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Cosmopolita a toda prova

Beirute: novos hotéis e bares – e a hospitalidade de sempre – fazem da cidade uma das capitais mais vibrantes do Oriente Médio

Por Camilla Veras Mota (edição)
Atualizado em 14 dez 2016, 12h01 - Publicado em 14 set 2011, 18h03

Beirute é daquelas cidades genuinamente cosmopolitas. Nela, cristãos, sunitas, xiitas e drusos conseguem conviver (embora nem sempre em harmonia). Pelas ruas, ouvem-se árabe, inglês e francês. Os tempos de colonização francesa e sua riqueza arquitetônica valeram-lhe o apelido de Paris do Oriente Médio. Quatro anos passados dos bombardeios israelenses, a cidade está vibrante: ganhou museu de arte contemporânea, novos hotéis, bares. E um novo bairro boêmio – Gemmayzeh, próximo da área central. Por ali, a Rua Monot ferve depois das 10 da noite. É nela que ficam baladas concorridas, como a Crystal (Monot, 243, 332-523), frequentada pela high society local. Pela manhã, menos movimentada, a região também rende um bom passeio. Comece pela Place des Martyrs, ali pertinho, no centro, para conhecer as ruínas dos Banhos Romanos, cercados de um agradável jardim, e a Mesquita Al-Amin, com seu belo domo azul, inaugurada em 2008. No lado oposto da praça fica uma das mesquitas mais antigas da cidade, Al-Omari (www.omarimosque.com), que já foi igreja cristã na época das Cruzadas. Atravesse a Avenida Bechara El Khoury para chegar ao elegante (6) Saifi Village, um conjunto residencial que foi completamente destruído durante a guerra civil (1975–1990) e hoje, restaurado, tem, em seus edifícios, butiques como a Cream (Mkhallasiyeh, Lote 741, 987-787), de vestidos, e a Sun Flowers (Mkhallasiyeh, Lote D, 972-727, www.sunflowersboutique.com), de acessórios, e galerias de arte. Nos limites de Saifi, a Rua Gouraud conseguiu sobreviver aos bombardeios dos anos de guerra – e à recente onda de especulação imobiliária: alguns de seus prédios da era otomana ainda estão quase intactos. Depois de uma caminhada pela rua, vá ao Le Rouge (Gouraud, 15, 442-366, www.lerougebeirut.com), para comer boa carne e ver as paredes com poemas escritos em inglês, ou ao Tawlet (Naher, 12, 448-129, www.tawlet.com), onde todo dia um chef de uma região diferente do Líbano prepara seu prato típico favorito. Finalmente, comece bem a noite no Gemmayzeh Café (Gouraud, 580-817), praticamente uma instituição de Beirute, para ouvir música árabe ao vivo, assistir aos clientes jogando gamão e experimentar o narguilé.

*O DDI do Líbano é 961 e o DDD de Beirute é 1

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