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Escandinávia e países nórdicos: um mundo de gelo e cores

Gêiseres, fiordes e design onde a Europa encontra o Ártico

Por Eduardo Jun Marubayashi
Atualizado em 12 fev 2019, 14h27 - Publicado em 28 set 2012, 12h24

Vikings, Thor e Odin. Lá ao norte, onde a Europa lambe o gelo ártico, os povos da Escandinávia lançaram-se ao mar para conquistar terras estrangeiras. A leste, onde eram conhecidos como rus, batizaram as imensas pradarias hoje conhecidas como Rússia. Seus rasos veleiros com proa de dragão adentraram o Sena e o Mediterrâneo, vagaram pelo Mar Negro e chegaram à América do Norte – meio milênio antes de Colombo. O Reino Unido, seu quintal favorito para saques e invasões, foi finalmente conquistado por um de seus descendentes, Guilherme, duque da Normandia. Em honra aos deuses de Asgaard, conheceram o mundo.

Andersen, Aalto, Amundsen e Nobel. Exploradores dos mares e do gelo como Fritjof Nansen e Roald Amundsen são os últimos de uma linha que remonta ao intrépido Leif Ericson. Mas o gênio nórdico não se limitou à bravura sem limites. As curvas orgânicas de Alvar Aalto, as melancólicas linhas de Hans Christian Andersen e o legado científico e humanitário de Alfred Nobel são um exemplo do espírito de escandinavos e finlandeses. Usaram palavras e traços para nos seduzir.

Veja as fotos desses lugares incríveis e continue para mais um pouco de história sobre o povo do norte!

Pequena Sereia, Lego, Angry Birds e bacalhau. Quando já não era mais possível conquistar o mundo pela força do martelo, os pacíficos habitantes dos países nórdicos abriram mão de fantasia, tijolinhos coloridos e um dos mais essenciais ingredientes da gastronomia portuguesa. Resultado: consumimos bacalhau loucamente, crianças de cinco anos já sabem baixar aplicativos de porcos verdes e encantadoras histórias infantis ganharam as telas do cinema. É um pequeno mundo policromático vindo de um mundo gelado.

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Fiorde, gêiser, esqui e ombudsman. Bom, nenhuma destas palavras têm a ver uma com a outra. A única ponte entre elas é que todas têm origem escandinava. E elas dizem muita coisa sobre sua natureza e cultura. Vá à Noruega e sinta-se diminuído pelos fiordes de Aurlands, Naeroy e Sognen. Das entranhas da Islândia a terra cospe fogo, fumaça e água quente, muito quente. Em toda a região, note que mal as crianças aprendem a andar e já estão com tábuas sob os pés para escorregar na neve. E, se precisar de alguém bem chato – chato mesmo – para fiscalizar a saúde de seus negócios, contrate um controller sueco, o arquétipo do bom ombudsman.

E, para terminar: ABBA, Roxette e a-ha. Hmmmm, deixe pra lá, é melhor não estragar uma história que estava indo tão bem…

Os países nórdicos – os escandinavos Dinamarca, Suécia, Islândia e Noruega, mais a Finlândia – são uma terra a ser descoberta, bela e enganosamente árida. Prove um aquavit ou vodca com os amigos, assista a uma partida de hóquei entre suecos e finlandeses, sorva uma Carlsberg em Nyhavn, sinta a suavidade de uma caixa de som Bang & Olufsen ou intoxique-se com o cheiro monstruosamente horrendo da lata recém-aberta do surströmming, o arenque fermentado, bem, vamos dizer, quase podre. Em todos estes casos, você verá sorrisos e ouvirá muitas risadas dos não tão gélidos nórdicos. Um brinde aos filhos de Odin.

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