz. Graças a elas, porém, Porchat já voou na executiva para o Japão e quer conhecer o mundo. À VT, ele conta o que viu até agora.

Japão de boca fechada

“No trem-bala, você nem percebe que está a 1 milhão por hora. Legal mesmo é o metrô de Tóquio, um mundão de nomes esquisitos. Para não me perder, inventei a tática ‘João e Maria’: fotografava todas as placas. Depois juntava as migalhas e achava a volta. E o táxi… Não se fala uma palavra! A porta se abre sozinha, você entrega o endereço e chega sem abrir a boca. A segurança também impressiona. Se esquecer o laptop na rua, volte que ele estará lá. E com a nova versão do Word.”

Sabedoria grega

“Uma viagem romântica, quem não quer? Iogurte grego e queijo feta, que mal tem? Mas não faça cruzeiro toda hora porque aí nem se conhecem as ilhas. Mykonos e Santorini são o máximo. Em Mykonos, o táxi é caro, e o calor, do cão. Percebi que, se alugasse um quadriciclo, ficaria vermelho nas costas. Então fiz o negócio do século: aluguei um Smartezinho com ar e GPS. Vida mansa.”

Chazinho com os índios

“Passei o Réveillon de 2007 para 2008 em uma tribo no Acre. O Acre existe mesmo e é lindo! Demorei um dia para chegar, mas fiquei uma semana lá, dormindo num colchão no chão sob um mosquiteiro, tomando ayahuasca e comendo inhame. Programa de índio, mas valeu a pena.”

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