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Cinco eventos bizarros pelo mundo em abril

Por Fernando Souza
10 abr 2014, 00h33
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Caça à Cascavel (dias 11 a 13)

Waurika, Oklahoma, EUA

O carrossel, a roda-gigante e a música country estão lá, no parque de diversões, mas a barraca de cascavel frita no lugar do carrinho de hot-dog dá um tom bem creepy ao evento. Há meio século, os habitantes da minúscula Waurika (duas horas ao sul da cidade de Oklahoma) capturam cascavéis no começo da primavera, logo após o período de hibernação dos répteis, seguindo a mesma lógica de quem pesca lagostas ou pintados – pegue os exemplares grandes, deixe os pequenos. No fim de semana da festa, os visitantes perseguem cascavéis previamente marcadas em um parque da cidade (e ganham prêmios), tiram fotos com as víboras, compram chocalhos de suvenir, levam carne de cobra para o jantar e assistem a diversas premiações, como o da maior serpente capturada.

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Cascavéis são motivo de festa em Waurika (foto: sevargmt/flickr)

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Inseto Bowl (dias 12 e 13)

Purdue, Indiana, EUA

Renomada em Agricultura e Veterinária, a Universidade de Purdue (uma hora ao norte de Indianápolis) sedia um dos mais importantes – e absurdos – festivais sobre insetos do mundo. Todos os anos, cerca de 30 000 visitantes comparecem ao campus para vibrar com competições como a Corrida de Baratas e a Cuspida de Grilos, no qual os participantes colocam um gafanhoto morto na boca e disputam o lançamento mais longo. As regras são claras, como diria Arnaldo: “o grilo precisa estar intacto, e um fiscal verificará se o inseto cuspido tem as seis pernas, as quatro antenas e as duas asas antes de a distância ser validada”.

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Competidora se prepara para cuspir o grilo (foto: bloggingpurdue/flickr)

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Torneio Mundial de Arremesso de Bosta Seca (dias 12 a 19)

Beaver, Oklahoma, EUA

Já em sua 45ª edição, o World Cow Chip Throwing Contest tem origem na lida campeira de Beaver, uma modestíssima cidade na divisa entre Oklahoma e o Kansas. Combustível para fogões e salamandras, o esterco seco de vaca era largamente retirado do campo às vésperas do inverno. O processo de pegar a bosta seca e atirar na carroça virou esporte, hoje difundido por toda a América (Wisconsin tem um campeonato de bom nível, assistido por 30 mil pessoas) e coberto até pelo Guinness: “A maior distância alcançada por um projétil não-esférico e 100% orgânico (regra estabelecida em 1970) é de 81,1 metros, marca de Steve Urner, no Mountain Festival (Califórnia), em 1981”.

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O que achamos desse torneio? Bullshit! (foto: Frank Thompson/flickr)

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Sumô do Chorô do Bebê (dia 26)

Tóquio, Japão

No Templo de Senso-ji (ou Asakusa Kannon), o estridente choro de bebê não é apenas tolerado, como vale a vitória. Todos os anos, durante o Nakizumo Festival, praticantes de sumô vestidos a caráter (fio dental e coque no cabelo) levam seus rebentos de um aninho para o tatame, empunham eles no peito e começam a gritar (“Naki! Naki! Naki” – Chora! Chora! Chora!). O filho do lutador que chorar antes (ou mais alto) do que o do oponente ganha a contenda. Tradição quadricentenária, o evento é alimentado pela crença de que o choro infantil afasta os maus espíritos e assegura o crescimento saudável. Um estudo muito mais recente, porém, afirma que o choro prolongado é prejudicial ao desenvolvimento do cérebro dos nenês. Vai saber…

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Perdeeeeu… Não, ganhooooou (foto: lensonjapan/flickr)

 

 

Mergulho no Chão (Naghol) (até junho)

Ilha de Pentecoste, Vanuatu

Na paradisíaca Melanésia, uma região coalhada de ilhas entre a Polinésia e a Austrália, nasceu o Naghol, ritual de bravura e afirmação masculina que deu origem ao bungee jumping. A mecânica é a mesma – tornozelos amarrados e um salto no vazio –, mas há diferenças, radicais diferenças. Em uma torre de madeira rudimentar com até 30 metros de altura, os homens da tribo Sa amarram nas pernas cipós quase tão longos quanto a distância até o chão. Então, sem nenhum equipamento de segurança, mergulham de cabeça com o objetivo de tocar levemente o solo. O tranco da fibra quase sem elasticidade é forte, mas são raros os registros de acidentes graves.

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Maluco da Melanésia no bungee das antigas (foto: Chicca Cappuccino/flickr)

 

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