É comum os moradores de Belo Horizonte usarem a expressão “é de lei”. Quando se une praia e lazer, então, dois regionalismos se agrupam numa única frase para resumir a opinião de muitos: “É de lei: se aqui não tem mar, vamos para o bar”. Mas a capital que reúne mais botecos per capita do país também é capaz de abrigar, ao ar livre, uma cervejinha descontraída com a galera em um ambiente praiano em que só faltam o mar e a areia: a Praia da Estação, cuja edição mais recente ocorreu no último feriado de 12 de outubro. Em uma parceria com o #hellocidades, projeto de Motorola que sugere a descoberta de novas conexões com a cidade, fomos mergulhar nessa praia.
Desde 2010, a região central da cidade recebe edições desse evento que ocupa uma das praças mais tradicionais da capital mineira. A ideia da Praia da Estação, que não tem periodicidade fixa e acontece espontaneamente, quando faz calor, é que os “banhistas” se espalhem pelo generoso espaço aberto. Basta reunir a turma, esticar as toalhas, munir-se de isopor com bebidas geladas, confraternizar, ouvir e fazer um som. “Nosso objetivo foi aproveitar o feriado e o calor para juntar a galera e festejar mesmo”, conta o designer gráfico e estudante de Publicidade Nathan Barbosa, 21 anos, um dos organizadores. Como a atração independe de apoio do poder público, os convites da última edição, assim como de todas antes dessa, foram feitos a partir de uma página de eventos no Facebook.
Na Praça da Estação há fontes, mas como elas raramente são ligadas durante o dia, já virou tradição a turma realizar uma vaquinha in loco para alugar um caminhão-pipa que refresca os frequentadores. “Dessa vez não conseguimos o dinheiro suficiente até o horário que a empresa poderia nos atender, porque a praia só encheu depois das 16h”, explica Nathan, acrescentando que o aluguel do caminhão custa R$ 350. “Mesmo assim foi gostoso, várias pessoas levaram caixas de música e a galera depois foi para o Zona Last”, completa o estudante, citando um barzinho descolado no bairro de Santa Tereza onde rolou um pós-praia.
A diversão também tem um viés político de reforço da cidadania. Segundo Nathan Barbosa, ocupar espaços públicos é importante para viver plenamente a cidade. “É uma maneira de nos apropriarmos de BH e também de nos conectarmos com pessoas que têm interesses comuns e também conhecer gente diferente”, diz.
Pela internet, 575 pessoas confirmaram participação. O funcionário público Washington Lisboa, de 27 anos, foi um dos que receberam o convite e marcou presença. “É uma forma bacana e barata de interagir e se divertir”, resume. Mesmo sem ter o objetivo de atingir um público-alvo específico, mas sim reunir pessoas de várias tribos e dialogar com a diversidade, Lisboa identificou uma forte presença da comunidade LGBT. “É um público mais desencanado e participativo. Esses eventos abertos, além da diversão, têm um forte apelo de inclusão, o que os tornam ainda mais importantes.”
Rumo ao alto mar
Mesmo distante a cerca de 430 km do litoral, os belorizontinos costumam curtir feriados prolongados e férias em praias ensolaradas, com muita frequência se deslocando para tradicionais cidades do Espírito Santo, Rio de Janeiro e Bahia. “Nando Reis está certíssimo ao dizer que quando a gente fica em frente ao mar, realmente a gente se sente melhor”, destaca a estudante Janaína Santos, de 21 anos. “Sou mineira, mas meu nome já diz tudo: Janaína significa Iemanjá, a rainha dos mares”, brinca a jovem, que sonha fazer um curso de mergulho para aproveitar ainda mais sua paixão.
Para ela e outros que não querem apenas ficar em frente, mas desejam também explorar o fundo do mar, não é preciso – a princípio – sair de BH. Há pelo menos meia dúzia de escolas que oferecem cursos de mergulho na capital mineira, indo do nível básico ao avançado. A estudante de Direito e funcionária pública Viveka Campos já fez aulas. “Achei bem tranquilo aprender a mergulhar em piscina. No mar, deu um pouco de medo, mas passou logo e tive experiências deslumbrantes”, diz.
O mergulho é uma atividade que mistura lazer, esporte, contemplação e que, além de tudo, ajuda no desenvolvimento emocional. Essa é a opinião de Paula Pessanha Loque, que fala com conhecimento de causa. Mergulhadora experiente, ela é proprietária e administradora da escola Mar a Mar, uma das mais tradicionais da cidade.
Os cursos básicos para iniciantes duram em torno de uma semana, com cinco dias em piscina e dois no mar. Prazeroso, o mergulho exige capacitação técnica para evitar contratempos. “É importante ter um referencial teórico e só depois iniciar a prática na água, que será onde o aluno vai se acostumar com a mudança de pressão, treinar a respiração, adaptar-se com os equipamentos. O controle emocional é fundamental para se adquirir autoconfiança, conforto e segurança”, ensina Paula Loque.
Na Lagoa dos Ingleses, situada na saída para o Rio de Janeiro, há também opções de cursos de diferentes esportes, como stand up paddle, wakeboard, wakesurf, wakeskate e remo, entre outras modalidades aquáticas mais ou menos radicais. Afinal, você quer se divertir com ou sem emoção? Tem para todos os gostos.
Como diz a música da Marina Lima, “vem chegando o verão”, e esse é o momento ideal para compartilhar nas redes sociais, junto com a #hellocidades e o hub hellomoto.com.br, suas experiências e dicas de como curtir o sol e o calor junto com os amigos em BH ou divulgar atividades que possam incrementar ainda mais as férias de fim de ano.
Cursos de mergulho em BH
Mar a Mar – Rua Piauí, 1714, Funcionários
Contatos: 3221-3277/ 3225-0029
Site: maramar.com.br
Alto Mar Mergulho – Rua Pirapetinga, 66, Serra
Contato: 2531-5550
Site: altomarmergulho.com.br
Uai Diving – Rua Major Lopes, 700, São Pedro
Contato: 3309-9225
Site: uaidiving.com.br
Dive Life – Avenida Bandeirantes, 1.299, loja 12, Anchieta
Contato: 2512-2309
Site: divelife.com.br